EDITORIAIS
Ômicron abre caminho para ‘novo normal’
O Globo
A variante Ômicron do Sars-CoV-2 marca um
ponto de inflexão na pandemia. Assustadoramente mais contagiosa, ela tem ao
mesmo tempo causado infecções menos severas, menos mortes e, nos países onde
tem avançado, imposto desafios de natureza diferente aos sistemas de saúde.
A Ômicron traz à humanidade um vislumbre do
que será o convívio com o vírus passada a pandemia. A Covid-19 se tornará uma
doença endêmica como tantas outras, e as lições dos últimos dois anos precisam
ser aproveitadas para construir aquilo que se convencionou chamar de “novo
normal”: uma vida diferente da que levávamos antes, mas não uma emergência
eterna.
Numa série de artigos publicada na última
edição da revista da Associação Médica Americana (JAMA), cientistas conclamam o
governo do presidente Joe Biden a rever sua estratégia de combate ao vírus.
Recomendam uma mudança significativa na visão da pandemia, estabelecem
critérios e políticas a seguir para preservar a saúde pública no novo cenário.
Tais recomendações deveriam ser ouvidas por governos de todos os países, entre
eles o Brasil.
“O ‘novo normal’ ocorrerá quando todas as
infecções, hospitalizações e mortes por vírus respiratórios, inclusive as por
Covid-19, não forem maiores do que aquelas que ocorriam tipicamente nos anos
das mais severas epidemias de gripe antes da atual pandemia”, escrevem os
cientistas num dos artigos, coassinado pela brasileira Luciana Borio, médica do
Council on Foreign Relations, em Nova York. O objetivo é que o risco de todas
as doenças respiratórias não exceda aquele a que estávamos acostumados antes do
Sars-CoV-2. Para atingi-lo, os cientistas sugerem nos artigos medidas em três
áreas: prevenção, diagnóstico e tratamento.
No campo da prevenção, o desafio para evitar a circulação de variantes do vírus com poder de contágio comparável ao da Ômicron é atingir um patamar de imunidade coletiva estimado em 90% da população, “seja por vacinação, seja por infecção prévia” — menos do que isso tem se revelado insuficiente para deter a transmissão. Só assim é possível reduzir a letalidade da doença ao nível desejável, inferior a uma morte por 100 mil habitantes. “A não ser que o Sars-CoV-2 evolua para ficar ainda mais atenuado que a forma atual, deve-se antecipar a necessidade de vacinas regulares, possivelmente anuais”, dizem os cientistas. Exatamente como hoje ocorre com o vírus da gripe.
Caberá a estudos em andamento esclarecer a
extensão da imunidade garantida pelas atuais vacinas ou por infecções
anteriores, de modo a estabelecer protocolos confiáveis para aplicação das
doses. Cientistas deverão também criar mecanismos para desenvolvimento rápido
de vacinas específicas para novas variantes, desafio ao mesmo tempo técnico e
regulatório. E não há discussão: a vacinação precisa ser obrigatória, requisito
para frequentar ambientes de trabalho, escolas ou demais espaços de convívio
coletivo. Exatamente como para sarampo ou meningite.
Os métodos de prevenção ao contágio que se
tornaram populares nos últimos anos deverão ser mantidos. É o caso do uso de
máscaras em locais fechados, preferencialmente aquelas com maior potencial
filtrante (PFF2, N95 ou KN95). Deve haver políticas para barateá-las,
distribuí-las gratuitamente e incentivar seu uso pela população. A ventilação,
o distanciamento e a filtragem do ar precisam estar presentes em escritórios,
escolas, transporte coletivo, bares, restaurantes, cinemas, teatros e outros
ambientes fechados.
Ainda no campo da prevenção, é preciso
criar sistemas de informação eficazes, com registros cruzados de infecções,
resultados de testes, status de vacinação, assim como monitoramento de efeitos
adversos e imunidade, criando um passaporte sanitário único, digital e
universal para cada cidadão. O Brasil leva enorme vantagem nesse quesito, pois
já dispõe de uma plataforma que pode ser usada como base, o DataSUS.
