Revista Veja
As greves na educação provocam mais danos que as da indústria
Há anos, as redes públicas de ensino têm sido abaladas por greves, com reivindicação de mais recursos para as escolas ou por motivação política de sindicatos. Independentemente da justificativa, cada paralisação de aula mutila o progresso nacional. Na indústria, a força da greve está no imediato desabastecimento do mercado, por isso tende a ser rápida, e a fábrica retoma a produção sem prejuízo na quantidade ou na qualidade do produto. No caso da educação, os sacrifícios imediatos recaem sobre alunos e famílias; as greves se alongam e provocam prejuízos irreversíveis ao país. Diferentemente da linha de produção, a linha de formação não recupera plenamente o conhecimento que não foi criado na hora certa. Perdem alunos e professores. A greve na escola provoca evasão na quantidade e erosão na qualidade.