Alta da dívida pública cria teto para o PIB
Folha de S. Paulo
Projeções apontam para juros elevados e
expansão medíocre da economia; romper dinâmica exige controle do gasto público
A regra fiscal que substituiu o teto para os
gastos do governo federal foi relativamente bem recebida, porque ao menos
estabeleceu alguma previsibilidade para as contas públicas e afastou o risco de
descontrole imediato.
Entretanto todos sabem que o arranjo em vigor
é insuficiente para que o déficit orçamentário deixe de ser um obstáculo ao
desenvolvimento. Assim o demonstram as projeções de analistas de mercado para a
evolução da dívida pública, notadas pelo Banco Central em seu recente Relatório
de Inflação.
No documento se observa que as estimativas mais consensuais são de aumento do peso da dívida pública ao longo de toda esta década. Em 2030, esse passivo chegaria a 86,1% do Produto Interno Bruto, ante 75% hoje. São cifras exorbitantes para um país emergente.