Acoplado ao Sistema de Vigilância
Epidemiológica da Gripe (Sivep-Gripe) e a informações oriundas de clínicas,
laboratórios e hospitais privados, ele deveria permitir, de acordo com limiares
técnicos de casos, internações em UTI ou mortes por todos os vírus
respiratórios, impor medidas restritivas ou de tratamento emergencial. É
inaceitável que o país continue a conviver com o apagão de dados no sistema que
funcionava bem até o ataque digital ocorrido há um mês.
O diagnóstico ágil e preciso dos vírus
respiratórios precisa estar à disposição de todos por meio de testes abundantes
e baratos. Testes domésticos precisam ser autorizados. Todos os resultados
deveriam ser reportados ao sistema nacional, que traria imediatamente aos infectados
as diretrizes adequadas para tratamento e isolamento, ainda a melhor forma de
evitar a circulação de qualquer vírus respiratório. Deve também haver uma
política abrangente de monitoramento genômico, com testes capazes de detectar
com agilidade o surgimento de novas variantes e de avaliar seu potencial de
escape à imunidade. Foi um desses sistemas que descobriu a Ômicron na África do
Sul.
É, por fim, fundamental que os cientistas
continuem a investigar novas drogas que combatam o vírus — e que os tratamentos
estejam à disposição por meio do sistema público de saúde a quem testar
positivo. É preciso que seja possível iniciar o tratamento imediatamente depois
do diagnóstico.
A maior parte dessas recomendações reflete
apenas o bom senso diante do que aprendemos nos últimos dois anos. Nem por isso
devem ser desprezadas. Assim como é um exagero acreditar que estaremos
eternamente sob a ameaça pandêmica, é ilusório crer que a vida voltará a ser
exatamente como era antes. O “novo normal” impõe desafios que precisamos
enfrentar desde já.
O PT não sabe o que é cidadania
O Estado de S. Paulo.
Sem propor caminhos para o desenvolvimento
econômico e social, partido ataca um dos principais avanços obtidos nos últimos
anos: a reforma trabalhista aprovada em 2017
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva
tem mostrado que o PT não deseja lidar com seu passado. Não aprendeu com os
escândalos de corrupção dos governos petistas – o mensalão e o petrolão seriam
mera invenção da oposição –, tampouco com os erros da política econômica
lulopetista. Nesse diapasão, a gestão de Dilma Rousseff é ignorada pelo
discurso do partido. É como se não tivesse existido, tal como não teriam
existido o mensalão e o petrolão. Tudo seria intriga da oposição.
Mas a tática do PT não se resume a tentar
esquecer o passado, como se agora as propostas para o futuro fossem diferentes.
Lula tem deixado claro que segue com as mesmas ideias equivocadas para o País.
Sem nenhum rubor, explicita que parou no tempo, incapaz de reconhecer não
apenas os erros lulopetistas, mas a própria realidade. Recentemente, Lula e a
presidente do PT, Gleisi Hoffmann, defenderam a revisão da reforma trabalhista
aprovada pelo Congresso durante o governo de Michel Temer.
A atitude lulopetista chega a ser perversa
com a população. Além de não propor caminhos para o desenvolvimento econômico e
social do País, o PT ataca um dos principais avanços obtidos nos últimos anos.
Trata-se de explícita defesa do retrocesso.
A reforma trabalhista do governo de Michel
Temer é um marco jurídico sofisticado, de raro equilíbrio social e econômico.
Regular acertadamente as relações de trabalho é um dos grandes desafios do
mundo contemporâneo, tanto pelas inovações tecnológicas que transformam
continuamente o mercado de trabalho como pelas mudanças da própria população,
com o aumento da expectativa de vida, o novo enquadramento das funções sociais
do homem e da mulher na família e no ambiente de trabalho, etc.
