terça-feira, 30 de novembro de 2010

PPS expulsa prefeito que apoiou Dilma

DEU NO VALOR ECONÔMICO

Fernando Taquari De São Paulo

O PPS iniciou a caça às bruxas e decidiu expulsar o prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, por infidelidade partidária. Em reunião do diretório nacional, em Brasília, o partido optou pelo desligamento de Reis por ele ter declarado apoio para a candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência da República nas eleições deste ano.

A escolha contrariou o PPS, que se aliou ao PSDB, de José Serra, na disputa de outubro ao Palácio do Planalto. Na reunião do diretório, realizada no fim de semana, o PPS ressaltou que Reis foi primeiro filiado a ser desligado em meio ao início de um amplo processo de reestruturação da legenda, que tem como ponto de partida a punição e a expulsão de "infiéis" nas eleições de 2010.

A medida também irá valer para os diretórios regionais que contrariaram as decisões do PPS nas eleições. De acordo com o secretário-geral da legenda, deputado federal eleito Rubens Bueno (PR), a reestruturação será fundamental para a preparação do partido para as eleições municipais de 2012. Com o objetivo de fortalecer a "democracia interna", os diretórios estaduais vão ter que apresentar um balanço do resultado das eleições dentro de 30 dias.

"Essa medida sinaliza claramente que o PPS será reestruturado em todo o Brasil com aqueles que defendem o partido, seu programa e tem compromisso com nossos candidatos nas eleições. De nada adianta termos prefeitos, vereadores e deputados que, na hora de uma disputa eleitoral, apoiam candidatos de outros partidos", afirmou o secretário-geral do partido.

Na última eleição, aconteceram casos em que candidatos do PPS tiveram em um município menos votos do que o número de filiados.

"Isso mostra um descompromisso total com o partido. O PPS não é refúgio para oportunistas políticos que elevam seus projetos pessoais acima dos interesses da legenda. Sempre defendemos uma reforma política que valorize os partidos e não aceitamos esse tipo de postura", acrescentou Bueno.

Em nota, o prefeito disse que a decisão de expulsão foi unilateral e não houve qualquer comunicado oficial por parte dos dirigentes da legenda. "De tal decisão não me foi dado ciência nem assegurado o direito constitucional de ampla defesa, como também prevê o estatuto do PPS e nem sequer tenho notícia de instauração de prévio processo disciplinar", declarou Reis.

Eleito com quase 10 mil votos, o prefeito permaneceu no PPS por 12 anos, sendo a única partido pelo qual foi filiado.

PPS endurece e expulsa prefeito que apoia Dilma

DEU EM O GLOBO

BRASÍLIA. O PPS anunciou ontem que fará uma reestruturação interna, a começar pela expulsão de filiados ou detentores de mandato que apoiaram ou votaram na presidente eleita, Dilma Rousseff, ou em candidatos de outros partidos e coligações em outubro. Segundo a nota, o PPS já decidiu pela expulsão do prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, desligado do partido no último fim de semana, quando o diretório nacional se reuniu em Brasília.

Segundo o partido, o prefeito manifestou publicamente apoio a Dilma, inclusive em entrevistas. O presidente do Conselho de Ética do PPS, Renato Atílio, decidiu pela punição, diante da gravidade dos atos praticados pelo prefeito. O partido ameaça analisar outras condutas, mas não informou quais.

Sábado, em reunião, o PPS aprovou resolução definindo que é preciso se preparar já para as eleições de 2012. A resolução determina que dirigentes, candidatos, detentores de mandatos eletivos e filiados poderão, mediante processo no Conselho de Ética e Disciplina, serem punidos, se for comprovado descumprimento das regras internas.
Jornal do Commercio (PE): PPS expulsa prefeito infiel

O PPS desligou do partido o prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, por infidelidade partidária. A decisão foi tomada no último fim de semana, durante reunião do diretório nacional, em Brasília. Reis manifestou publicamente seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, e contrariou assim a decisão do PPS de se coligar a José Serra (PSDB). O partido aprovou uma resolução pela qual vai iniciar um amplo processo de reestruturação da legenda, incluindo punição e expulsão de filiados que apoiaram candidatos de outras coligações nas eleições deste ano. Em nota, o prefeito disse que tomou conhecimento do seu desligamento pela imprensa.

Diário do Nordeste(CE): PS expulsa prefeito que deu apoio à petista

São Paulo - O prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, foi o primeiro a cair no quadro político do PPS, que passa por "amplo processo de reestruturação". Contra Reis pesou o apoio dado à então candidata do PT ao Planalto, Dilma Rousseff. Como integrava a coligação "O Brasil Pode Mais", do tucano José Serra, o partido entendeu que o prefeito cometeu "atos graves" ao desrespeitar decisão do comando da sigla.

