Bruno
Covas fará falta na vanguarda de uma articulação interessada em qualificar o
que tem sido chamado de centro democrático
A morte do
jovem prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), aos 41 anos
de idade, tira da política brasileira uma de suas mais promissoras lideranças.
Advogado, economista, deputado estadual, secretário de Meio Ambiente de São
Paulo, presidente do Juventude do PSDB e deputado federal, Bruno foi um
militante das boas causas. Neto do ex-governador do estado de São Paulo, Mário Covas, não herdou a
personalidade explosiva do avô. Sensível, educado, cordial, sempre disposto a
negociar, construiu importante patrimônio político nesse país envolvido em
sérias dificuldades.
É
um golpe antes de tudo para sua família, para seu filho Tomás, muito apegado a
ele, para os inúmeros amigos e companheiros com quem conviveu em sua curta e
intensa vida.
É um golpe também para a cidade de São Paulo, que o reelegeu para um segundo mandato na Prefeitura em 2020, prêmio por uma gestão meticulosa, sem estardalhaço, ciente de que as realizações precisam ser dosadas para serem viáveis. Pode não ter agradado a todos, mas mereceu o respeito de todos, inclusive dos adversários. O que virá depois dele, com a posse do vice-prefeito Ricardo Nunes (MDB), ainda é uma incógnita, por mais que compromissos de continuidade tenham sido publicamente assumidos.