terça-feira, 21 de janeiro de 2025

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Alívio a dívidas estaduais terá custo alto

O Globo

Apesar da generosidade do programa aprovado, governadores ainda fazem pressão para derrubar vetos de Lula

Governadores passaram a reclamar em coro dos vetos do presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Lei Complementar que estabeleceu novas regras para a renegociação de dívidas estaduais. As reclamações não têm o menor sentido. A lei — sancionada por Lula em seus pontos essenciais — é apenas o último na série de socorros da União aos estados incapazes de honrar dívidas que hoje somam em torno de R$ 760 bilhões — 90% concentradas em São Paulo, Minas, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Repetindo o que já ocorreu em 1993, 1997 e 2016, os estados receberão mais um alívio nas condições de pagamento.

Eles poderão aderir ao Programa de Pleno Pagamento de Dívidas dos Estados (Propag) até 31 de dezembro. Pelas regras, os juros cobrados — hoje de 4% — poderão cair até zero em troca de compromissos como entrega de ativos à União, investimentos em educação ou infraestrutura. No entender do secretário do Tesouro, Rogério Ceron, a lei “permitirá rápida redução desse endividamento ao longo do tempo”. “Não haverá nenhum tipo de perdão de dívida, mas com encargos menores você facilita o pagamento”, diz ele.

O futuro em Marte – Merval Pereira

O Globo

Trump se propõe a ser o novo dono do mundo, colocando os Estados Unidos à frente dos demais países

Se a visão do presidente Donald Trump realmente se concretizar, o mundo de pacificação prometido em seu discurso de posse estará longe de existir, tomado por ódio aos estrangeiros, submetendo as minorias à ditadura da maioria e dominado pela prepotência do mais forte. A falta de compostura com que tratou o ex-presidente Joe Biden no discurso de posse e a sem-cerimônia com que confirmou querer retomar o Canal do Panamá mostram bem a tônica dissolvente de seu caráter. Foi quase uma declaração oficial de guerra, no momento da posse.

Num planeta cada vez mais necessariamente interdependente, Trump se propõe a ser o novo dono do mundo, colocando interesses dos Estados Unidos à frente daqueles dos demais países, como se desse gesto egoísta pudesse nascer uma liderança respeitada, em vez de uma tirania temida por sua imprevisibilidade.

O problema é a mensagem – Pedro Doria

O Globo

O Palácio do Planalto entendeu muito mal o que ocorreu na semana passada no embate do Pix. E, em virtude do diagnóstico errado, corre sério risco de ser pego de surpresa nas próximas eleições, como ocorreu com o Partido Democrata nos Estados Unidos. Nessa ilusão, o grupo no governo não está sozinho. Afinal, convenceu de seu diagnóstico um bom naco da imprensa especializada em política. Bons jornalistas compraram a versão. Mas ainda há tempo de rever tudo.

A tese do governo é que as redes sociais são grandes máquinas de desinformação. De que a população foi enganada a respeito das mudanças implementadas pela Receita Federal. De que é enganada o tempo todo. Alguns no governo se convenceram, até, de que o vídeo do deputado bolsonarista Nikolas Ferreira (PL-MG) só cruzou 300 milhões de visualizações no Instagram porque a Meta, companhia de Mark Zuckerberg, manipulou o algoritmo para lhe dar um empurrão. Não há qualquer evidência disso. Nada além da vontade de não acreditar que milhões tenham se interessado pela mensagem.

O preço do protecionismo de Donald Trump - Assis Moreira

Valor Econômico

As guerras comerciais poderão ser bem mais graves e mais custosas, no novo cenário geopolítico

Donald Trump retorna hoje à Casa Branca aumentando a incerteza em tempos já conturbados, crescimento econômico mundial lento, persistentes pressões inflacionárias, tensões geopolíticas, conflitos e guerras, mudanças climáticas e mudanças tecnológicas rápidas centradas na Inteligência Artificial e em outras tecnologias de ponta emergentes.

Com Trump 2.0, as guerras comerciais poderão ser bem mais graves, a se julgar pelo que ele ameaça implementar a partir desta semana, como o choque de tarifas — ele mencionou várias vezes alta de 10% a 20% sobre os produtos de todos os países, e de até 60% especificamente sobre produtos chineses.

O protecionismo de Trump é justificado por sua equipe para ao mesmo tempo "punir" a China por políticas desleais e conter a expansão chinesa, reequilibrar a balança comercial, reindustrializar o país, reforçar a segurança nacional, financiar parte da prometida redução do imposto sobre o lucro das empresas, sem esquecer eventuais sanções sobre países que abandonarem o dolar como moeda de transações internacionais — como membros do Brics, grupo liderado pelo Brasil em 2025.

