A pesquisa MDA/CNT confirma a queda abrupta da popularidade do governo de Dilma Rousseff, mas mostra que a presidente parou de cair antes de entrar no negativo. Considerada a margem de erro, ela tem tanta aprovação quanto desaprovação.
O novo levantamento começou nove dias depois do anterior, do Datafolha, que havia mostrado que uma avalanche na opinião público levara a popularidade de Dilma encosta abaixo. Apesar da diferença de data, os números das duas pesquisas são bastante semelhantes: 30% de ótimo/bom no Datafolha e 31% na MDA.
Os saldo de popularidade nas duas pesquisas também se equivalem: 5 pontos positivos antes, contra 2 pontos agora. Isso porque, segundo a MDA, 29% avaliaram o governo Dilma como ruim/péssimo, contra 25% que tinham emitido essa opinião para o Datafolha.
O potencial de voto de Dilma Rousseff ficou muito perto da inelegibilidade: 51%, contra 45% de rejeição. Está no limite, mas, hoje, a presidente teria chances de se reeleger. Ela só perderá essa condição se passar a ser rejeitada pela maioria absoluta – uma barreira obviamente intransponível no segundo turno.
A pesquisa MDA/CNT indica que as chances de vitória de Dilma despencaram junto com sua popularidade, mas ainda existem. O significado dessa mudança depende dos olhos de quem vê a pesquisa.
Para a oposição, é sinal de que basta pressionar um pouco mais que Dilma se tornará inviável eleitoralmente. Para os dilmistas remanescentes, é prova de que a presidente chegou ao fundo do poço e tem um patamar minimamente confortável para buscar uma recuperação de sua popularidade.
As pesquisas não têm capacidade de predição. Não dá para saber o que vai acontecer a partir apenas desses dois levantamentos. Mas a crise revelou um novo patamar de resistência para Dilma. Novos fatos podem empurrar a popularidade presidencial para cima ou para baixo. É preciso que eles ocorram para Dilma cair mais.
Fonte: O Estado de S. Paulo
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