Brasil precisa se preparar para avanço da IA
O Globo
No país, 41% dos empregos estarão — para o
bem ou para o mal — expostos à nova tecnologia, diz FMI
A preocupação com o avanço da inteligência
artificial (IA) sobre o mercado de trabalho ganhou contornos
mais precisos com um novo estudo sobre o tema publicado pelo Fundo Monetário
Internacional (FMI).
No mundo rico, diz o relatório, cerca de 60% dos empregos estarão expostos às
novas tecnologias capazes de treinar máquinas para perceber, aprender e agir
imitando habilidades cognitivas humanas. Nos
mercados emergentes, serão 40%. Nos países de renda baixa, como a Índia, 26%.
No Brasil, a parcela é estimada em 41%.
Vale lembrar que estar exposto nem sempre significa risco de perda ou extinção do trabalho. Pode ocorrer o contrário: a IA funcionar como trampolim salarial ao ampliar a produtividade nas atividades repetitivas. Não estar exposto, como acontece com os trabalhadores de baixa qualificação, é quase sempre mau negócio, por impedir os ganhos que a IA poderá proporcionar. A diferença da IA para outras ondas de automação do passado é que seus efeitos recairão principalmente sobre quem tem diploma universitário.