Eu & Fim de Semana / Valor Econômico
Nas
últimas semanas, foram vários casos de preconceitos sociais vindos de
indivíduos dos mais variados lugares da sociedade brasileira
Foram mais de dois anos de
pandemia de covid-19, com um número enorme de mortos e sequelados no Brasil. A
vacina nos salvou de uma situação pior e agora houve uma grande redução dos
casos e dos óbitos. Há um quadro de quase normalidade, com todas as crianças na
escola, as pessoas novamente indo a festas, shows e atividades esportivas, além
do prazer inenarrável de voltar a frequentar o teatro. Mas nem tudo são flores,
pois uma nova epidemia está assolando a sociedade brasileira: a praga da
intolerância.
Nas últimas semanas, foram vários casos de preconceitos sociais contra nordestinos, mulheres, negros, transexuais/travestis, pessoas com deficiência e gente com mais idade (etarismo). Foram falas vindas de indivíduos dos mais variados lugares da sociedade brasileira, como empresários, parlamentares, estudantes, donas de casa e humoristas. O que chama primeiramente a atenção é que não são episódios isolados. Trata-se de uma epidemia de intolerância