domingo, 9 de junho de 2024

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Mesquinhez e estreiteza

Revista Será? (7.6.24)

Nos últimos meses, o Congresso Nacional dedicou muitas das sessões a várias horas de negociação e a uma enorme arenga política para decidir sobre a taxa de importação de “bugigangas” chinesas — as blusinhas das plataformas — e para suspender o direito de saídas temporárias de presos em visita a familiares — as chamadas saidinhas. Entre outras bugigangas políticas.

Paulo Fábio Dantas Neto* - O desafio parlamentar e a civilização política brasileira

Passadas quase duas semanas da mais recente medição de forças entre o Poder Executivo e a maioria do Congresso, é possível pedir passagem para uma interpretação do episódio dentro de uma moldura mais ampla que a simples e imediata computação dos votos verificados na sessão do dia 28 de maio nas respectivas gavetas de derrota ou vitória do governo. É bom deixar decantar o impacto momentâneo, sem, por outro lado, subestimar a importância política de algumas decisões então tomadas.

As votações que sustentaram as decisões não encerram veredictos ou vaticínios plebiscitários sobre quem rirá por último ao vencer uma suposta contenda "entre poderes". Também não esclarecem qual dos poderes teria razão na dita contenda que, no mais das vezes, é um embate político entre governo e oposição e não um conflito institucional transcendente à política "normal".

Mas os desfechos das votações não devem ser minimizados, jogados para baixo do tapete e entregues ao esquecimento, pois sugerem certa direção que as relações entre Executivo e Legislativo vêm seguindo. Essa direção é significativa, ainda que nada tenha de definitiva, mesmo que a análise mire um horizonte relativamente curto como, por exemplo, o das próximas eleições das mesas diretoras do Congresso e, no Executivo, o da possível reformulação do ministério, após as eleições municipais deste ano.

Merval Pereira - Arroz de festa

O Globo

Vencedores do leilão para compra de arroz no exterior para equilibrar a oferta do produto foram empresas especializadas em comércio de leite e laticínios do Macapá, ou de locação de veículos e máquinas de Brasília

A revelação de que vencedores do leilão para compra de arroz no exterior para supostamente equilibrar a oferta do produto no país foram empresas especializadas em comércio de leite e laticínios do Macapá, ou de locação de veículos e máquinas de Brasília, tisnou em parte os esforços do governo federal de apoio ao Rio Grande do Sul na tragédia das enchentes ainda em curso.

A desconfiança de que alguma coisa andou errada no procedimento é reforçada pela denúncia do setor agrícola de que o mercado nacional está em condições de suprir a demanda de arroz. Além do fato de que o governo pretende vender o arroz importado com preço tabelado e selo do governo federal, o que caracterizaria não uma decisão para regular o mercado, mas de cunho político-eleitoral.

Há uma frase famosa, atribuída ao político francês Talleyrand falando sobre os Bourbon, que voltando ao governo depois de 25 anos repetiram os mesmos erros, que poderia ser aplicada ao PT: “Não aprenderam nada, não esqueceram nada”. O governo joga no Rio Grande do Sul uma cartada importante não apenas para se mostrar atento e cuidadoso com os efeitos da tragédia, mas para tentar entrar em uma região, o sul do país, dominado pela oposição, às vésperas das eleições municipais.

Luiz Carlos Azedo - Os bons rapazes ainda estão perdendo na política

Correio Braziliense

A delação premiada consiste em o acusado ou indiciado dar detalhes sobre o crime cometido em troca de benefícios, como progressão do regime ou a redução da pena

Um mal-estar da deputada Luiza Erundina (PSOL-SP), em plena sessão da Câmara – ela já passa bem, felizmente –, na quinta-feira passada, impediu que fosse aprovada a toque de caixa uma proposta que proíbe a delação premiada de quem esteja preso, ao provocar a suspensão dos trabalhos. O projeto, originalmente de autoria do ex-deputado do PT Wadih Damous, dormia nos escaninhos do presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que resolveu pô-lo em votação para agradar os deputados da oposição que também se articulam para aprovar uma anistia aos envolvidos na tentativa de golpe de estado de 8 de janeiro.

O recurso à delação premiada foi adotado também pelo coronel Mauro Cid, ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Deputados do Centrão fazem um movimento de reaproximação com o ex-presidente Jair Bolsonaro, em razão das eleições municipais e da sucessão de Lira no comando da Câmara. O projeto poderia beneficiar a extrema-direita, que tem sido investigada por atos golpistas, por exemplo.

Eliane Cantanhêde – Show de horrores

O Estado de S. Paulo

Anistia para 8/1, fim das delações, chutes e sopapos, bugigangas e PEC das praias...

