segunda-feira, 28 de março de 2022

Fernando Gabeira: Mentiras, bíblias e redes sociais

O Globo

Fake news é uma expressão nova, tida como o maior perigo para as eleições e a democracia em geral. A tradução é “notícia falsa”. Não pode ser qualificada como uma simples mentira. A palavra mentira é mais genérica, envolve todas as relações humanas, inclusive as amorosas. Mentiras que calam na alma, fazendo sofrer (...)/Mentira, cansei de ilusões.

Será uma tarefa complexa combater as fake news. Uma de suas características é a velocidade. Mark Twain dizia que, enquanto a mentira corre o mundo, a verdade está apenas amarrando o cordão do sapato.

Grandes fake news entraram para a História. Uma delas são os célebres Protocolos dos Sábios de Sião, um plano atribuído aos judeus para dominar o mundo. Outra, aqui no Brasil, na década dos 1950, foi a Carta Brandi, que estaria preparando uma rebelião armada das esquerdas brasileiras e argentinas.

As fake news de hoje talvez não tenham o mesmo impacto, mas se impõem pela quantidade. A maneira de tratar o tema sem resvalar para o autoritarismo seria dividi-las entre inofensivas e potencialmente criminosas.

Miguel de Almeida: O mocotó dos pastores

O Globo

No delicioso “Rato de redação: Sig e a história do Pasquim”, de Márcio Pinheiro, com histórias do hebdomadário Pasquim, há registro de uma cena — ocorrida no final de 1970! — que mostra a definitiva atualidade do renitente atraso brasileiro.

No quadro “Independência ou morte”, de Pedro Américo, o cartunista Jaguar aplicou um balão em cima da figura de Dom Pedro I, como se fossem seus dizeres: “Eu quero mocotó” — e seguiam dois pontos de exclamação.

O novo Grito do Ipiranga emulava o estribilho da canção homônima de Jorge Benjor, defendida no V Festival Internacional da Canção por Erlon Chaves e sua Banda Veneno. Por causa da sensualidade de seu coro feminino, Erlon teve de dar explicações na delegacia.

A irreverência de Jaguar custou-lhe uma cana. Boa parte da redação do Pasquim seguiria também para a mesma cela por quase três meses.

Marcus André Melo*: Partidocracia sem partidos?

Folha de S. Paulo

Partido multimilionários, fortes no Congresso, mas que não importam para os eleitores

A pesquisa Eseb 2010/Unicamp/Michigan University pediu aos entrevistados do estado de São Paulo para analisar a afirmação "Alckmin é filiado ao PTB". 56% deles afirmaram que não sabiam, enquanto 12% responderam que sim. O ESEB 2018 não replica a questão. Sim, é surpreendente que quase 70% dos eleitores paulistas não soubessem a afiliação partidária do governador recém-eleito. E mais: na esteira da eleição presidencial fortemente polarizada de 2006, na qual ele disputou a Presidência, obtendo 52% dos votos no estado.

A pergunta foi feita em um contexto em que pesquisa comparativa (Shane and Thornton 2018) conclui que o partidarismo teria adquirido máxima saliência na opinião pública no período imediato após eleições.

O quadro mais amplo revela também desconhecimento político generalizado. No ESEB 2018, 42% não sabiam "o que é democracia?", em resposta livre; 1 em cada 5 não sabia se o Brasil "havia se tornado mais ou menos democrático"; dentre os que responderam sim, 57% não sabiam porque o país havia se tornado mais democrático.

Celso Rocha se Barros: Quanto dura o Carnaval do centrão?

Folha de S. Paulo

Bloco vive seu auge sob Bolsonaro, mas situação não é estável

centrão vive uma era mais dourada do que suborno no MEC de Bolsonaro. Saqueiam dinheiro público com o orçamento paralelo, vivem impunemente desde que Jair desmontou as instituições de controle, vendem caro apoio aos candidatos presidenciais. O tanto de azar que o Brasil teve nos últimos anos, eles tiveram de sorte.

Eles parecem achar que isso vai durar para sempre, que a mudança no equilíbrio político é permanente. Já planejam racionalizar a coisa toda inventando um novo sistema, o semipresidencialismo, em que o presidente eleito perderá as funções de chefe de governo. Ficará, apenas, com as funções de chefe de Estado e de otário que vai preso quando a polícia pegar o esquema.

Também estão vendendo caro os apoios aos candidatos presidenciais. Olham para LulaBolsonaro e, com a ajuda de binóculos, para a terceira via, com uma cara de "Dessa vez não vai ser só 10%. Dessa vez eu quero tudo".

Mesmo assim, se eu fosse eles, baixaria minha bola.

