• Em negociação de delação, executivos da empreiteira disseram ter pagado cabeleireiro; presidente nega
Executivos da Odebrecht afirmaram, na negociação de delação premiada, que pagaram “despesas de imagem” da presidente afastada, Dilma Rousseff, entre as quais o cachê do cabeleireiro Celso Kamura, conta Guilherme Amado. Como revelou O GLOBO, a informação também consta de emails trocados por investigados e apreendidos pela Lava-Jato. Os executivos da Odebrecht, que ainda vão prestar depoimentos formais, disseram que os valores para tais gastos foram repassados ao marqueteiro João Santana, preso juntamente com a mulher dele, Mônica Moura. Dilma reagiu dizendo que as informações são “descabidas”. Funcionários da Odebrecht relataram também propina para Anderson Dornelles, ex-assessor de Dilma.
Executivos dizem que Odebrecht pagou despesas pessoais de Dilma
• Cabeleireiro afirma que João Santana, preso por caixa 2, pagou serviços
Guilherme Amado - O Globo
BRASÍLIA E SÃO PAULO - Executivos da Odebrecht relataram na negociação de suas delações premiadas que a empreiteira pagou despesas pessoais da presidente afastada, Dilma Rousseff, que permitiram a ela cuidar da própria imagem. Entre as despesas está o cachê do cabeleireiro Celso Kamura, conforme revelado ontem pelo colunista do GLOBO Merval Pereira. Investigadores da Lava Jato tratam com cautela a informação, porque não há certeza de que a construtora vai incluir ou detalhar a informação nas próximas fases do processo de colaboração.
Na negociação, os diretores da Odebrecht afirmaram que valores relacionados à imagem da presidente foram repassados ao marqueteiro João Santana, que se responsabilizou pelo pagamento dos profissionais e serviços contratados. Mônica Moura, mulher de João Santana, já afirmou nas negociações de sua delação premiada que o casal recebeu pagamentos da Odebrecht por caixa dois (recursos não contabilizados pela campanha).