Folha de S. Paulo
Estudos têm mostrado que os populistas
antes acumulam perdas do que ganhos
A frase é célebre: "As notícias sobre
minha morte foram muito exageradas". Foi como o escritor americano Mark
Twain (1835-1910) reagiu à infundada notícia de que havia morrido.
O mesmo se aplica aos lúgubres vaticínios
sobre o destino das democracias assediadas pela ascensão mundial de movimentos
e governos populistas de direita ou de esquerda.
A mais conhecida das profecias do gênero consta do best-seller dos cientistas políticos Steve Levitsky e Daniel Ziblatt, "Como Morrem as Democracias". Motivo de insônia dos democratas que levam à cabeceira as ameaças ao governo representativo, o livro foi criticado com propriedade na edição da última segunda-feira desta Folha por meu colega de coluna Marcus André Melo.