O presidente do Conselho de Ética do PPS, Renato Atílio, decidiu pela expulsão de Reis por considerar que não restava "outra alternativa" a não ser optar pelo desligamento do prefeito.

Eleito em 2008, Gustavo Reis ressalta na página da Prefeitura de Jaguariúna que o PPS é "seu único partido de militância há 10 anos". Sua expulsão da legenda aconteceu por ferir a "questão da fidelidade partidária". E ele pode ser só o primeiro. A sigla aprovou, resolução que determina punição ou expulsão de quem desrespeitar "disciplina e fidelidade partidária".

Assinado pelo presidente do PPS, Roberto Freire, o texto se compromete a apertar as rédeas sobre filiados que não se alinharem ao estatuto do partido. Diretórios regionais considerados "infiéis", também na mira do partido, são ameaçados com reestruturação ou dissolução.

A decisão contrária ao prefeito de Jaguariúna, porém, foi tomada antes mesmo da aprovação da resolução. No último final de semana, líderes nacionais do PPS se reuniram em Brasília para aprovar uma resolução que visa combater as "atuais debilidades orgânicas".

Em um processo que busca fortalecer a "democracia interna", diretórios estaduais terão 30 dias para fazer um balanço do resultado das eleições de 2010.

O Estado do Paraná: PMDB e PPS querem fim dos infiéis

Roger Pereira

Em lados opostos em relação ao novo governo federal, PMDB e PPS decidiram enquadrar seus filiados para que obedeçam a posição política de seus partidos sob pena de punição via fidelidade partidária.

Enquanto o PMDB quer toda sua base apoiando o governo Dilma, o PPS, na oposição, promete abrir processo de expulsão de todos os filiados que apoiaram candidatos de outra coligação na eleição de outubro.

Cobrado pela presidente eleita pela divisão de seu partido, o vice-presidente eleito Michel Temer, presidente nacional do PMDB exigiu posição uniforme da legenda, que, em vários estados, esteve mais próximo do PSDB que do PT nas eleições de outubro.

Temer disse, no entanto, que ninguém será punido por posições anteriores, mas que, agora, "começa uma nova fase", posição estratégica para garantir ao PMDB os cargos que almeja no governo Dilma.

Já no PPS, a punição levará em conta o "esforço" de mandatários e diretórios municipais nas eleições deste ano. O partido editou resolução neste final de semana, determinando e expulsão dos infiéis na última eleição, ontem, o prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, que apoiou publicamente a candidatura da petista Dilma Rousseff à presidência, foi o primeiro expulso.

"Só estávamos esperando essa posição do diretório nacional, para começarmos a agir aqui no Paraná.

Temos muitos casos aqui, que serão provados com números. Mandatário que fez mais votos em 2008 do que os candidatos do partido fizeram em seus municípios neste anos poderão sofrer processo do conselho de ética", disse o presidente do partido no Paraná, Rubens Bueno, que é secretário-geral do PPS nacional.

"Também criaremos um coeficiente mínimo e, nos municípios que esse mínimo não foi atingido, os diretórios ou comissões provisórias municipais serão dissolvidos", contou. Apesar de admitir vários casos no Paraná, Bueno não quis antecipar nenhum, "pois todos terão direito a ampla defesa".

A resolução do PMDB pode complicar o jogo de bancadas de situação e oposição na Assembleia Legislativa. O racha no partido, que não conseguiu manter unidade nem na eleição, é a aposta do PSDB de Beto Richa para conseguir maioria na Assembleia.

Se o recado de Temer atingiu diretamente os cinco diretórios estaduais que apoiaram oficialmente a candidatura de José Serra (PSDB) à presidência da República, também serve, segundo o deputado federal Rodrigo Rocha Loures (membro da Executiva Nacional do PMDB e ex-candidato a vice-governador derrotado nas eleições de outubro) para os deputados que ensaiam um apoio ao novo governador tucano.

"Disputamos a eleição no Paraná. O PMDB apoiou o Osmar. Infelizmente não fez na sua totalidade, mas essa foi a posição oficial do partido. O PMDB perdeu a eleição no Paraná. Os deputados estaduais foram eleitos para serem oposição e vamos fazer cumprir esse papel que as urnas nos impuseram", disse. "O presidente do nosso partido é o vice-presidente eleito. Não tem como não ter o apoio unânime do PMDB. Quem não estiver confortável para defender a bandeira do partido, estará livre para procurar outra legenda", concluiu.

