Correio Braziliense
A intenção é flexibilizar a legislação
eleitoral para favorecer a reeleição de prefeitos e vereadores e fortalecer o
controle da cúpula dos partidos sobre as legendas, via recursos do fundo
eleitoral
O relatório final da minirreforma
eleitoral, a ser votado nesta quarta-feira, é um segredo guardado a sete chaves
pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); pelo relator do projeto,
deputado Rubens Pereira (PT-MA); e por líderes dos partidos. Em vez de pôr um
bode na sala, como é comum acontecer antes das votações no Congresso, para
desviar a atenção da opinião pública, desta vez, vão soltar um tigre na hora da
votação em plenário, quando o relatório do petista for apresentado, com apoio
das legendas do Centrão.
A intenção é flexibilizar a legislação eleitoral para favorecer a reeleição de prefeitos e vereadores e fortalecer o controle da cúpula dos partidos sobre as legendas, pela via da distribuição autocrática dos recursos do fundo eleitoral; reduzir o controle da Justiça Eleitoral sobre o uso desses recursos públicos; e mitigar a distribuição de recursos para candidaturas femininas e de negros, mantendo o perfil étnico e de gênero predominante na política brasileira.