Trump sinaliza moderação com a China no primeiro dia - Humberto Saccomandi

Valor Econômico

A posição mais branda com Pequim parece ser uma vitória do empresário Elon Musk e deve provocar um alívio nos mercados

O presidente dos EUA, Donald Trump, falou por horas na segunda-feira (20). Discursou na posse, depois se dirigiu por duas vezes a apoiadores e, por fim, respondeu a perguntas de jornalistas enquanto assinava decretos à noite. E assinou dezenas de decretos. Curiosamente, o mais importante para a economia foi o que ele não disse e não fez.

Trump ignorou os principais desafios globais e econômicos dos EUA e, principalmente, não hostilizou a China em nenhum momento ontem. Essa talvez tenha sido a indicação mais importante dada pelo novo presidente. A posição mais branda com Pequim parece ser uma vitória do empresário Elon Musk e deve provocar um alívio nos mercados.

Haddad leitor de Koselleck – Filipe Pinto Monteiro*

O Estado de S. Paulo

Queremos crer que o ministro respeita o que se passou, o que se manteve e o que se esvaiu, assim como entrevê dias melhores, sem fantasias utópicas

O cargo de ministro da Fazenda pode parecer, à primeira vista, incompatível com o hábito cotidiano de leituras de cabeceira. Em especial no momento tenso em que vivemos. Em se tratando de Fernando Haddad, é um desafio compreender o que lhe apraz, mas que talvez nos possa dar algumas pistas sobre o que se encontra no horizonte de expectativas econômicosociais do governo. Quando ele foi flagrado ao sair de uma livraria, em abril de 2024, com obras do pensador alemão Re i n h a r t Kos e l l e c k (1923-2006), o assombro tomou muitos dos profissionais (o presente autor se inclui) nas oficinas do historiador espalhadas por todo o País.

Koselleck não é uma literatura de final de semana. Não é entretenimento. Muito menos uma escrita convidativa. Em geral está na estante e não na cabeceira. O autor usa termos impronunciáveis como Begriffsgeschichte (história dos conceitos); seus livros, verdadeiros tratados de teorização; seu foco, uma especialidade insólita para muitos: intenções e mudanças, no passar do tempo, de palavras e termos que utilizamos no nosso dia a dia. O estudo do político, por exemplo, está no rol de suas preocupações. Não poderia ser diferente com a economia.

O céu é o limite - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Trump: tudo para os EUA, dane-se o resto do mundo, a igualdade e a sobrevivência do planeta

Erramos todos em relação a Donald Trump. Em seu segundo mandato, ele não quer apenas fechar os EUA e dominar o mundo, mas também explorar o universo. O céu é o limite. Para alegria de Elon Musk, do X e da SpaceX, que sonha justamente com a dominação da Terra e a chegada a Marte, Trump anunciou que vai desbravar Marte e não recuou um milímetro nas suas promessas e ameaças da campanha.

Na posse, ele disse que vai declarar emergência e jogar tropas contra imigrantes na fronteira sul com o México, arrancou aplausos ao deixar claro que vai tirar os EUA de novo do Acordo de Paris, não dá a mínima para energia limpa e vai investir mundos e fundos em petróleo, gás e indústria automobilística. Não bastasse, avisou: a partir de agora, os EUA serão “cegos à cor da pele” e só terão dois gêneros, masculino e feminino.

Trump, agente do caos - Hélio Schwartsman

Folha de S. Paulo

Reentronização de presidente americano torna o mundo um lugar menos seguro

Donald Trump é de novo o presidente dos EUA. O mundo se torna, a partir de hoje, um lugar mais perigoso.

Ao longo das últimas oito décadas, os EUA foram a principal potência militar e econômica do planeta e atuaram com uma agenda mais ou menos estável.

Não era uma agenda kantianamente principista nem desinteressada, mas havia um norte. Washington procurava disseminar a economia de mercado e a democracia. Quando não dava, se esforçava para que a ditadura instalada fosse do tipo filoamericano, não socialista ou comunista.

Em relação aos países ricos aliados, preocupava-se em liderar e não apenas impor. Era um multilateralismo enviesado, mas pelo menos havia a ideia de que as decisões globais deveriam ser tomadas em conjunto.

Plano de Trump pode ter efeitos dramáticos na economia global, mas é difícil saber o que virá - Vinicius Torres Freire

Folha de S. Paulo

Ainda se sabe pouco do que republicano quer fazer e de sua capacidade operacional, legal ou política de implementar medidas

Cobrar mais imposto de importação, limitar o comércio exterior e baixar impostos domésticos sem ter receita alternativa é uma fórmula para cozinhar um prato de inflação e taxas de juros mais altas. É o que diz a opinião sensata, óbvia e convencional sobre o efeito da implementação de algumas das promessas de Donald Trump.

