O Globo
Lula tem um time de ministros que demonstra
ter clareza do momento vivido pelo Brasil e pelo mundo, e deveria servir de
exemplo para o resto do governo
A terça-feira trouxe uma necessária pausa
na sucessão de gestos e declarações desastrosos de Lula em matéria de política
externa, com o envio do marco fiscal ao Congresso e a retomada da agenda de
construção de consensos em temas concernentes ao combate ao extremismo. O
crescimento da economia — com o cumprimento da promessa de combate à
desigualdade social — e o fortalecimento da democracia são as chaves para o
governo Lula 3 ter êxito e sepultar a ameaça de volta de um bolsonarismo puro
ou reembalado. E, para isso, comprar brigas pueris e desnecessárias com as
democracias liberais do Ocidente é burrice pura e simples.
Lula tem um time de ministros que demonstra
ter clareza do momento vivido pelo Brasil e pelo mundo nesses dois campos, que
foram revirados do avesso desde seus dois primeiros mandatos — aos quais ele
recorre com frequência maior do que a realidade recomenda.
Puxam esse pelotão de auxiliares que olham para a frente e demonstram ter domínio das áreas e saber o que fazer para ampliar o espectro de apoio ao governo: Fernando Haddad, Simone Tebet, Flávio Dino e Alexandre Padilha.