Candidatura de Marçal exige maior vigilância
O Globo
Condenado por furto e acusado de violar lei
eleitoral, surpresa paulistana está longe de ser apenas folclórico
A democracia ganha quando gente de todo tipo
concorre a cargos eletivos. Candidatos com origens diversas e conhecimentos
variados trazem pontos de vista originais, enriquecem o debate e melhoram a
representatividade. Mas, em nome da saúde da própria democracia, nem tudo é
aceitável no embate político.
O Brasil já teve sua cota de personagens folclóricos que aglutinaram a revolta contra os políticos e conquistaram projeção. Foi nessa raia que despontou a candidatura à Prefeitura de São Paulo do dublê de influenciador, coach corporativo e empreendedor das redes sociais Pablo Marçal. Qualquer um que almeje comandar a maior cidade do país deveria manter conduta irrepreensível e respeitar as regras que garantem equilíbrio na disputa. Não é o caso de Marçal. Candidato pelo inexpressivo PRTB, ele não teve pejo em adotar o escândalo como estratégia.