No TSE, Cármen Lúcia terá de enfrentar desinformação e IA
O Globo
Ministra que assume a Corte em junho se
mostra atenta aos riscos trazidos pela tecnologia às eleições
Como era previsto, a ministra do
Supremo Tribunal Federal (STF) Cármen Lúcia foi escolhida para presidir o
Tribunal Superior Eleitoral (TSE) por dois anos a partir de junho, em
substituição ao ministro Alexandre de Moraes. Ela tem mantido desde
já reuniões com empresas de tecnologia, visando à adoção de medidas eficazes
para combater a desinformação nas eleições municipais no segundo semestre.
Presidente do TSE em
2012 e 2013, Cármen demonstra estar ciente de que hoje os desafios têm outra
natureza e dimensão, com o espectro do uso intensivo de inteligência artificial
(IA) nas campanhas eleitorais.
“Temos uma situação completamente inédita na história da humanidade, com um grande volume de dados passados nos nossos aparelhos”, afirmou num evento em São Paulo. De acordo com ela, as campanhas de desinformação podem criar uma versão contemporânea dos proverbiais “currais eleitorais” do passado, que ela descreve como “coronelismo digital”.