O centrão se consagrou, em primeiro lugar, porque Bolsonaro nunca teve qualquer interesse em governar como presidente normal. Deixou a articulação no Congresso às moscas e rachou o próprio partido. Você vê que o sujeito não se importa com um problema quando o deixa a cargo do Onyx. Enquanto isso, Bolsonaro tentava articular nos quartéis, imagino que com algum general melhor que o Onyx. Nesse vazio, o centrão governou.

Lygia Maria: Que falta faz Millôr Fernandes

Folha de S. Paulo

O debate político brasileiro precisa de humor e ceticismo

Filho de imigrantes, nascido no subúrbio carioca do Meyer em 1923, Millôr Fernandes começou a escrever na revista "O Cruzeiro" aos 16 anos e teve uma das carreiras mais longevas do jornalismo brasileiro. Foi desenhista, dramaturgo e tradutor, mas preferia ser chamado de jornalista: "para evitar qualquer pretensão", dizia. Faleceu há dez anos, em 27 de março de 2012, e deixou um vácuo na imprensa e no debate público. Que falta faz Millôr nesses tempos polarizados. Que falta faz seu ceticismo.

Falo do ceticismo analisado por Michael Oakeshott, aquele que se contrapõe à fé extrema na política: ceticismo como dúvida constante sobre construções racionais que se arvoram a criar sociedades perfeitas. Segundo Millôr: "Se uma pessoa estava no governo, eu ficava contra. Isso em qualquer época".

Mas o ceticismo milloriano não se aplicava apenas ao poder institucional, e sim a ideologias de um modo geral. Após ser demitido de O Cruzeiro (por causa de uma sátira à Bíblia), Millôr publicou a "Pif-Paf" um mês após o golpe militar. A revista criticava a ditadura, óbvio, mas também se opunha à esquerda dogmática. Tiradas irônicas como "Os comunistas são contra o lucro, nós somos apenas contra os prejuízos" ou "Esta revista será de esquerda nos números pares e de direita nos números ímpares" permeavam as edições. Imagine essa postura em plena Guerra Fria, comunismo versus capitalismo: quando todos tomam partido, é preciso coragem para não tomar partido algum.

Bruno Carazza*: Valdemar e Jair

Valor Econômico

Quem se dará melhor no casamento do presidente com o PL e o Centrão?

Jair Bolsonaro já virou a página. Sabe que as condições que o levaram ao Palácio do Planalto em 2018 não se repetirão neste ano. Os gritos de “Mito! Mito!” nos aeroportos não são mais uníssonos, sendo entrecortados por “Genocida!” dependendo da localidade visitada. As redes de proliferação de mensagens, embora ainda atuantes, vêm sendo combatidas pelas mídias sociais. A Lava-Jato acabou e, com ela, o sentimento antipolítica arrefeceu. Acima de tudo, Lula teve seus processos anulados pela Justiça e lidera as pesquisas.

Bolsonaro se elegeu em 2018 rasgando todas as páginas do manual das campanhas eleitorais no Brasil: sem doações milionárias de campanha, sem marqueteiros, sem coligações ou palanques regionais, sem tempo relevante nos programas eleitorais no rádio e na TV.

Passados quase quatro anos de governo, com o desgaste natural que o cargo traz, agravado pelos efeitos da pandemia e da guerra na Ucrânia, Bolsonaro correu para colar com fita adesiva as folhas dilaceradas há tão pouco tempo.

Entrevista/ Bahia: 'Pleito para o Senado tende a ser o mais acirrado', diz especialista

Paulo Fábio Dantas Neto diz que Lula terá, sim, um papel importante na campanha de Jerônimo Rodrigues

Guilherme Reis e Paulo Roberto Sampaio / Tribuna da Bahia

SalvadorPara o cientista político e professor da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Paulo Fábio Dantas Neto, a disputa pelo Senado, uma vez confirmada a polarização entre os candidatos Otto Alencar (PSD) e João Leão (PP) tende a ser mais acirrada do que a eleição para governador “pela rivalidade entre PSD e PP no interior onde há anos emulam, com relativo equilíbrios de forças municipais, no âmbito da hoje cindida aliança governista estadual”. “Essa rivalidade agora tem conexão nacional pela batalha renhida que esses dois partidos travam, além de outros, para turbinar suas bancadas federais”, pontua, em entrevista à Tribuna.  

Em relação à disputa para o governo da Bahia, Dantas diz que Lula terá, sim, um papel importante na campanha de Jerônimo Rodrigues (PT). “Essas incertezas todas não anulam o fato de que Lula aparece hoje, sim, como o grande influenciador de votos para Jerônimo e é plenamente racional que a campanha governista aposte nesse potencial. Sem subestimar a capacidade de transferência de votos de Lula, avalio que fazer Jerônimo pular, de fato, de 4 para 37% é um desafio e tanto”, avalia.  

