Este
ano que passou foi terrível. Mas o que virá será muito difícil ainda
O
fato do ano foi a pandemia, a esperança de superação é a vacina. Há muitas
coisas além disso, mas esse é o dilema essencial.
O
processo de vacinação não significa apenas poupar vidas. É um imperativo
econômico. A sorte do País vai depender de duas variáveis: o aumento do número
de pessoas vacinadas e a queda do número das contaminadas.
O
Brasil tem, segundo os especialistas, um bom sistema de imunização nacional,
melhor do que muitos outros no mundo. Além disso, o País é um dos maiores
fabricantes de vacinas do planeta, com dois centros de excelência, o Instituto
Butantan e a Fundação Oswaldo Cruz.
Esses
são os pontos positivos. Mas os negativos são muito fortes.
Bolsonaro não só negou a epidemia de covid-19, mas faz uma campanha de descrédito contra a vacina. Da mesma forma, seu ministro da Saúde, general Pazuello, acha que a expectativa em torno da imunização é exagerada. Se considerarmos que os dois principais responsáveis nacionais não estão na linha de frente – ao contrário, um deles, Bolsonaro, milita na retaguarda –, o processo poderá ser mais lento e acidentado.