Estadão: PPS desliga prefeito de Jaguariúna-SP do partido

O PPS desligou do partido o prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, por infidelidade partidária. A decisão foi tomada no último fim de semana, durante reunião do Diretório Nacional, em Brasília. Reis manifestou publicamente seu apoio à candidatura de Dilma Rousseff (PT) à Presidência, e contrariou assim a decisão do PPS de se coligar a José Serra (PSDB).

O partido aprovou uma resolução na reunião realizada em Brasília e informou que vai iniciar um amplo processo de reestruturação da legenda, incluindo punição e até expulsão de filiados e detentores de mandato que apoiaram candidatos de outras siglas e coligações nas eleições deste ano.

Em nota oficial divulgada pela assessoria de imprensa, o prefeito de Jaguariúna disse que tomou conhecimento pela imprensa hoje sobre o desligamento. Reis disse que a decisão do Diretório Nacional do partido foi unilateral e não houve qualquer comunicado oficial por parte dos dirigentes da legenda. O prefeito disse que não teve ciência do desligamento nem o direito constitucional de ampla defesa, previsto também no estatuto do PPS.

"Sempre adotei posição aberta, clara, ética e transparente em relação à melhor opção para o povo brasileiro que, na verdade, veio a ser amplamente consagrada nas urnas", afirmou. "Minha consciência neste ponto está serena, convicta e coerente com meus 12 anos de PPS, única legenda de minha vida pública e cujo estatuto sempre sustentou os princípios do pluralismo político, dos valores da liberdade e a radicalidade democrática", completou o prefeito.

O Tempo(MG): PPS promove caça aos ''infiéis''

O Diretório Nacional do PPS desligou do partido o prefeito de Jaguariúna (SP), Gustavo Reis, por infidelidade partidária. Reis, contrariando a legenda, manifestou em maio apoio à então candidata à Presidência da República Dilma Rousseff (PT). O PPS apoiou o adversário de Dilma, José Serra (PSDB).

Em nota divulgada ontem, o PPS anunciou que a partir do desligamento do prefeito vai promover um amplo processo de reestruturação da legenda. Para isso, aprovou resolução no último final de semana que estabelece todos os passos do processo contra os militantes que desrespeitaram o Estatuto e feriram a questão da fidelidade partidária.

"Além das punições individuais, diretórios do PPS considerados infieis poderão ser dissolvidos em todos os Estados e no Distrito Federal", afirma o texto do comunicado.

Minas

O presidente do PPS em Minas, Paulo Elisiário disse, ontem que até o momento, o partido não tem notícia de nenhum parlamentar, prefeito ou qualquer filiado que tenha cometido irregularidade semelhante.

"Como a definição do diretório nacional foi no fim de semana, ainda não tivemos tempo para realizar este levantamento dos prefeitos que teriam apoiado a campanha de Dilma", disse o dirigente.

Gazeta do Povo (PR): Faxina no PPS

O presidente do PPS, Roberto Freire, assinou uma resolução determinando aos diretórios municipais e comissões provisórias da legenda um balanço do resultado das eleições em um prazo de 30 dias. “Feito esse balanço, eventualmente constatado o não cumprimento dos dispositivos estatutários no que se refere à disciplina e fidelidade partidária, os diretórios municipais ou comissões provisórias ficarão sujeitos a dissolução e/ou reestruturação”, diz a resolução. Segundo o secretário-geral do PPS, Rubens Bueno – deputado federal eleito pelo Paraná –, a reestruturação é fundamental para a preparação do partido para as eleições municipais de 2012.
“Essa medida sinaliza claramente que o PPS será reestruturado em todo o Brasil com aqueles que defendem o partido, seu programa e tem compromisso com nossos candidatos nas eleições.
De nada adianta termos prefeitos, vereadores e deputados que, na hora de uma disputa eleitoral, apoiam candidatos de outros partidos.”

Aliás...

De acordo com o PPS, na última eleição ocorreram casos em que candidatos da legenda tiveram em um município menos votos do que o número de filiados ao partido. “Isso mostra um descompromisso total com o partido. O PPS não é refúgio para oportunistas políticos que elevam seus projetos pessoais acima dos interesses da legenda”, alega Rubens Bueno.
Fora daqui!

DEU NO JORNAL DO BRASIL- Informe JB (ONLINE)

O PPS expulsou ontem o prefeito de Jaguariúna (SP), que apoiou a candidatura de Dilma Rousseff (PT) em detrimento da do aliado do partido, José Serra.

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