• Decisão de Michel Temer de dar status de ministro e foro privilegiado a auxiliar citado na Operação Lava Jato se transforma em batalha jurídica
A nomeação de Moreira Franco como ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência virou uma batalha jurídica. Ontem, no dia em que a Advocacia-Geral da União conseguiu cassar a liminar de um juiz do Distrito Federal e devolveu ao peemedebista o status de ministro, uma juíza do Rio e um magistrado do Amapá suspenderam, novamente, a posse do auxiliar do presidente Michel Temer, citado na Operação Lava Jato.
A guerra de liminares causou apreensão no Palácio do Planalto. A decisão sobre a situação de Moreira Franco será dada pelo Supremo Tribunal Federal (STF). Relator do caso, o decano da Corte, Celso de Mello, determinou à noite que Temer explique em até 24 horas as circunstâncias da nomeação. Com isso, manteve suspense sobre qual será sua posição a respeito dos dois pedidos contra a nomeação – feitos por PSOL e Rede Sustentabilidade – que chegaram ao STF. Segundo auxiliares de Temer, a decisão de Celso de Mello já era “esperada”.
Celso de Mello dá 24 horas para Temer explicar nomeação de Moreira Franco
Ministro do STF alega 'razões de prudência' para que presidente seja ouvido enquanto autoridade coautora de liminar e mandado de segurança contra escolha de titular da Secretaria-Geral
Rafael Moraes Moura e Breno Pires | O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - Em um dia em que duas decisões liminares na Justiça Federal na primeira instância suspenderam a nomeação do ministro Moreira Franco (PMDB) para o cargo de ministro da Secretaria-Geral da Presidência, o ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite desta quinta-feira, 9, que o presidente Michel Temer se manifeste dentro de um prazo de 24 horas para explicar as circunstâncias da nomeação.