Assessoria imprensa do PPS
DEU NO PORTAL DO PPS
O lançamento do XVI Congresso Nacional do PPS, nesta terça-feira, em Brasília, mostrou que a oposição está coesa para a disputa pela presidência da República. Presidentes do PPS, do PSDB e do DEM afirmaram que o país precisa passar por uma mudança profunda e frisaram que estão firmes para a disputa em 2010, mesmo enfrentando um conjuntos de forças governistas que não tem escrúpulos.
"Estamos completamente envolvidos nesse processo de organização das oposições. Tenho certeza que a nossa união e o nosso projeto conjunto nos levará a vitória em 2010", disse o presidente nacional do PPS, ex-senador Roberto Freite, ao abrir o encontro, que contou com a presença do presidente da Câmara dos Deputados, Michel Temer (PMDB-SP); do senador Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE); do presidente do PSBD, senador Sérgio Guerra (PE); do presidente do DEM, Rodrigo Mais (RJ); do governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda (DEM-DF); o deputado Federal Fernando Gabeira (PV-RJ); do deputado federal Sérgio Petecão (AC); dirigente nacional do PMN; além do secretário geral do PPS, Rubens Bueno; e do líder do PPS na Câmara, Fernando Coruja (SC).
Ao falar sobre o PPS, Sérgio Guerra ressaltou que o partido é um grande parceiro do PSDB e que será de fundamental importância na aliança para as eleições de 2010. Destacou ainda a coragem de Freire na busca pela renovação da política brasileira. "Nunca lhe faltou coragem política", destacou. Disse ainda que a disputa pela Presidência da República não será fácil. "Por isso estamos nos unindo para enfrentar um adversário podereso e que não tem escrúpulos", disse.
Lula e a prática de coronéisAo falar sobre a maneira como o Bolsa família é implementado nos bolsões de miséria, o presidente do PSDB afirmou que o governo Lula tem práticas dos velhos coronéis do interior do Nordeste "de forçar o povo, de comprar o povo". "Não se trata de falar mal do programa, até porque não foi o presidente Lula nem o Brasil que inventaram a transferência de renda; mas não há limite par se usar esse instrumento (como moeda eleitoral)".
Da mesma forma que antes os coronéis trocavam água por votos no sertão, disse Guerra, agora se troca o dinheiro. "É uma luta duríssima a que enfrentamos; precisamos de unidade e clareza de propósito para resolver esse problema, porque nosso adversário não tem escrúpulo, não respeita a lei nem a cidadania".
Já o presidente do DEM, deputado Rodrigo Maia (RJ) afirmou que o atual governo é o mais corrupto da história do Brasil, mas lamentou que as pessoas estejam anestesiadas e não reajam, mesmo às "maiores barbaridades" que vêm sendo feitas durante a crise econômica mundial. "A compra do Banco Votorantim é inaceitável, assim como é escandalosa a compra da Brasil Telecom pela Oi", protestou. "Agora, parece que é o Banco Panamericano, do Sívio Santos, que está na fila para receber ajuda oficial", acrescentou.
Quebra de paradigmas
O governador do Distrito Federal, José Roberto Arruda, ressaltou que o PPS enfrenta, junto com ele, o "grande desafio de quebrar paradigmas e oferecer à população um serviço de saúde eficiente", referindo-se ao fato de o deputado Augusto Carvalho ocupar a Secretaria de Saúde.
Ele destacou ainda que o PPS tem um papel de extrema importância para mudar o conceitos na política brasileira num momento em que há extrema falta de credibilidade do homem público junto a população. "É preciso rever o papel do Estado", disse. Para ele, o PPS dá um grande passo ao propor, em seu XVI Congresso, um amplo debate sobre o país que desejamos, a sociedade que queremos e a política que pretendemos ver aplicada no país. "É preciso uma reforma do Estado para que possamos enfrentar esse mundo do futuro, completou Freire, que lembrou a aniversário de 87 anos do PCB/PPS, que serão completados na quarta-feira (25).
Fortalecimento dos partidos
O presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP) defendeu o fortalecimento dos partidos, que representam "parcelas" da sociedade e enalteceu o PPS, que tem uma longa história na política do país. Durante o lançamento do congresso da legenda, ele afirmou também que "se todos os partidos caminharem nessa direção, teremos partidos representando parcelas políticas do país".
CriseO líder do PPS, Fernando Coruja (SC), afirmou que as pessoas não acreditam que a política possa promover as mudanças necessárias para debelar a crise, mas advertiu que é ela a indutora de dessas transformações. Após ouvir alguns oradores que se confessaram pessimistas, o parlamentar pediu que esse pessimismo seja "ardente, para que produza a busca de fórmulas que solucionem os problemas".
O líder defendeu a unidade das oposições em 2010 para a conquista da vitória e a implementação de um governo democrático e reformista. "Precisamos ter sempre em mente o objetivo de melhorar o mundo, o país; não podemos perder a esperança e acho que vamos sair do nosso congresso mais fortes para buscar as melhores propostas para o Brasil".