Além disso, o tema trabalhista tinha no
País contornos especialmente dramáticos, por força de um desequilíbrio
interpretativo que se foi instaurando na aplicação da Consolidação das Leis do
Trabalho (CLT). Pois bem, a Lei 13.467/2017 foi capaz de atualizar a legislação
trabalhista, desfazendo rigidezes e promovendo novos equilíbrios, sem eliminar
direitos dos trabalhadores.
A reforma trabalhista aprovada pelo
Congresso em 2017 não guarda nenhuma simetria com as ideias simplistas (e
equivocadas) do governo Bolsonaro, que vê nos direitos trabalhistas apenas
entraves a serem removidos o mais depressa possível. Capitaneada por Paulo
Guedes, a proposta do governo federal revela uma brutalidade darwinista e uma
profunda limitação de visão, com um diagnóstico binário sobre as relações de
trabalho.
Fruto de longo trabalho de estudo e
negociação no Congresso, a Lei 13.467/2017 tem outra sistemática e outra
proposta. Sem extinguir direitos, proporcionou mais liberdade e flexibilidade
nas relações de trabalho, além de ter removido algumas excrescências do sistema
jurídico nacional, como era o caso da contribuição sindical obrigatória. Antes
da reforma trabalhista, o trabalhador era obrigado a destinar um porcentual do
seu salário aos sindicatos, o que, além de ferir a liberdade de associação
prevista na Constituição, distorcia a função de representação que essas
entidades devem exercer.
A resistência de Lula à reforma trabalhista
de 2017 não é, portanto, um aspecto acidental, uma incompreensão pontual, por
assim dizer. Ela expõe, uma vez mais, a grande fissura que sempre existiu entre
o discurso do PT em defesa dos direitos dos trabalhadores e a realidade da
legenda, que desde suas origens priorizou os interesses dos sindicatos e das
lideranças sindicais. Não há como tapar o sol com a peneira. Quem está
verdadeiramente do lado dos trabalhadores não pode ser contrário ao fim da
obrigatoriedade da contribuição sindical.
Assim como todo o Direito, a legislação
trabalhista deve proporcionar, por meio de uma regulação adequada das relações
sociais, autonomia e liberdade. Não é barbárie ou anarquia, como também não é
cabresto ou sujeição. Essa dimensão de cidadania não faz parte da história do
PT e, pelo visto, nem do seu futuro. Lula continua o mesmo de sempre.
Desalento entre os mais jovens
O Estado de S. Paulo.
Sem perspectiva sobre o futuro, parcela da
população com até 29 anos que não estuda nem trabalha cresce de forma
consistente desde 2012
Se há um grupo que traduz a falta de
qualquer perspectiva e de confiança no futuro do País é o dos “nem-nem”. Entre
brasileiros de até 29 anos, 12,3 milhões não trabalhavam nem estudavam no
segundo trimestre de 2021, ou 30,5% da faixa etária, segundo estudo da
consultoria IDados com base na Pnad Contínua do IBGE. No primeiro semestre de
2019, eles eram 27,9% do total. O surgimento da pandemia do novo coronavírus
agravou a situação dos mais jovens, mas antes mesmo da emergência da covid-19 o
porcentual dos “nem-nem” já era expressivo. Em 2012, eles eram 10,6 milhões, ou
25,8% do total. É um contingente que vem aumentando de forma consistente nos
últimos anos e que demonstra apatia no momento mais dinâmico e produtivo de
suas vidas.
A vulnerabilidade desse grupo se explica
por diversas razões, entre elas a baixa escolaridade. Sem emprego nem renda,
muitos param de estudar no meio do caminho. “Isso representa uma ineficiência
enorme para o Estado, já que muitas dessas pessoas tiveram um investimento
público por trás”, disse ao Estadão a pesquisadora Ana Tereza Pires,
responsável pelo levantamento. De acordo com o presidente da Trevisan Escola de
Negócios, Vandyck Silveira, o problema não é a falta de recursos na Educação,
mas a má alocação dessas verbas. O pífio crescimento da economia brasileira
também explica esse fenômeno. Para empregar todos os jovens que entram no
mercado de trabalho, segundo Silveira, o País teria de crescer ao menos 3% ao
ano – muito mais que a média anual de 1,4% registrada entre 2017 e 2019,
seguida por uma queda de 3,9% em 2020.
