O Estado de S. Paulo
O desespero e a vontade de perturbar estão
presentes e devem ser contados como um fator duradouro nos próximos quatro
anos
O momento pós-eleitoral de agora é o mais
agitado do período de redemocratização. Estradas bloqueadas, multidões diante
dos quartéis, cenas de regozijo com a falsa notícia da prisão de Alexandre de
Moraes, preces aos militares e até aos alienígenas, com quem tentam se
comunicar com a lanterna dos celulares. Neste contexto coloca-se a difícil
tarefa do novo governo: pagar suas dívidas de campanha com os mais pobres e
reconciliar o País.
Para atender aos mais pobres, o primeiro
problema é dinheiro. No Orçamento que o governo Bolsonaro apresentou não estava
previsto o Auxílio Brasil de R$ 600, mas só de R$ 405. Além disso, faltam recursos
para o Farmácia Popular, a merenda escolar, o aumento do salário mínimo. A
saída é estourar o teto de gastos, já muitas vezes furado pela gestão
Bolsonaro.
Uma forma suave de conseguir esses
objetivos seria não apenas criticar o teto de gastos, mas transitar
gradualmente para uma nova âncora fiscal.
De modo geral, a simples e justa crítica ao teto de gastos aparece como se não se admitisse nenhum tipo de âncora fiscal, como se fosse possível viver num mundo de gastos ilimitados.



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