TSE veta ato político em festival e gera crítica de censura

Proibição do TSE a manifestações políticas no Lollapalooza gera onda de críticas nas redes

Lucas Mathias e Lucas Altino / O Globo

Depois de o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) proibir manifestações políticas durante as apresentações do festival Lollapalooza, o tema dominou as redes sociais e chegou a ocupar cinco entre os dez assuntos mais comentados no Twitter. As reações foram, em sua maioria, contrárias à decisão da Corte, que atendeu pedido feito pelo PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, depois que a cantora Pablo Vittar levantou, durante seu show no evento, uma bandeira com a foto do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Outros artistas, como Emicida, Jão, Silva, Detonautas e a cantora britânica Marina Diamandis também já haviam se manifestado politicamente na edição deste ano do Lollapalooza. O festival tem neste domingo seu último dia de apresentações.

Por volta do meio-dia, o termo mais comentado sobre o assunto era um xingamento ao presidente Jair Bolsonaro, que acumulava cerca de 21,7 mil menções. Outro, com a hashtag #ForaBolsonaro, chegou aos 20 mil tuítes na plataforma, seguido pela palavra “CENSURA”, mencionada em torno de 60 mil vezes. A tag #LULApalooza, uma ironia ao nome do evento, teve 25 mil tuítes. Mas o mais utilizado foi “O TSE”, com 93 mil citações. Os usuários da rede questionaram a decisão do tribunal.

O apresentador Luciano Huck foi um dos que se manifestou dessa forma. Ele afirmou que, em um festival de música, “quem decide se vaia ou aplaude a opinião de um artista no palco é a plateia e não o TSE”, antes citar o AI-5, um dos decretos mais duros da ditadura militar, utilizado para a repressão da população.

A cantora Teresa Cristina também publicou sobre o tema. Ao compartilhar uma foto de Pablo Vittar, ela escreveu: “Como assim não pode manifestação política em um festival privado?”.

Bolsonaro eleva pressão sobre TSE, que tenta censurar festival

Bolsonaro eleva pressão sobre TSE com clima de campanha e Lollapalooza

Apesar de restrições da legislação, presidente discursa como candidato, e especialistas veem 'comício antecipado'

Marcelo Rocha / Folha de S. Paulo

BRASÍLIA - presidente Jair Bolsonaro (PL) participou de evento partidário em clima de comício antecipado neste domingo (27), apesar das orientações da equipe jurídica diante dos riscos de se enquadrar em crime eleitoral.

Com ataques ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), Bolsonaro discursou como candidato, um dia após anunciar que esse encontro do PL seria como um lançamento de sua pré-candidatura à reeleição.

A conduta do presidente elevou a pressão sobre integrantes do TSE (Tribunal Superior Eleitoral) diante das restrições legais, no mesmo fim de semana em que seu partido questionou suposta propaganda eleitoral irregular em benefício de Lula no festival do Lollapalooza.

ministro Raul Araújo, do TSE, concedeu liminar classificando como propaganda eleitoral as manifestações políticas de Pabllo Vittar e da cantora galesa Marina e determinou multa de R$ 50 mil para a organização do evento se houver outras. Advogados do PT, por sua vez, recorreram ao tribunal contra a decisão.

A legislação eleitoral só permite campanha a partir de 16 de agosto. Comícios não são autorizados até lá. Eventos públicos de lançamento de pré-candidatura, situação não prevista na lei e semelhante ao de Bolsonaro neste domingo, também são vetados.

Especialistas ouvidos pela Folha, incluindo um ex-ministro do TSE que pediu anonimato, identificaram no evento deste domingo com Bolsonaro elementos de campanha antecipada.

Para eles, apresentar-se como candidato, fazer menções ao pleito e a seu principal adversário e pedir apoio da plateia são elementos que, fora do cronograma eleitoral, configuram a campanha extemporânea.

O evento pode motivar apuração por abuso de poder econômico, procedimento que, embora improvável na prática, em tese poderia ser capaz de inviabilizar uma candidatura e ser avaliado em conjunto com outros atos de Bolsonaro típicos de campanha ao longo dos últimos meses, como as motociatas.

TSE proíbe ato político em festival; Bolsonaro faz ‘comício’

Decisão, tomada a pedido do PL, fere jurisprudência, dizem especialistas

O Estado de S. Paulo*

A decisão do ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), de proibir manifestações políticas no festival de música Lollapalooza, gerou críticas de artistas, políticos, como João Doria, pré-candidato do PSDB à Presidência, e especialistas em Direito Eleitoral. Araújo deferiu pedido do PL, partido do presidente Jair Bolsonaro,

e julgou que manifestações no festival como a do artista Pabllovittar, que criticou Bolsonaro e exaltou o ex-presidente Luiz

Inácio Lula da Silva (PT), caracterizam “propaganda políticoeleitoral”. Ministros do TSE, consultados pelo Estadão, manifestaram desconforto com a liminar, que, segundo especialistas, fere a jurisprudência do tribunal. Ontem, o PL organizou ato de filiação de ministros com ares de comício, em que Bolsonaro disse que a eleição presidencial será a “luta do bem contra o mal”.