Em tese e tudo mais constante parece razoável acreditar que assim seja. Claro que são essas as medidas que podem ter impacto mais imediato na economia americana e do mundo. Donos de dinheiro grande nos EUA acreditam que guerra comercial haverá e, portanto, acreditam ao menos em dólar mais forte (por causa de taxas de juros mais altas).

Mas ainda nesta segunda-feira da posse, se sabe muito pouco do que Trump vai querer fazer de fato, da extensão ou profundidade dessas medidas e em sua capacidade, operacional, legal ou política, de implementá-las. Além do mais, a depender do que fizer em outras áreas e do resto do mundo, seu programa de governo pode ter efeito ainda mais drásticos ou dramáticos.

Trump adiou por algumas semanas o anúncio do aumento de impostos de importação e outras medidas restritivas contra China, seus aliados Canadá e México e sabe-se lá quais países. Não é possível nem especular sobre o tamanho do efeito das restrições comerciais.

Com um rei na barriga - João Pereira Coutinho*

Folha de S. Paulo

O governo não deve ser entregue a um CEO porque um país não é uma empresa

Quem precisa de políticos? Não seria melhor ter um CEO dirigindo o país? Alguém com espírito analítico e prático, em busca do bem comum?

A pergunta é frequente entre as almas desiludidas com a fauna política. Mas agora há um "filósofo" disposto a defender esse tipo de regime. O nome é Curtis Yarvin e, segundo o New York Times, é nome influente no movimento Maga e no Vale do Silício.

Fácil entender por quê. A democracia não serve, diz ele em entrevista ao jornal. É demasiado lenta com seus freios e contrapesos.

Melhor entregar o governo a um rei-ditador-CEO (ele vai mudando os nomes) capaz de atuar sem esses obstáculos. Donald Trump, logicamente, é esse rei-ditador-CEO, espera Yarvin.

Não vale a pena perder tempo com coisas óbvias. A lentidão da democracia não é um defeito de fábrica. É uma salvaguarda necessária para evitar, precisamente, a emergência de um rei absoluto. Os tais Pais Fundadores dos Estados Unidos sabiam o que faziam.

Trump e o declínio americano - Joel Pinheiro da Fonseca

Folha de S. Paulo

Republicano é sintoma de potência em declínio, que reage adotando postura hostil

"Deste momento em diante, o declínio da América acabou." Para mim, esta frase encapsula o sentimento do novo governo Trump. Um líder como Trump é o sintoma de uma potência em declínio; de um país que não tem mais o domínio mundial que já teve e que reage a isso se fechando e adotando uma postura hostil para o resto do mundo. Os EUA não são mais os campeões autoconfiantes da ordem mundial que ajudaram a criar no pós-guerra; são os primeiros a querer desmontá-la porque ela custa caro demais.

Como de praxe, não se ouviu, nas palavras de Trump, qualquer menção a nações aliadas. O mundo é um imenso cada-um-por-si. Nas relações comerciais, um lado perde e o outro ganha. No comando do Estado mais poderoso do mundo, ele sabe que pode ameaçar nações menores com tarifas, sanções ou mesmo ações militares, e haverá muito pouco que qualquer país ameaçado poderá fazer.

Mesmo que não consiga tudo o que pediu inicialmente (lembrando que exigir muito é o primeiro passo para conseguir algo), ele sai com a vitória: direitos de exploração mineral da Groenlândia; tarifa zero para navios americanos no Panamá; alguma concessão do Canadá. Não sabemos bem como nem quando mas, em algum momento, a chantagem chegará no Brasil.

Pare o mundo que Trump quer passar – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense

Lula já tinha muitos problemas antes de Trump tomar posse, que agora ganharão outra dimensão. Ontem, na reunião ministerial, cobrou mais entregas de sua equipe

"Nada vai entrar no nosso caminho, porque nós somos americanos", disse o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ao encerrar seu primeiro discurso após a posse. Trump não fez por menos: anunciou "uma era de ouro", reiterou seus planos expansionistas e assinou uma enxurrada de decretos para desconstruir a gestão do democrata Joe Biden, que o antecedeu, e levar adiante sua política protecionista e anti-imigração.

Sua primeira ordem executiva foi declarar emergência na fronteira entre EUA e México, o que significa a autorização do envio de militares à região. Trump não está brincando quando fala em retomar o controle do Canal do Panamá, mandar astronautas fincar a bandeira norte-americana em Marte e combater a diversidade sexual, para que os Estados Unidos voltem a ser um país "com dois gêneros: o feminino e o masculino".

Na questão ambiental, Trump anunciou que os EUA sairão do Acordo de Paris sobre o Clima, o que vai representará um boicote à COP 30, que se realizará em novembro, em Belém do Pará. Nesse campo, pretende dificultar a produção de energia eólica e intensificar a exploração do petróleo em seu território. Sua posse ofuscou e pautou os debates do Fórum Econômico Mundial, em Davos, iniciado nesta quarta-feira.

