O Globo
Aproximação com as Forças Armadas para
proteger a região deveria ser tentada com toda a boa vontade do mundo
Algo que andou mais rápido nesta transição
de governo é a política ambiental. Com a ida de Lula ao
Egito para a COP27, o Brasil deverá retomar seu protagonismo, comprometendo-se
a reduzir as emissões de gases de efeito estufa e, naturalmente, proteger
a Amazônia.
Isso significa, potencialmente, abrir novas
frentes para a diplomacia brasileira. Uma delas é a articulação dos países
amazônicos; outra é uma aliança dos detentores de grandes florestas: Brasil,
Indonésia e Congo.
Consequências positivas podem surgir dessa
guinada brasileira: investimentos estrangeiros em projetos sustentáveis mais
recursos para infraestrutura, inibidos pela política de destruição de
Bolsonaro.
Construção de base parlamentar, visita de
Lula aos outros Poderes — tudo isso tem nos trazido uma sensação de
normalidade.
No entanto, cada vez que falo em normalidade no Brasil, sempre fico com um pé atrás. A realidade alternativa está correndo solta. Lady Gaga representando o Tribunal de Haia pode chegar a qualquer momento e anular a eleição. A cantora do Abba Agnetha Fältskog tornou-se juíza na Suécia e também contesta o processo eleitoral. Por essas e outras razões, o general Benjamin Arrola prepara-se para dar o golpe de Estado que muitos esperam.