Os dilemas regulatórios da inteligência artificial
O Globo
Conferência global conclui haver “potencial
para danos graves”. Desafio é garantir avanço reduzindo riscos
Reunidos no Reino Unido na última semana,
representantes de 28 países, entre eles Estados Unidos, China, Japão, Alemanha,
Brasil e Índia, chegaram a um acordo para tentar entender e gerenciar os riscos
trazidos pela tecnologia conhecida como inteligência
artificial (IA), a habilidade de computadores processarem
linguagens de modo praticamente indistinto dos humanos. “Há potencial para
danos graves, até mesmo catastróficos, deliberados ou não intencionais”, diz o
texto da Declaração de Bletchley, local da cúpula sediada pelo governo
britânico, onde Alan Turing, um dos fundadores da ciência da computação,
trabalhou na Segunda Guerra Mundial.
Nas últimas duas décadas, uma técnica chamada “aprendizado de máquina” permitiu que softwares pudessem interpretar, com extrema rapidez, quantidades enormes de exemplos e aperfeiçoassem respostas a desafios complexos sem ser programados especificamente para enfrentá-los. Computadores se tornaram imbatíveis em jogos de estratégia e noutras atividades sofisticadas.