Exigência para aposentadoria integral será de 40 anos, e não de 49
Regra para mulheres deve ser mais flexível. Servidores contratados antes de 2003 poderão perder direito à paridade
O relatório da reforma da Previdência será apresentado hoje na comissão especial da Câmara. Na reta final, o governo aceitou um tempo de contribuição menor para a aposentadoria integral. Será de 40 anos, e não mais de 49 anos. Com 25 anos de contribuição, já vai ser possível pedir a aposentadoria, mas com redução do benefício. No caso das mulheres, essa exigência deverá ser de 23 anos. Mas será preciso cumprir uma idade mínima progressiva, que começará em 50 (mulheres) e 55 (homens) e, no futuro, deve chegar a 65 anos. Para compensar, o relatório vai endurecer as regras para servidores públicos, que podem perder o direito à paridade mesmo no caso de quem foi contratado antes de 2003.
Menos tempo para valor integral
Governo aceita reduzir período de contribuição; para mulheres, mínimo deve ser 23 anos
Geralda Doca, Letícia Fernandes, Eduardo Barretto, Martha Beck Bárbara Nascimento | O Globo
-BRASÍLIA- Na véspera da leitura do relatório da reforma da Previdência na comissão especial que discute o tema na Câmara, quando finalmente serão conhecidos os principais pontos do substitutivo do deputado Artur Maia (PPS-BA), cresceu a pressão dos parlamentares por alterações de última hora na proposta original. O governo já aceitou uma exigência menor de tempo de contribuição para que o trabalhador obtenha a aposentadoria integral — que será de 40 anos, e não mais de 49 anos. Mas os parlamentares pressionam por uma diferenciação para as mulheres também no tempo de contribuição. O mínimo exigido para os homens será de 25 anos (neste caso, para se aposentar com 70% do benefício). Para as mulheres, esse tempo mínimo deverá ficar em 23 anos. Já a idade mínima para aposentadoria de 65 anos, ao fim da fase de transição, deve ser mantida para homens e mulheres.