Uma análise realizada pela Secretaria de
Política Econômica (SPE) do Ministério da Economia de meados de 2021 tampouco
trouxe esperança. Ela mostra que jovens com até 29 anos têm menor probabilidade
de conseguir emprego com carteira assinada. A falta de experiência, que faz com
que sejam preteridos nas seleções, se torna um obstáculo ainda maior em
momentos de crise, quando precisam disputar vagas com profissionais
qualificados também desempregados. Ainda segundo a SPE, entre os que procuram
trabalho há mais de dois anos, metade tem entre 17 e 29 anos, e dois em cada
três são mulheres com pouca escolaridade, a quem resta recorrer à informalidade
ou permanecer no desalento.
Para o País, esse cenário se reflete em
perda de produtividade e de capital humano e diminuiu as já remotas chances de
alcançar o nível de desenvolvimento das nações mais desenvolvidas. O porcentual
de jovens “nem-nem” deve cair no futuro, não pela melhoria das condições
socioeconômicas, mas porque o Brasil deve perder o bônus demográfico – ou seja,
haverá mais dependentes, entre idosos e crianças, do que habitantes em idade de
trabalho, entre 15 e 64 anos. “Logo, o futuro do País está comprometido pela
falta de quantidade e pelo tratamento de baixa qualidade dado à juventude”,
afirmou o diretor do Centro de Políticas Sociais da Fundação Getulio Vargas
(FGV Social), Marcelo Neri.
Mesmo os mais qualificados encontram
dificuldades para se colocar no mercado de trabalho, destacou Ana Tereza Pires.
Quem termina a faculdade durante uma fase de recessão pode ter reflexos por
toda a vida profissional, pois tende a encontrar empregos com salários mais
achatados. Não é por acaso que 47% dos jovens de 15 a 29 anos desejam sair do
País se tiverem oportunidade, segundo o estudo Atlas das Juventudes, coordenado
pela FGV Social. Isso diz muito sobre o presente e o futuro do País.
O impacto da crise sanitária na economia
puniu os mais jovens, já que as empresas preferiram manter profissionais
especializados. O País precisa adotar políticas públicas adequadas para esse
grupo, e não basta reduzir o custo de contratação para tentar amenizar o quadro
– uma alternativa que já foi proposta pelo governo e rejeitada pelo Congresso
duas vezes nos últimos anos. A retomada do crescimento econômico é essencial
para a criação de postos de trabalho, condição fundamental para que qualquer
programa dessa natureza tenha resultados efetivos e duradouros.
Recauchutagem ruim
Folha de S. Paulo
Governo zera fila do Auxílio Brasil, mas
programa peca pela falta de focalização ao mirar eleitores
Após a confusão nos últimos meses de 2021
para a criação
do novo Auxílio Brasil, o governo Jair Bolsonaro (PL) finalmente anunciou
ter zerado a fila de espera do programa, com a inclusão de mais 2,7 milhões de
famílias elegíveis.
Agora, o total de beneficiários ultrapassa
os 17 milhões, acima dos 14,6 milhões atendidos pelo Bolsa Família
—recauchutado e extinto sobretudo por ser marca vinculada ao maior adversário
político de Bolsonaro na eleição deste ano, o petista Luiz Inácio Lula da
Silva.
Depois de pagar um valor médio de R$ 224 em
novembro, o Auxílio Brasil prevê benefícios de R$ 400 às famílias até o final
deste ano. Dois meses após o segundo turno, portanto, o valor deve ser
drasticamente reduzido para a grande maioria, já que, antes da mudança, 13
milhões de famílias recebiam menos do que os R$ 400 mensais.
O Auxílio Brasil atingirá
de modo focalizado boa parte dos eleitores que hoje não querem
reeleger Bolsonaro: os mais pobres, os nordestinos e os desempregados.
