Sem cortar exceções, Brasil terá alíquota insuportável
O Globo
Senado deve reduzir benesses criadas
pela Câmara na reforma tributária para manter o patamar de 26,5%
O brasileiro sente diariamente o peso de uma
das maiores cargas de impostos do mundo. É com isso em mente que os senadores
têm de encarar a regulamentação da reforma
tributária. A principal meta deve ser reduzir ao mínimo as exceções à
alíquota-padrão total dos impostos sobre serviços e consumo, definindo
mecanismos para garantir que ela não passe de 26,5%, patamar estipulado em
votação na Câmara.
Os deputados estabeleceram o teto de forma genérica, sem especificar gatilhos para sua manutenção. No formato atual, o texto não garante que o limite será respeitado, abrindo a possibilidade de alíquota-padrão ainda maior — entre os países da OCDE, a média é 19,2%, e o único país com alíquota superior é a Hungria, com 27%. Ao GLOBO, o secretário de Reforma Tributária, Bernard Appy, afirmou que o governo enviará ao Senado sugestões de ajustes para manter os 26,5%.