Equilíbrio do INSS depende de reformar aposentadoria rural
O Globo
Mesmo com mudanças de 2019, gasto
previdenciário chegará a 18% do PIB até o fim do século, estima estudo
A reforma da Previdência que
passou a vigorar em 2019 consumiu duas décadas de debates. Demorou para ser
feita e, em meio a todo tipo de pressão para proteger categorias ou grupos
sociais, deixou de fora os trabalhadores rurais. Em estudo publicado pelo
Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (Ibre/FGV), os
economistas Fabio Giambiagi, Rogério Nagamine e Otávio Sidone afirmam que será
essencial tratar deles numa nova rodada de reforma previdenciária. Quanto antes
o Brasil discutir o assunto, menos custará para a sociedade.
De acordo com o estudo, a última reforma — da iniciativa privada, servidores federais e militares — reduziu a velocidade de crescimento do déficit previdenciário, mas foi incapaz de estancá-lo. Deu tempo para que sociedade, governos e Congresso buscassem construir consenso em torno de uma nova etapa de mudanças que, na opinião dos autores, deverão obrigatoriamente tratar da aposentadoria rural.