“Por vezes, me embrulha o estômago ter que jogar nas quatro linhas (da Constituição)”

Jair Bolsonaro

“(R$) 50 mil? Poxa... Menos uma bolsa. Fora Bolsonaro. Essa lei vale até fora do País? Porque meus festivais são só internacionais.”

Anitta

Cantora “Quem decide se vaia ou aplaude é a plateia e não o TSE. Ou ligaram a máquina do tempo, resgataram o AI-5 e nos levaram para 1968?”

Luciano Huck

Apresentador “Lamentável a censura. Queremos um País livre e democrático.”

João Doria

Governador de SP

O ministro Raul Araújo, do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), acolheu pedido do partido do presidente Jair Bolsonaro, o PL, e proibiu, em decisão liminar, manifestações políticas no festival de música Lollapalooza. A decisão provocou a reação de artistas, como a cantora Anitta, e foi criticada por políticos, como o pré-candidato à Presidência João Doria (PSDB). Especialistas em direito eleitoral disseram que a medida contraria jurisprudência da Corte. Consultados pelo Estadão, ministros do TSE demonstraram desconforto com a liminar.

Denis Lerrer Rosenfield*: A mentalidade russa

O Estado de S. Paulo.

Vladimir Putin não previu que os ucranianos não se reconheceriam em sua ‘russidade’, preferindo abraçar os valores atlantistas

Decisões políticas, geopolíticas, diplomáticas e militares são tomadas conforme as ideias que os decisores, as autoridades púbicas, têm em mãos. Decisões não são tomadas no vácuo, envolvendo assessores, ministros e responsáveis civis e militares, que não apenas se fazem presentes, mas também veiculam propostas e concepções de mundo. Eis por que, a propósito da guerra na Ucrânia, se torna importante pesquisar quais são as ideias que presidiram a invasão russa, para além dos interesses geopolíticos em jogo.

Um dos ideólogos mais importantes da Rússia atualmente, com influência direta no debate de ideias naquele país, tendo, inclusive, influência sobre Putin, chama-se Alexander Dugin. Sua grande inspiração é o pensador nazista Carl Schmitt, e utiliza, a propósito, duas de suas obras: 1) O Conceito do Político, em que apresenta sua concepção deste a partir da distinção amigo/inimigo, o primeiro termo designando os aliados e o segundo, os adversários, que devem ser literalmente eliminados, não apenas verbalmente, mas fisicamente; e 2) The Grosssraum Order of International

Law with a Ban on Intervention for Spatially Foreign Power, focando em países imperiais que precisam de grandes espaços, não podendo sofrer qualquer limitação externa, nenhuma legalidade internacional sendo reconhecida.

O que a mídia pensa: Editoriais / Opiniões

EDITORIAIS

O Brasil na nova ordem mundial

O Estado de S. Paulo.

A democracia liberal e a globalização econômica enfrentam a sua maior prova desde o fim da guerra fria. Mas o destino do Brasil está nas mãos dos brasileiros

A guerra na Ucrânia é o evento geopolítico mais importante desde a queda do Muro de Berlim. A disseminação do liberalismo por meio da retroalimentação entre a democracia e a economia de mercado está ameaçada: em 30 anos, o mundo nunca esteve tão distante do Fim da História, na fórmula otimista de Francis Fukuyama, e tão próximo do Choque de Civilizações, na visão pessimista de Samuel Huntington. Como disse ao Estadão o economista Martin Wolf: “Começamos a nos mover para uma era de conflitos geopolíticos entre democracias e autocracias”. A questão é quão longos, amplos e profundos eles serão.

No pior cenário, o mundo será rachado em dois blocos, o democrático, liderado por EUA e Europa, e o autocrático, liderado por China e Rússia. A desconfiança, não só entre esses blocos, mas em seu interior, pode intensificar o populismo e a corrida nacionalista, balcanizando a economia global. As hostilidades podem escalar para uma 3.ª guerra mundial e, no limite, uma hecatombe nuclear: não o “Fim da História”, mas algo muito próximo do fim do mundo.

Por outro lado, os blocos podem se equilibrar. Sem abrir mão de seus regimes políticos, ambos poderiam combinar segurança e abertura econômica, e cooperar em objetivos como a paz mundial e o combate à crise climática ou à fome. No melhor cenário, a crise pode dar um novo senso de propósito à democracia, a ordem liberal pode ser revigorada no Ocidente e, gradualmente, as forças liberais nas potências autocráticas podem desencadear a erosão do totalitarismo.

Poesia | Mariana Milani: O Elogio da Dialética (Bertolt Brecht)

 

Música | Morena Son: El Muerto se fue de Rumba