Foi uma semana dramática para o Congresso, particularmente para a Câmara dos Deputados, que misturou personagens absurdos, decisões inacreditáveis e momentos chocantes que só pioram a imagem e a credibilidade dos políticos e da política. Que tal a profunda falta de ética em pleno Conselho de Ética, com troca de insultos, palavrões, empurrões?

André Janones e Nikolas Ferreira ameaçaram trocar chutes e sopapos, diante de celulares ávidos por momentos picantes para atrair cliques e animar as torcidas da internet. Ambos emergiram para a política e para o Congresso graças exatamente à internet, incubadora de “influencers”, “coaches” e coisas do gênero. Janones se tornou indispensável na campanha do presidente Lula em 2022, e Ferreira, na do então presidente Jair Bolsonaro, para nadar de braçadas no mar da internet, cheio de tubarões e fake news.

Bernardo Mello Franco - Oito meses de barbárie

O Globo

Após novo ataque a escola da ONU, Israel entrará na lista de países e grupos que cometem crimes contra a infância. Ficará ao lado dos terroristas do Talibã e do Hamas

A guerra de Israel em Gaza acaba de completar oito meses. Na quinta-feira, a ofensiva produziu novas cenas de barbárie. Um bombardeio a uma escola das Nações Unidas matou ao menos 40 palestinos, incluindo 14 crianças e nove mulheres.

Em comunicado, as Forças Armadas israelenses descreveram a ação em Nuseirat como um “ataque preciso”. O episódio resume o desprezo do governo de Benjamin Netanyahu pelo direito internacional humanitário e pelas vidas de civis.

A ofensiva de Israel foi iniciada como resposta aos ataques terroristas do Hamas em 7 de outubro de 2023. Com o tempo, o que se vendeu como um revide legítimo virou um massacre sem data para terminar.

Dorrit Harazim - Perguntas

O Globo

Por que o governo de Israel não permitiu o acesso à zona de guerra de um único jornalista ou equipe profissional independente?

Em Gaza, convém não pensar no amanhã. A ONU estima em 37 milhões de toneladas os escombros gerados nestes oito meses de bombardeios israelenses. Debaixo dessas montanhas de concreto, cimento, poeira e silêncio lunar, encontram-se os restos mortais de 10 mil palestinos soterrados. Somente o trabalho de remoção desse entulho encravado de corpos humanos deverá exigir até três anos de labuta.

— Há mais escombros aqui do que na Ucrânia — testemunhou Charles Birch, que chefia o trabalho de desativação de bombas não explodidas em Gaza, sob o guarda-chuva do Serviço de Ação contra Minas das Nações Unidas (UNMAS).

A empreitada de sua equipe será pesada, visto que até 10% de foguetes, bombas e mísseis disparados em conflitos modernos simplesmente não funcionam. Para a população civil de Gaza, que percorre escombros calçando chinelos de dedo e escava prédios desossados com as mãos, um perigo a mais no amanhã. Hoje, o enclave desamparado está repleto de crianças e adultos sem um, dois ou três membros.

Míriam Leitão - Conflito político afeta economia

O Globo

Os bons números da economia ficam muitas vezes submersos entre as projeções pessimistas do mercado e o ambiente político deteriorado

Algo comum no noticiário econômico e nos relatórios dos bancos é dizer que o “resultado veio em linha com as previsões”, informando que os analistas do mercado financeiro acertaram. Não foi diferente na notícia do PIB do primeiro trimestre, mas a verdade é que no começo do ano ninguém previa um crescimento de 0,8%. Todos os números eram bem menores. Quando o resultado saiu, houve outra surpresa, o da alta de 4,1% no investimento. Em meio ao faroeste político do país, que na semana passada foi particularmente intenso, a economia tem apresentado sempre algum bom número de atividade, de mercado de trabalho, de inflação e até de arrecadação. Sombras e incertezas estão no horizonte, mas isso faz parte da natureza da economia, agravado pelo clima tenso da política.

Pedro S. Malan - Educação, Lula e a lição de Celso Furtado

O Estado de S. Paulo

Estudos sobre impacto da educação profissional e tecnológica sobre a empregabilidade e a remuneração mostram o muito que se pode avançar

O Ministério da Educação divulgou ao final de maio dados inéditos do primeiro relatório do Programa Criança Alfabetizada do governo federal, que fez parcerias com os Estados, usando parâmetros e testes padronizados, para avaliar alunos. O resultado: aos sete anos de idade, 44% dos alunos das escolas públicas brasileiras não são alfabetizados. O resultado quanto a noções básicas de matemática certamente também deixa e muito a desejar. O contraste com as melhores escolas privadas é chocante e afeta a trajetória dos alunos ao longo de suas vidas. Já citei neste espaço a importante observação de um secretário municipal de Educação do Rio de Janeiro, Cesar Benjamin: “Uma criança/adolescente que não aprendeu leitura e escrita e noções básicas de matemática já é um excluído”. E aquela de um dos maiores especialistas em educação no Brasil, Simon Schwartzman: “A criança que chega aos 10/11 anos de idade em uma escola precária, que não aprendeu a ler nem escrever, não tem futuro”.

