Morte de líder do Hamas cria chance para cessar-fogo
O Globo
Eliminação do responsável pelas atrocidades
do 7 de Outubro abre oportunidade à libertação dos reféns
A morte de Yahya Sinwar, líder do grupo
terrorista Hamas responsável pelo planejamento e pela execução das atrocidades
do 7 de Outubro, maior matança de judeus desde o Holocausto e maior ataque ao
Estado de Israel desde sua fundação, encerra um capítulo do conflito que ele
mesmo iniciou. No telefonema em que o presidente americano, Joe Biden,
parabenizou o primeiro-ministro Benjamin
Netanyahu pela eliminação do alvo número um na guerra contra o
Hamas, ambos concordaram que ela abriu oportunidade a um acordo que traga a
libertação dos reféns e um cessar-fogo.
Sinwar, uma espécie de Osama bin Laden de Gaza, era conhecido pelo fanatismo e pela crueldade. Quando era responsável pelas operações de segurança do Hamas, matou com as próprias mãos mais de dez palestinos que considerava traidores. É inequívoca sua responsabilidade por desencadear o conflito que custou tantas vidas em Gaza. Assim como por ter transformado o enclave num formigueiro de túneis repleto de armas e munições, que deixaram a população palestina sem nenhum refúgio seguro.