O deputado Fernando Gabeira (PV-RJ) salientou que o mundo enfrenta atualmente crises ambiental e econômica, mas também necessita encarar o problema de políticos desacreditados. "Dificilmente a recuperação do político vai se dar em um curto espaço de tempo; com a denúncia dos sangessugas, conseguimos fazer com que um bom número de parlamentares ligados àquele esquema não se reelegesse, mas o Congresso continua ruim", constatou.
Gabeira rechaçou a nova avaliação do presidente Lula sobre a crise econômica. "Primeiro, ele disse que era uma marolinha; agora chama de gripe. Mas essa crise não é uma gripe; é uma pneumonia".
Prévias
O PPS também anunciou que vai realizar prévias para escolher qual será o candidato a ser apoiado pelo partido nas eleições presidenciais de 2010. Os filiados terão três alternativas para votar: os governadores do PSDB José Serra, de São Paulo, e Aécio Neves, de Minas Gerais, e a opção "outros", para aqueles que não concordarem com nenhum dos dois.
A consulta entre os filiados estava prevista para iniciar ainda neste mês, mas em virtude de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) sinalizar várias restrições contra a realização de prévias, o partido vai aguardar a decisão final da corte sobre o assunto. "Nós vamos realizar a consulta, até porque consideramos um instrumento democrático, mas vamos aguardar a decisão do TSE sobre o assunto", disse o presidente nacional do PPS, ex-senador Roberto Freire, que não descarta entrar com nova consulta (o PSDB já fez uma) sobre o tema no tribunal.
CongressoO XVI Congresso, que acontecerá nos dias 7, 8 e 9 de agosto, no Rio de Janeiro, vai discutir a crise econômica mundial, buscando apontar alternativas ao estatismo e ao keynesianismo. "Não podemos buscar nos modelos do passado a resposta para os desafios deste mundo globalizados; é preciso olhar para o futuro", disse Freire. O momento, analisa, é de enfrentar desafios "e não de olhar pelo retrovisor". Na avaliação de Roberto Freire, a política não acompanhou o processo de globalização e agora se dá conta de que é preciso propor soluções. As reformas necessárias para o Brasil, a ampliação e o aprofundamento da democracia e as eleições de 2010 também fazem parte da pauta mínima do Congresso.
Precedem o evento nacional os congressos municipais (entre os dias 26 de março e 10 de maio) e estaduais (de 16 de maio a 14 de junho).
Abertura do Partido
Um eleitor chega no congresso de um partido político e tem espaço garantido para expor suas opiniões sobre os rumos da legenda e até votar para definir qual será o futuro da agremiação. Esse cenário pode até parecer um absurdo para quem está acostumado com as tradicionais estruturas decisórias das forças políticas brasileiras. Mas está começando a mudar.
O PPS deu o primeiro passo nesse sentido. Nos próximos congressos municipais, estaduais e no evento nacional da legenda, centenas de não filiados à legenda terão esse direito. Eles serão “convidados” pelas diversas instâncias de direção. Só não poderão, por enquanto, votar para a escolha de dirigentes. Esses convidados, na visão do partido, poderão, ao participar dos eventos, se tornar novos filiados e até dirigentes.
“Temos que nos preparar para não ser um partido do passado. É preciso implantar desde já a consciência do futuro. Abrir o partido”, diz o presidente nacional do PPS, Roberto Freire. Segundo ele, manter as estruturas atuais é condenar os partidos ao desaparecimento.
“Com isso, vamos abrir as discussões, oxigenar o partido e trazer algo muito concreto: o convite não é apenas para ser candidato. É para discutir política e programa do partido, algo que é muito mais importante porque cria maior relação e compromisso”, justificou o presidente nacional do PPS, Roberto Freire, lembrando que essa experiência foi adotada com sucesso na Conferência Caio Prado Júnior, realizada em 2007.
Reuniões preparatórias
O secretário-geral do PPS, Rubens Bueno, ressalta que, 15 dias antes dos congressos, as direções do partido deverão fazer uma "chamada geral" dos filiados. "Esse encontro é de fundamental importância para que todos conheçam, com antencedência e profundidade, as regras dessas reuniões partidárias. É uma oportunidade para o militante tomar conhecimento dos documentos da pauta mínima elaborada pela direção nacional", frisou.
FerramentasA Direção do PPS também criará e colocará à disposição dos filiados um hotsite para facilitar a troca de informações e discussões dos temas que poderão ser levadas ao debate no Congresso Nacional. A Tribuna de Debates funcionará no Portal Nacional, nos sites estaduais, blogs, redes sociais e outros espaços que serão abertos pela legenda e seus filiados.
CALENDÁRIOCongresso Municipais - Entre 26 de março e 10 de maio.
Congressos Estaduais - Entre 16 de maio e 14 de junho.
XVI Congresso Nacional - Entre 07 e 09 de agosto - Rio de Janeiro.