Rolf Kuntz - Para vencer a praga dos 2%

O Estado de S. Paulo

Sem cuidar da capacidade produtiva, incluído o potencial do trabalhador, será irrealista pensar em crescimento mais dinâmico

Grandalhão, ineficiente e sem rumo de longo prazo, o Brasil estará condenado à mediocridade enquanto o governo descuidar do investimento produtivo e da busca de produtividade, como vem ocorrendo na maior parte do século 21. O Brasil está no “rumo certo”, disse o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, comemorando o desempenho da economia no primeiro trimestre, quando o Produto Interno Bruto (PIB) cresceu 0,8% sobre os três meses finais de 2023. Mas boa parte dessa expansão foi apenas uma retomada, depois de dois meses de variação próxima de zero. O quadro parece pouco melhor quando se observa um período mais extenso. Ao longo de um ano a atividade aumentou 2,5%, com ampla desigualdade entre os setores. A agropecuária avançou 6,4% e os serviços, 2,3%, enquanto o produto industrial se expandiu 1,9%, mas com novos tropeços e novos sinais de retrocesso.

Celso Rocha de Barros - Ajuste fiscal e política

Folha de S. Paulo

Ninguém vai fazer grandes sacrifícios de popularidade pelo mercado se a turma continuar financiando bancada do TikTok

Nas últimas semanas, os ricos brasileiros fizeram duas coisas: declararam seu amor incondicional por bolsonaristas como Tarcísio de Freitas e pediram que Lula tome medidas de ajuste fiscal impopulares, como a desvinculação entre o piso das aposentadorias e o salário mínimo ou a revisão dos mínimos constitucionais para saúde e educação.

A equipe econômica de Lula parece acreditar que alguma versão dessas medidas é necessária. Nos últimos tempos, a desvinculação na Previdência foi defendida pela ministra do planejamento, Simone Tebet. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou no Twitter um texto do economista Braúlio Borges que defende, além da desvinculação na Previdência, que os mínimos constitucionais sejam atrelados a pisos reais de gasto per capita, e não mais à receita.

O PT não gostou de nada disso.

Vinicius Torres Freire – Lula sem crédito, Haddad sem fundos

Folha de S. Paulo

Se governo não tiver rumo fiscal, quase qualquer frase do ministro vai causar tumulto

Fernando Haddad teve uma conversa inglória com administradores de dinheiro grosso na sexta-feira, como se sabe. Os vazamentos do que teria dito o ministro da Fazenda provocaram pânico extra nos mercados financeiros.

Versões do que Haddad falou foram parar em grupos de WhatsApp, reconhecido centro de exibicionismo e de difusão de mentira, burrice e fofoca.

Gente de "o mercado" que estava na reunião quis aparecer ("olha, sou ‘insider’") ou foi pautada por sócios e patrões para passar qualquer informação materialmente relevante. Outros fizeram fofoca com desleixo incompetente ou picareta.

Tanto faz.

Hélio Schwartsman - Novas guerras frias

Folha de S. Paulo

Livro de jornalista do New York Times esmiúça de forma didática as mudanças geopolíticas dos últimos anos

Se você é um daqueles que acreditou na tese do fim da história, de Francis Fukuyama, ou comprou a ideia de que a integração econômica com o Ocidente levaria a uma liberalização da China, então precisa ler "New Cold Wars", de David Sanger. Vai descobrir não apenas que estava errado como também que estava errado em boa companhia. Grande parte da elite dos servidores públicos dos EUA, civis e militares, ao longo de cinco administrações, atuou com base em crenças semelhantes. Mas, desde a consolidação de Xi Jinping no poder na China e especialmente desde a invasão da Ucrânia pela Rússia em 2022, ficou claro que essas teorias estavam erradas.

Bruno Boghossian - Bolsonaro quer amarrar Tarcísio

Folha de S. Paulo

Naturalidade com que nome do governador passou a ser tratado em segmentos da direita atrapalha dois planos do ex-presidente

Como tantos conflitos internos do bolsonarismo, este ganhou a luz do dia com uma postagem caótica de Carlos Bolsonaro. No fim de maio, ele se queixou de quem fala em sucessão na direita sem considerar um possível retorno do pai às urnas em 2026. Chamou o movimento de "oportunista" e disse que a intenção era enfraquecer o ex-presidente.

