A
vacina da AstraZeneca está na fase três e, dependendo do resultado, pode ser
feito o pedido de uso emergencial para que a Anvisa aprove por um comitê
independente, como a Coronavac está fazendo. A vacinação, assim, poderia
começar a ser feita pelo menos no Rio, onde está a Fiocruz, parceira da
Universidade de Oxford, e em São Paulo com a vacina fabricada pela Sinovac
chinesa. Isso se a politização da vacina não impedir a análise isenta da vacina
chinesa, que será um trunfo do governador João Doria.
A
vacinação da COVID-19 entre os grupos prioritários deverá ser feita de 15 em 15
dias, para cobrir o maior número de população de risco num períodos de dois
meses. O ano inteiro poderá ser usado para cobrir o máximo possível da
população, mas os grupos de risco têm que ser imunizados imediatamente,
especialmente os servidores da saúde, que lidam diretamente com a pandemia, os
voluntários que tomaram placebo nos testes, por uma questão humanitária, os
velhos que estão internados em asilos e a população de mais de 75 anos.
As clínicas privadas poderão adquirir as vacinas diretamente dos produtores, e disputarão com os governos as doses. O acordo da Fiocruz com a AstraZeneca foi de que o custo fosse humanitário, U$ 3,16 a dose, e o governo entrou com R$ 1,9 bilhão aprovado ontem pelo Congresso. Não haverá vacina suficiente para todo mundo, no entanto, e não apenas no Brasil.