Por Vandson Lima e Fabio Murakawa | Valor Econômico
BRASÍLIA - Pré-candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin afirmou que há "sete nomes" possíveis para compor sua chapa como vice. O tucano deu a declaração ontem, ao sair da convenção nacional do PRB, um dos partidos do chamado "Centrão", que na semana passada declarou apoio à sua candidatura.
O bloco, composto também por PP, PR, DEM e SD, ainda busca um nome de consenso para a vice, depois que o empresário Josué Alencar (PR), o mais cotado até então, declarou que não participaria. Na noite de ontem, o tucano se reuniu com representantes do Centrão na residência oficial do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ). O encontro, porém, acabou sem uma definição sobre o vice.
Embora alguns presidenciáveis já tenham se lançado sem um indicar um vice, Alckmin prometeu que seu companheiro de chapa será anunciado no máximo no sábado, na convenção do PSDB, que oficializará sua candidatura ao Planalto.
Questionado sobre o perfil do escolhido, e se ele estava entre aqueles já especulados na imprensa, o tucano disse que "pode ter surpresa" e que "não necessariamente" o indicado será integrante de uma das siglas do Centrão.
Dentre os citados, estão a senadora Ana Amélia (PP-RS), a vice-governadora do Piauí, Margarete Coelho (PP), o empresário Benjamin Steinbruch (PP), o ex-ministro Aldo Rebelo (SD) e a deputada federal Tereza Cristina (DEM-MS). A definição do nome ainda está complicada, admitiu Alckmin. "Está longe [de definir]", apontou.
Na convenção do PRB, o presidente licenciado do partido, Marcos Pereira, cobrou de Alckmin participação da sigla na construção do programa e nas decisões de um eventual governo do tucano.
"Quero aqui fazer um alerta quanto à postura do PRB em relação a um eventual governo seu", disse Pereira, dirigindo-se ao presidenciável, que estava sentado ao seu lado. "Em 2014, quando por uma série de fatores, nós decidimos apoiar a reeleição da presidente Dilma Rousseff, eu alertei para as condições da manutenção do nosso apoio durante um eventual governo dela [...]. Eu cobrava naquele momento um espaço à mesa como aliado para decidirmos juntos sobre as políticas de governo e de Estado. Isso nunca aconteceu", disse Pereira, que foi um dos principais articuladores do apoio do Centrão a Alckmin.
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