Deficit zero não é apenas uma questão do
Tesouro
Correio Braziliense
A proposta de deficit zero embutida no novo
arcabouço fiscal está sendo ameaçada pela perda de arrecadação, decorrente de
uma série de benefícios e isenções concedida pelo Congresso
É grande a responsabilidade do Congresso
Nacional na aprovação do Orçamento da União de 2024. Essa afirmação seria até
uma tautologia, uma vez que é atribuição dos senadores e deputados estabelecer
as suas diretrizes e a lei orçamentária. Mas acontece uma disfuncionalidade na
relação entre o Executivo e o Legislativo na qual a aprovação das emendas
impositivas ao Orçamento da União beneficia diretamente seus autores, ao
atender interesses de suas bases eleitorais, mas não tem como contrapartida a
responsabilidade quanto aos seus resultados dos investimentos e políticas
públicas.
O descompromisso com o resultado é do debate
sobre a questão fiscal. A proposta de deficit zero embutida no novo arcabouço
fiscal está sendo ameaçada pela perda de arrecadação, decorrente de uma série
de benefícios e isenções concedida pelo Congresso, sem a necessária
compensação, com a ampliação da base de arrecadação e maior justiça tributária.
O relator da Reforma Tributária no Senado, Eduardo Braga (MDB-AM),
Também terão regime diferenciados de tributos operações alcançadas por tratado ou convenção internacional, inclusive missões diplomáticas e representações consulares e de organismos internacionais; serviços de saneamento e de concessão de rodovias; operações que envolvam a disponibilização da estrutura compartilhada dos serviços de telecomunicações; serviços de agência de viagem e turismo; e transporte coletivo de passageiros rodoviários intermunicipal e interestadual, ferroviário, hidroviário e aéreo.