O Globo
Bolsonaro
foge de debate sério sobre economia repetindo respostas inventadas que decorou.
Não saberia explicar a frase de que não há fome no país
O
ideal neste tempo final de campanha é que o país consiga se dedicar a temas que
realmente importam, como a economia, o emprego, a luta contra a fome, o resgate
da educação. Ontem, a coligação de Lula ganhou o direito de
resposta concedido pelo plenário do TSE e tem pela frente essa
vantagem nestes momentos decisivos. Estamos a uma semana do fim da mais
violenta campanha eleitoral da história da democracia. O PT, na visão de muita
gente do partido, foi para o campo que Bolsonaro quis, o de discutir falsos
problemas e entrar na guerra de ataques sem fim e sem propósito.
— Mordemos a isca. Temos que sair disso. O tema é o emprego, a fome, o desenvolvimento, a educação. Assuntos que sempre foram nossos. Respeitamos as igrejas pentecostais, todas as igrejas, mas o que as pessoas querem saber é como o Brasil conseguirá acabar com a fome. Temos que recolocar a nossa agenda — reclamou um dos líderes políticos do PT incomodado com o espaço dado na campanha para rebater as acusações de banheiro unissex, aborto, fechamento de igrejas e outras mentiras de Bolsonaro.