O Globo
Especialistas em gestão pública afirmam que
o Brasil tem tarefas a realizar que deveriam estar prontas desde o século 19
Parece estar chegando a boa solução o
impasse em torno de dois símbolos de um governo de frente ampla que ajudaram
decisivamente Lula a vencer, por pequena margem, a eleição presidencial. Os
relatos das diversas conversas que o presidente eleito vem tendo indicam que
ele não apenas reafirma a intenção de refletir no ministério esse caráter amplo
de sua candidatura, como não abrirá mão das duas mulheres que foram símbolos da
campanha: Simone Tebet e Marina Silva.
Aparentemente venceu a tese de Marina de que a “autoridade climática” sugerida por ela tem um caráter técnico, não político, não fazendo sentido que se lhe dê um status de ministério ligado à presidência da República. No programa aceito pelo PT, Marina Silva reivindica o que chama de uma agenda ambiental transversal, pois "é necessário promover o alinhamento das políticas públicas, em especial as políticas econômicas, fiscal, tributária, industrial, energética, agrícola, pecuária, florestal, da gestão de resíduos e de infraestrutura, aos objetivos gerais do Acordo de Paris, de forma a cumprir os compromissos assumidos pelo Brasil por meio de sua Contribuição Nacionalmente Determinada (NDC)”.