Apontado como pré-candidato à Presidência no ano que vem, governador de São Paulo tenta resgatar os valores originais social-democratas do PSDB apostando no investimento em políticas sociais
Ricardo Galhardo | O Estado de S.Paulo
O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, apontado como pré-candidato do PSDB à Presidência da República, disse, em encontro com o grupo tucano PSDB Esquerda Pra Valer, na quinta-feira, 19, que o “liberalismo completo” se contrapõe aos príncípios civilizatórios.
“O laissez-fair, o liberalismo completo, é a incivilização. Porque é o grande comer o pequeno. O rico esmaga o pobre”, disse o governador.
Conforme o Estado noticiou, Alckmin tenta resgatar os valores originais social-democratas do PSDB apostando no investimento em políticas sociais. Os objetivos são se distinguir de pré-candidatos com discursos de direita como o prefeito João Doria (PSDB), o ministro da Fazenda Henrique Meirelles e o deputado Jair Bolsonaro (PSC-RJ) e herdar os votos do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva caso o petista seja impedido de disputar as eleições do ano que vem.
No encontro da semana passada, o governador falou claramente em social-democracia e destacou a importância de buscar o equilíbrio entre a economia de mercado e os programas sociais.
“Não tem economia moderna sem consumo nem salário ou renda. Não existe isso. Nós temos que ter um foco na inovação e outro na questão social. Aí vem a social-democracia”, disse Alckmin.
Segundo o governador, a política de livre mercado pura “contrapõe a questão civilizatória”.
“Você contrapõe a questão civilizatória porque você tem que ter regras de convício social. O grande não pode pisar em cima do pequeno. Tem que ter um mínimo de regras”, afirmou.