Analfabetismo funcional persistente é vexame nacional
Folha de S. Paulo
Estudo mostra desempenho pífio até entre
formados no ensino médio; é preciso valorizar os modelos integral e técnico
É vexatório que quase um terço dos
brasileiros entre 15 e 64 anos viva no mundo das letras e dos números
praticamente no escuro.
O
índice de 29% de analfabetos funcionais nesse estrato em 2024 reflete
a ineficiência histórica das três esferas de governo na gestão da educação, que
impacta a qualidade de vida dos indivíduos e o desenvolvimento do país.
O Indicador de Alfabetismo Funcional (Inaf),
calculado pela ONG Ação Educativa, mostra queda do início da série história, em
2001, quando marcou 39%, até a estagnação em 27% entre 2009 e 2015. Depois
houve alta para 30% em 2018 e, agora, uma redução pífia de um ponto percentual.
A categoria engloba desde os que não conseguem ler palavras ou um número de telefone (analfabetismo absoluto), que representam 7% no indicador recente, até os 22% que leem e escrevem, mas não compreendem textos longos nem fazem contas maiores (analfabetismo rudimentar).