Esses três grandes grupos representam até
metade dos eleitores e estão entre os que pior avaliam Bolsonaro. Em relação ao
presidente, eles também sinalizam mais que o triplo de intenções de voto em
Lula, segundo pesquisa Datafolha.
Se a focalização mira principalmente os
eleitores descontentes com Bolsonaro, ela deixou de lado uma das maiores
virtudes do Bolsa Família: destinar maiores recursos às famílias mais
numerosas, sobretudo aquelas com crianças. Agora, todos receberão um valor
semelhante, independentemente de suas necessidades específicas.
O próprio Bolsa Família, que quase chegou a
completar 20 anos, já era considerado um programa desatualizado por
especialistas, que defendem a adoção de mecanismos ainda mais focalizados.
Uma das principais propostas é a atualização
permanente do Cadastro Único, sistema nacional de informações para fins de
inclusão em programas sociais, para que haja detalhamento maior do perfil e das
necessidades dos mais pobres e de trabalhadores informais.
Por meio do Cadastro Único, sabe-se hoje
quantas famílias fazem parte desses grupos, mas não há registros nominais que
permitam identificar onde vivem, em que trabalham e suas necessidades.
A atualização cadastral proposta seria
feita a custo baixo, sem a necessidade de expansão no gasto social, usando-se a
rede existente de Cras e Creas, centros de assistência social presentes em mais
de 95% dos municípios brasileiros.
Sofisticar a focalização na área social,
dentro do limite orçamentário, deve ser uma das tarefas primordiais do próximo
governo. Quanto ao atual, é torcer para que não piore ainda mais o que já
existe.
Conceder e fiscalizar
Folha de S. Paulo
Mau exemplo de exploração de parque
nacional mostra que gestão privada requer supervisão
Em tempos de penúria orçamentária, a
concessão de parques públicos à iniciativa privada constitui, em princípio, um
meio promissor de dar algum alívio ao orçamento e, de modo concomitante,
garantir que esses locais sigam recebendo melhorias e investimentos necessários
à sua manutenção.
Nem sempre as coisas correm da maneira
esperada, porém, como mostra a difícil
situação do Parque Nacional do Itatiaia, o mais antigo do Brasil, criado em
1937.
Administrado desde o início de 2019 pela
empresa Hope Recursos Humanos, essa unidade de conservação localizada na serra
da Mantiqueira entre os estados do Rio de Janeiro e de Minas Gerais não
recebeu, até o momento, quase nenhuma das benfeitorias estipuladas em contrato.
Segundo o Instituto Chico Mendes de
Preservação da Biodiversidade —a outra parte do acordo, que estipula
investimentos da ordem de R$ 17 milhões por 25 anos —, cerca de dois anos após
vencer a licitação, a empresa alegou problemas financeiros decorrentes da
pandemia de Covid-19 e hoje encontra-se em processo de recuperação judicial.
Dado o histórico da companhia, tal
desfecho, embora lamentável, não chega a surpreender. Desde a realização do
certame, houve críticas à escolha da Hope, que não dispunha de qualquer
experiência na gestão de parques e fora investigada no âmbito da Lava Jato.
O caso demonstra a necessidade não apenas
de maior cuidado no processo licitatório como também de uma fiscalização
constante sobre as empresas concessionárias, a fim de detectar com celeridade
falhas na execução contratual e exigir seu cumprimento.
São lições que deveriam ser levadas em
consideração pelo estado de São Paulo, que recentemente lançou um edital para
que o setor privado explore pelos próximos 30 anos três
parques da capital.
O governo João Doria (PSDB) estima que as
concessões dos parques da Água Branca, Candido Portinari e Villa-Lobos venham a
resultar em investimentos mínimos de R$ 61,6 milhões.
Se os contratos forem feitos com inteligência, transparência e contrapartidas claras, é possível que, por meio desse modelo, os paulistanos possam desfrutar de espaços mais bem equipados e conservados, a exemplo do observado no parque Tenente Brigadeiro Faria Lima, na zona norte da cidade, há dois anos sob gestão privada.
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