O Globo
O Supremo Tribunal Federal encerrou a
discussão sobre o valor do fundão eleitoral nesta quinta-feira, ao julgar
constitucional a decisão do Congresso que elevou o montante para R$ 4,9 bilhões
nas eleições deste ano.
Com isso, depois de três campanhas com
gasto inferior ao dos anos anteriores, a eleição de 2022 voltará a um patamar
nominalmente igual ao da eleição de 2014, que foi a mais cara da História e
custou os mesmos R$ 5 bilhões.
Paulatinamente, os congressistas deram um
jeito de recompor o volume de recursos para bancar as próprias eleições, depois
de duas eleições municipais e uma nacional de “vacas magras”.
O primeiro pleito depois da decisão do Supremo Tribunal Federal de considerar inconstitucionais as doações de empresas a candidaturas, o de 2016, foi espartano nos valores oficialmente declarados: R$ 650 milhões, segundo as estimativas do TSE. Um corte de nada menos que 48% em relação ao pleito municipal anterior, em 2012. Àquela altura, o fundão eleitoral ainda não tinha sido criado, e as fontes de recursos eram o fundo partidário e doações de pessoas físicas.