Subiu
ao poder um novo e caseiro método de desviar dinheiro público
Convivi
cordialmente com Chico Rodrigues na Câmara. Assim como convivi com Bolsonaro e
o próprio Severino Cavalcanti, inclusive depois de sua derrubada.
Uso
pouco a expressão “baixo clero” ou mesmo “vale dos caídos” para designar
aquelas fileiras numa zona de sombra no final do plenário.
Aprendi
na cadeia, como se não bastassem outras experiências, a conviver sob o mesmo
teto com pessoas que não escolhi. E aprendi também que alguns deputados simples
e discretos tinham muito a me ensinar, como era o caso do piauiense Mussa
Demes, que sabia tudo sobre política fiscal.
Bolsonaro
nunca foi genuinamente contra a corrupção. Ele integrava o partido em que Paulo
Maluf era um dos expoentes. Sua luta era basicamente contra a esquerda, e a
corrupção só se tornou interessante para ele quando a percebeu como o ponto
fraco do governo petista.
Chico
Rodrigues de uma certa forma sabia disso. Num encontro com Bolsonaro, ele
declara que o presidente soube encarnar o espírito do tempo, preencher essa
lacuna de liderança, defender a família, dar exemplos para a juventude.
Traduzindo
o discurso de Chico, ele estava dizendo para Bolsonaro: “Vamos nessa, irmão, é
por aí que devemos seguir”.