quarta-feira, 17 de julho de 2013

Vaticano: protestos não são contra o papa ou a Igreja

Francisco desembarca na segunda-feira, 22, no Brasil, e manifestações são principal ameaça à agenda da Jornada, segundo a Abin; Santa Sé diz ter 'plena confiança' nas autoridades

CIDADE DO VATICANO - O Vaticano se distancia das manifestações no Brasil, se diz "sereno" em relação aos protestos e insiste que tem "plena confiança" nas autoridades nacionais para garantir a proteção da viagem do papa ao País. Na segunda-feira, 22, o papa Francisco desembarca no Brasil para sua primeira viagem internacional. Mas os protestos são considerados como a principal ameaça ao programa, segundo a própria Abin.

O discurso oficial do Vaticano é o de distanciamento dos eventos no Brasil. "Sabemos que há uma situação de manifestações nas últimas semanas no Brasil. Mas temos confiança que a cidade e as autoridades irão gerar a situação e vemos com total serenidade a situação", declarou na manhã desta quarta-feira, 17, o porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi.

"Não é um confronto com o papa ou com a Igreja", insiste Lombardi. "Tenho certeza de que será uma belíssima organização.

O Vaticano também explicou que a decisão do papa de ir para Aparecida foi sua e que ele é um devoto de Nossa Senhora. "Ele irá pedir proteção para seu pontificado que está começando", completou Lombardi.

A viagem de Francisco ao Brasil será a primeira a ocorrer de um papa ao exterior sem a presença do papamóvel blindado, desde 1981. Para Lombardi, é com um jipe aberto que o papa se sente "melhor, mais comunicado com as pessoas". Em 1981, o papa João Paulo II sofreu um atentado em Roma que mudou os hábitos do Vaticano.

Gastos - Lombardi ainda saiu em defesa dos gastos públicos com a Jornada Mundial da Juventude e da própria visita do papa. "Não se trata de dinheiro jogado no mar", declarou.

Segundo ele, essa questão já vem marcando a maioria das viagens de papas no passado. "A maior parte da população brasileira é católica e está contente com a visita do papa", declarou Lombardi.

Fonte: O Estado de S. Paulo

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