Isolamento na esquerda - Renato Souza

Correio Braziliense

O comportamento da esquerda diante dos vídeos de Nikolas Ferreira e Erika Hilton revela um problema crônico entre políticos progressistas: a distância do povo

Na última semana, um vídeo publicado pelo deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG) tomou as redes sociais e bateu seguidos recordes de reprodução. Foram mais de 300 milhões de visualizações somente no Instagram, superando marcas obtidas até mesmo por cantoras de música pop famosas globalmente. O engajamento do discurso do parlamentar, que criticou mudanças realizadas pelo governo que permitiam o monitoramento de valores transferidos pelo Pix por parte dos cidadãos, assustou políticos, movimentos e personalidades da esquerda no país.

Nikolas é famoso por fazer discursos críticos, mas também carregados de informações falsas e muitas vezes preconceituosas. Porém o vídeo viral tem elementos diferentes de discursos anteriores. Não contém informações falsas, trouxe um discurso apelativo que gerou medo e contou com uma produção profissional de audiovisual. Independentemente do conteúdo, a dimensão que o vídeo ganhou mostra não só a força da direita na internet, mas a fraqueza da esquerda em dialogar com as novas gerações e com a sociedade conectada de todas as idades.

O país está pronto para a jornada de 36 horas? - Roseniura Santos*

Correio Braziliense

Aprender com a experiência internacional e adaptar as lições ao contexto brasileiro é o caminho para que a proposta não apenas reduza horas, mas também amplie oportunidades e promova justiça social

A proposta de redução da jornada de trabalho para 36 horas semanais está no centro dos debates sobre qualidade de vida e direitos trabalhistas no Brasil. Em um país em que a média semanal de trabalho ainda ultrapassa 44 horas, a medida promete aliviar a exaustão da força de trabalho e abrir espaço para novas oportunidades de emprego.

A proposta de emenda à Constituição (PEC) visa reduzir a jornada semanal de trabalho sem redução salarial e eliminar a escala de 6x1, substituindo-a por quatro dias de trabalho. A PEC já alcançou o número necessário de assinaturas para tramitação e está sendo debatida no Congresso Nacional. Independentemente do desfecho legislativo, a iniciativa tem o mérito de provocar um debate que o Brasil precisa enfrentar: como conciliar a modernização das relações trabalhistas com a garantia de bem-estar e qualidade de vida para os trabalhadores?  

Trump 2.0 e os desafios para o Brasil - Denilde Holzhacker *

Correio Braziliense

Tarifas sobre produtos estrangeiros e incentivos para reindustrializar os Estados Unidos prometem beneficiar setores norte-americanos, enquanto criam barreiras para exportadores estrangeiros

O segundo mandato de Donald Trump nos Estados Unidos inaugura um contexto de grandes expectativas e desafios tanto para a política global quanto para o Brasil. Com um cenário interno favorável — apoio popular, maioria no Congresso e uma Suprema Corte alinhada —, Trump possui as condições necessárias para implementar uma agenda marcada pelo protecionismo econômico, pelo enfraquecimento das políticas climáticas e pela rejeição ao multilateralismo. Esse novo capítulo da política americana levanta questões geopolíticas e econômicas que impactam diretamente o Brasil, sob o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, que terá de lidar com as tensões que surgirão dessa relação.

Entre as principais prioridades do governo Trump, está o reforço do protecionismo econômico. Tarifas sobre produtos estrangeiros e incentivos para reindustrializar os Estados Unidos prometem beneficiar setores norte-americanos, enquanto criam barreiras para exportadores estrangeiros. Para o Brasil, essas políticas podem representar dificuldades adicionais no acesso ao mercado norte-americano.

Uma reflexão sobre o que prega Trump - Guto Rodrigues

É uma narrativa da ultra direita do hoje chamado coalizão de Trump com os Bilionários da big tech, se acham donos do mundo acham que podem intimidar governos legítimos saídos do voto. Pregam a política da América para os americanos, intimidam e estimulam anexação do Canadá, Panamá e Groelândia. 

Os USA arruinaram sua economia convivem com inflação alta, estão derrotados na corrida tecnológica pela China. O Brasil tem o seu melhor PIB, fez progresso na recuperação da indústria, promoveu a maior inclusão de trabalhadores. O governo tira de cena um entrave, com o novo comando do Banco Central. 

Trump intimida neste momento a mídia, tenta respingar a liderança de Lula. Seguimentos áulicos, inocentes úteis, pessoas com capacidade mediana se entusiasmam com essa análise populista.

Poesia | Aniversário, de Fernando Pessoa

 

Música | Ataulfo Alves - Favela