Valor Econômico
Especialistas não veem nomes viáveis para
liderar oposição em 2026 fora do bolsonarismo
O espaço para uma terceira via que quebre a
polarização entre o presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o
presidente Jair Bolsonaro existe, mas está vago, de acordo com
pesquisas de opinião e analistas políticos.
Eleito governador do Rio Grande do Sul
derrotando o bolsonarismo e o petismo, o tucano Eduardo Leite é visto
como um nome frágil por falta de retaguarda partidária e eleitoral. As chances
da ministra do Planejamento, Simone Tebet (MDB), do vice-presidente e
ministro do Desenvolvimento Geraldo Alckmin (PSB) e dos governadores
de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) e Romeu Zema (Novo)
dependerão do declínio ou impedimento, por motivos políticos, judiciais ou de
saúde, de Lula ou Bolsonaro.
O capital político de Simone Tebet é
considerado insuficiente para suportar o desgaste de uma ruptura com o
presidente, e Alckmin é um candidato natural à reeleição na posição de vice,
caso Lula concorra novamente. Já os governadores, por mais que se distanciem de
Bolsonaro na conduta e no estilo, não são apenas aliados, fazem parte de seu
núcleo.
Mas há um grau de incerteza em relação a uma oitava candidatura presidencial de Lula em 2026, ocasião em que terá 81 anos. No caso de Bolsonaro, a dúvida maior é se continuará elegível com 16 processos que podem tirá-lo das próximas eleições presidenciais.