domingo, 27 de maio de 2018

Petroleiros prometem greve na quarta-feira

Lista de reivindicações inclui a redução nos preços dos combustíveis e do gás de cozinha e a saída do presidente da estatal, Pedro Parente 

Fernanda Nunes Vinícius Neder | O Estado de S. Paulo.

Os empregados da Petrobrás decidiram engrossar os protestos contra a política de preços dos combustíveis da estatal. Em reunião na tarde de ontem, a Federação Única dos Petroleiros (FUP), em nome de 13 sindicatos regionais, definiu por uma greve de advertência de 72 horas a partir da zero da próxima quartafeira. Essa será a primeira paralisação. Outra, por tempo indeterminado, ainda está sendo organizada e não há data para começar.

“Essa greve se faz necessária para denúncia essa política irresponsável do Pedro Parente (presidente da companhia), que está sucateando nossas refinarias, abrindo mercado para as importadoras e elevando os preços dos combustíveis de forma abusiva, prejudicando gravemente a sociedade brasileira”, afirma o coordenador-geral da FUP, José Maria Rangel, em vídeo de divulgação da greve.

A lista de reivindicações entregue à empresa ainda no sábado inclui cinco pontos. Um deles é a demissão do presidente da companhia, Pedro Parente. Os sindicalistas pedem também a redução dos preços dos combustíveis e do gás de cozinha; a manutenção de empregos e retomada da produção interna de combustíveis; o fim da importação de derivados de petróleo; e a desmobilização do programa de venda de ativos promovido pela atual gestão da estatal. Os petroleiros contestam também a presença de unidades das Forças Armadas em instalações da Petrobrás.

Ligados à CUT e ao PT, os sindicalistas da FUP são reconhecidos rivais da atual gestão da Petrobrás. Mas, historicamente, as paralisações comandadas por eles não chegam a comprometer o abastecimento, porque, por lei, estão impedidos de prejudicar a população em suas manifestações.

No Rio Grande do Sul, trabalhadores da Refap já cruzaram os braços no turno de 8h às 16h de ontem, em solidariedade ao movimento de greve dos caminhoneiros, informou o Sindicato dos Petroleiros do Rio Grande do Sul (Sindipetro-RS). Mas, segundo a assessoria de imprensa da Petrobrás, a operação não foi afetada, porque os trabalhadores do turno anterior, da meia-noite às 8 h, assumiram os trabalhos.

Nenhum comentário: