O Globo
Enquanto os tucanos batem
cabeça, e demais postulantes à terceira, quarta ou décima via tentam se
posicionar num grid cada
vez mais apertado, as atenções do eleitorado, da imprensa e da política se
voltam para três personagens das eleições de 2022: Luiz Inácio Lula da Silva,
Jair Bolsonaro e Sergio Moro.
Cada um desses pré-candidatos
foi protagonista, a sua maneira, dos últimos sete anos da política brasileira,
que configuram um período que poderia, grosso modo, ser chamado de Era da
Lava-Jato, com tudo o que significou em múltiplos campos.
Moro e Lula foram os
antagonistas dessa peleja. O ex-juiz com características de justiceiro dominou
a narrativa e a ação no tabuleiro entre 2014 e 2018, mas foi Bolsonaro quem
correu por fora e se elegeu na esteira do efeito que a operação provocou na
cena política.
Lula experimentou um renascimento nos últimos dois anos, recuperando-se, graças à tragédia que é o governo Bolsonaro e às revelações da Vaza-Jato, bem como ao rearranjo da política tradicional, dos reveses que colhera até 2018 e que tiveram como consequência o encolhimento político do PT em 2016, 2018 e 2020.