quinta-feira, 2 de agosto de 2018

Por alianças, Paes deve ficar longe da campanha de Alckmin

Tática do ex-prefeito é não se envolver diretamente na disputa presidencial

Marco Grillo | O Globo

O pré-candidato do DEM ao governo do Rio, Eduardo Paes, afirmou ontem que não vai fazer campanha exclusivamente para o presidenciável do PSDB, Geraldo Alckmin, apoiado por seu partido no plano nacional. O ex-prefeito terá o apoio do MDB, que vai lançar Henrique Meirelles à Presidência, e ainda espera atrair o PDT, cujo pré-candidato é Ciro Gomes. Em função do amplo arco de alianças que está montando no estado, Paes disse que não vai se “envolver” na disputa presidencial, evitando incomodar aliados:

— Na medida em que você monta uma aliança tão ampla como estou montando, tem possibilidade de ter candidaturas presidenciais distintas. Portanto, é uma questão de consideração política que não me envolva diretamente numa candidatura presidencial.

Segundo Paes, o arranjo ficou “combinado e claro” desde o início das discussões para a formação da coligação. Ele elogiou Alckmin, a quem classificou de um “quadro qualificado”, mas descartou pedir votos ao tucano no horário eleitoral gratuito na televisão. Paes recebeu na tarde de ontem o apoio do PPS, que desistiu da candidatura do antropólogo Rubem César Fernandes. O partido indicou os nomes de Rubem César e do babalaô Ivanir dos Santos como possíveis vices na chapa, mas as discussões ainda estão acontecendo e há outras siglas interessadas no posto.

Alckmin também trabalha comum grande arco de aliançase afirmou ontem que recebeu um alista com sete nomes como opções para ser vice. Depois de participar da convenção nacional do PRB e receber oficialmente o apoio do partido, o tucano disse que “poderá haver surpresa” no nome a ser escolhido.

— Está longe, está médio (de decidir). É até sábado.

Questionados e alista trazia novidades em relação aos postulantes à vice já ventilados, Alckmin sorriu e respondeu que “poderá haver surpresas”.

Alckmin repetiu que o vice não será de São Paulo, para a chapa ter maior representatividade, e que será de qualquer um dos partidos que o apoiam, não necessariamente do centrão. O centrão, no entanto, pressiona para que o escolhido seja do grupo. (Colaborou Cristiane Jungblut)

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