Por Fernando Taquari e Marina Falcão | Valor Econômico
SÃO PAULO E RECIFE - O governador paulista, Geraldo Alckmin (PSDB), deve receber hoje, no Palácio dos Bandeirantes, a cúpula do PSB. O encontro vem sendo costurado por representantes dos dois partidos, segundo pessebistas e tucanos envolvidos nas negociações.
Trata-se da segunda reunião do governador, cotado para concorrer à Presidência da República em 2018, com lideranças de outros partidos em menos de uma semana.
Anteontem Alckmin ofereceu um jantar para dirigentes do DEM, que articula o aumento de sua bancada na Câmara com parlamentares filiados ao PSB que preferem se manter fiéis ao governo Michel Temer, a despeito da posição majoritária na sigla pelo desembarque do deputado licenciado Fernando Coelho Filho do Ministério de Minas e Energia.
Alckmin deve atuar para colocar panos quentes na disputa entre DEM e PSB, dois possíveis aliados em sua eventual candidatura presidencial. A maioria dos pessebistas defendem a saída do governo Temer, na contramão da líder da bancada na Câmara, Tereza Cristina (MS), que ameaça junto com outros nove deputados deixar a legenda para permanecer na base governista.
A crise no PSB acontece às vésperas da eleição interna, em outubro, que renovará a direção partidária. O vice-governador paulista, Márcio França, secretário de Finanças da sigla e defensor da candidatura de Alckmin à presidência, é apontado como uma das possibilidades para suceder Carlos Siqueira no comando da legenda. Siqueira e França estarão no encontro.