Pesquisa divulgada nesta terça confirma tendência de queda após onda de protestos; reprovação subiu de 9% para 29,5%, na comparação com junho
Laís Alegretti e Daiene Cardoso
A avaliação positiva do governo da presidente Dilma Rousseff caiu de 54,2% para 31,3%, segundo pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 16. O levantamento foi feito entre os dias 7 e 10 de julho, após a onda de protestos ocorrida no País.
Aprovação do desempenho pessoal de Dilma também caiu de 73,7% e para 49,3%
A avaliação negativa do governo subiu de 9% em junho para 29,5%. Foram entrevistadas 2.002 pessoas, em 134 municípios de 20 Estados, das cinco regiões. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. A última pesquisa CNT/MDA, divulgada em 11 de junho, registrou oscilação negativa na avaliação do governo e ficou em 54,2%, ante 56,6% do levantamento anterior.
Segundo o levantamento atual, a aprovação do desempenho pessoal de Dilma também caiu de 73,7% e para 49,3%. Já o índice de desaprovação saltou de 20,40% em junho para 47,3%.
Datafolha. No fim de junho, pesquisa realizada pelo Datafolha, divulgada no dia 29 de junho - após a intensificação dos protestos pelo País -, também indicou queda na aprovação da presidente. O índice caiu de 57% para 30% em três semanas. Foi a maior queda de aprovação de um presidente aferida pelo Datafolha desde Fernando Collor em 1990.
Na ocasião, o levantamento identificou ainda o aumento da reprovação ao governo. O percentual de brasileiros que consideram o governo ruim ou péssimo subiu de 9% para 25%. A deterioração das expectativas em relação à economia, segundo o jornal, também explica a queda da aprovação da presidente. A avaliação positiva da gestão econômica caiu de 49% para 27%.
Após protestos, Dilma teria que disputar 2º turno, diz pesquisa
No levantamento realizado pela CNT/MDA, em junho, a presidente seria reeleita na primeira etapa
Se as eleições de 2014 fossem hoje, a presidente Dilma Rousseff disputaria o segundo turno, de acordo com pesquisa CNT/MDA divulgada nesta terça-feira, 16. No primeiro levantamento, realizado em junho, antes da intensificação dos protestos pelo País, Dilma venceria no 1º turno.
Segundo os dados divulgados nesta terça pela Confederação Nacional dos Transportes, Dilma aparece com 33,4% das intenções de voto, seguida pela ex-senadora Marina Silva (sem partido), com 20,7%; pelo senador Aécio Neves (PSDB), com 15,2%, e pelo governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), com 7,4%. A pesquisa foi realizada entre 7 a 10 de julho, em 134 municípios brasileiros. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. No levantamento feito em junho, Dilma aparecia com mais de 50% das intenções de voto nos dois cenários apresentados. Na mesma comparação, o índice de Aécio Neves (PSDB) oscilou de 17% para 15,2%; a de Marina Silva aumentou de 12,5% para 20,7%; e de Campos passou de 3,7% para 7,4%.
A presidente, no entanto, venceria todos os candidatos na segunda etapa, de acordo com os cenários apresentados. Se a disputa fosse contra Aécio, a petista teria 39,6% dos votos, ante 26,2% do tucano. Contra Marina, Dilma receberia 38,2% e Marina teria 30,5%. Já contra Eduardo Campos, a presidente seria reeleita com 42,1%, ante 17,7% do pernambucano.
Ainda de acordo com a CNT/MDA, Dilma tem o maior porcentual de rejeição entre os presidenciáveis para as eleições de 2014. Ao todo, 44,7% dos entrevistados não votariam na petista "de jeito nenhum". A segunda maior rejeição é de Aécio (36%), seguido de Eduardo Campos (31,9%) e Marina (31,5%).
Outros cenários. Se a disputa no segundo turno fosse entre Aécio Neves e Marina, a ex-senadora venceria com 35,6% dos votos, ante 23,3% do tucano. No cenário, Eduardo Campos contra Marina, ela venceria com 40,5%, ante 15,1% dele. Caso os candidatos fossem Aécio e Campos, o tucano venceria com 29,7% dos votos, contra 16,4% do pernambucano.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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