Muniz Sodré - Avalanche de trevas

Folha de S. Paulo

É obsceno o prognóstico de Tarcísio de Freitas sobre as escolas cívico-militares

Uma avalanche é feita do acúmulo de pequenas coisas, físicas ou mesmo morais, que convém esmiuçar para estimativa dos riscos. Foi assim obsceno, coisa de fazer tremer a compostura do espírito público, o prognóstico do governador paulista sobre escolas cívico-militares: daqueles alunos poderá surgir no futuro um novo Bozo. Não é, aliás, a primeira vez que se pode pensar em obscenidade como categoria aplicável a esse político. Foi como o jornal inglês "The Guardian" se referiu a uma das famigeradas motociatas em que ele, em plena pandemia, subiu na garupa presidencial.

Maria da Conceição Tavares (1930-2024) marca debate econômico de JK ao TikTok

Danilo Thomaz* / Folha de S. Paulo (15.10.22)

Maria da Conceição Tavares marcou o debate público brasileiro das últimas décadas, tanto por suas ideias quanto por sua figura teatral. Referência central nos estudos sobre crescimento e planejamento econômico, formou três gerações de economistas. No plano pessoal, sua postura inconformada, enérgica e desbocada inspirou até personagem de programa de humor. Aos 92, é redescoberta por novas gerações após virar meme na internet.

Não poderia haver melhor momento para o Instituto de Economia da Unicamp, que começou a funcionar em agosto de 1968, comemorar seus 40 anos. Era 2009, e os países ricos estavam recolhendo os destroços do que havia restado da crise de 2008, fruto de quase três décadas de desregulação financeira.

Já o Brasil, que nunca embarcara com a mesma intensidade no que se convencionou chamar de neoliberalismo, via a economia se recuperar rapidamente com a ação dirigida estatal. Como, aliás, já vinha acontecendo naquele segundo governo Lula. Era a vitória política e ideológica da chamada Escola de Campinas, mais voltada à participação do Estado na economia.

Uma das principais formuladoras da tradição dessa escola estava na celebração da Unicamp: a economista Maria da Conceição Tavares. Convidada a falar no evento, não se limitou a ser mera espectadora enquanto não chegava o dia e a hora de sua palestra.

Se um convidado dizia algo de que discordava, rebatia, "não é assim!". Se alguém falasse uma besteira, dizia "é uma bobagem!". Se errasse, corrigia no mesmo instante: "Está errado!".

Morre, aos 94 anos, a economista Maria da Conceição Tavares

Cássia Almeida / O Globo

Referência no pensamento desenvolvimentista, a portuguesa de nascimento e brasileira de coração, deixa dois filhos, dois netos e um bisneto

A economista Maria da Conceição Tavares morreu neste sábado em Nova Friburgo aos 94 anos. Referência do pensamento desenvolvimentista no país, sem papas na língua, a portuguesa de nascimento e brasileira de coração, formou uma geração de economistas no país que têm decidido o destino econômico do Brasil nas últimas décadas. Ela deixa dois filhos, Laura e Bruno, dois netos, Ivan e Leon e o bisneto Théo. A família não divulgou a causa da morte.

A sua festa de 80 anos, em 2010, na Casa do Minho, exatamente em frente ao prédio onde morava no Cosme Velho, encheu o lugar de ex-governadores, ex-ministros da Fazenda, da Saúde e por aí vai. Dois candidatos à Presidência, Dilma Rousseff e José Serra, dividiram a mesa com a economista. Foram seus alunos Fernando Henrique Cardoso, Guido Mantega, Pedro Malan, Luciano Coutinho, João Manuel Cardoso de Melo, Carlos Lessa, Luís Gonzaga Beluzzo, José Luis Fiori e Aloizio Mercadante

Míriam Leitão - A economia como campo de luta política e humana

O Globo

A economista Maria da Conceição nunca diferenciou a economia da luta política por um Brasil pelo qual ela sempre sonhou, mais desenvolvido, democrático e mais justo. Por isso, em plenos anos de chumbo, ela acabou presa, num daqueles episódios de puro horror, praticamente sequestrada por agentes das Forças Armadas. Ela mesma conta que o então ministro Mario Henrique Simonsen atuou para libertá-la. E dizia não ter entendido sua prisão por não ser “subversiva”. Na verdade, sua coragem pessoal de dizer sempre o que pensava era mais desestabilizador para um regime ditatorial do que se ela fosse de alguma organização.

A marca maior de Maria da Conceição como economista é a sua convicção de que o Brasil precisa de um plano de desenvolvimento, industrializante, conduzido em grande parte pelo Estado, mas num contexto democrático e com ênfase na busca da justiça social. O governo militar, que ela sempre criticou com sua voz veemente e destemida, tinha planos de desenvolvimento mas era centralizador, autoritário, e concentrador de renda. Sua visão estava mais de acordo com o Plano de Metas, do governo JK, do qual participou da formulação, num governo aberto e democrático.

Poesia | Assim sou, fútil e sensível, de Fernando Pessoa

 

Música | Toquinho - Eu sei que vou te amar / Onde anda você (Tom Jobim e Vinicius de Moraes)