Coluna do Estadão / O Estado de S. Paulo.
O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB), desautorizou seu grupo a especular sobre a possibilidade de ele ser candidato a vice-presidente numa chapa encabeçada por Geraldo Alckmin em 2018. Ao seu entorno, o recado foi o de que ele nunca considerou essa tese e foi mal interpretado quando afirmou, por educação, que “tudo é possível”. O grupo de Doria credita o balão de ensaio ao vice-governador de São Paulo, Marcio França, que deseja o caminho livre para disputar o governo. Com o movimento, Doria volta a se colocar na disputa presidencial.
» Vantagem. João Doria reconhece em conversas com seu grupo que hoje o governador Geraldo Alckmin é quem está mais bem posicionado para vencer as prévias do PSDB que vão definir o candidato.
» Drible. A estratégia do prefeito de São Paulo continua sendo a de atrair o máximo de apoio de outros partidos em torno do seu nome para convencer o PSDB de que é o único que tem poder de agregar.
» Em marcha. Em reunião reservada dos senadores do PSDB, ontem, Aécio Neves defendeu a unidade do partido até para tomar uma decisão sobre sair ou não do governo Temer.
» Registrou. “O PSDB não pode se apequenar transformando a disputa pela presidência do partido em batalha entre integrar ou não o governo. Até para tomar uma decisão sobre isso, é preciso que o PSDB a tome unido”, disse Aécio.
» Acerto de contas. A ministra Luislinda Valois iniciou sua exposição ontem em reunião da área social do governo dizendo que estava sofrendo muito pelo episódio em que pediu para receber acima do teto e se comparou a um escravo.
» Ombro amigo. Michel Temer, que comandou a reunião, ouviu o desabafo e, ao final, elogiou as iniciativas tocadas pela pasta dela.
» Briga de gigantes. O Centrão sofre um revés interno. Um racha entre os dois principais líderes, André Moura (de governo no Congresso) e Aguinaldo Ribeiro (de governo na Câmara), divide o grupo de deputados. Eles só concordam quando o assunto é obter mais cargos no governo.
» Pra gaveta. O presidente da Câmara, Rodrigo Maia, arquivou em setembro projeto do deputado Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) que acaba com 44 cargos de assessores de suplentes da mesa diretora. Alegou que a iniciativa é restrita a dirigentes da Casa.
» Página virada. O Planalto faz um levantamento de projetos prontos para serem votados e que podem ser sancionados sem pormenores por Michel Temer. A ordem é só tocar pautas positivas. Ministros foram cobrados pelo presidente a divulgar agendas positivas.
» Detalhe. Mansueto Almeida (Fazenda) apontou, em seminário, o que considera duas anomalias na economia brasileira: comprar roupa de bebê nos EUA e o serviço “marido de aluguel”. O primeiro, diz, é reflexo da carga tributária. O segundo, de o ensino médio não passar conhecimentos técnicos.
» Pesou. O general Roberto Severo avaliou entregar o cargo depois de ser flagrado pela Coluna usando carro oficial para ir ao podólogo. Não conseguiu despachar ontem com seu chefe, o ministro Eliseu Padilha.