sexta-feira, 3 de maio de 2024

O que a mídia pensa: Editoriais / Opiniões

Falta planejamento para enfrentar a tragédia das chuvas

O Globo

Dificuldade de prever o impacto de eventos climáticos extremos justifica precaução maior, não o despreparo

Oito meses depois das enchentes que arrasaram cidades do Vale do Taquari, em setembro do ano passado, provocando a morte de pelo menos 50 pessoas, o Rio Grande do Sul se vê novamente às voltas com os efeitos de eventos climáticos extremos. Com cerca de 150 municípios afetados por inundações, o governador Eduardo Leite (PSDB) declarou estado de calamidade pública na última quarta-feira. As imagens de pontes, estradas e casas destruídas pela força das águas não deixam dúvidas sobre a gravidade da tragédia, que já deixou pelo menos 32 mortos e 60 desaparecidos.

Era, como costuma ser em casos assim, impossível prever os efeitos das tempestades. Embora existisse previsão de chuvas fortes para o Sul do país, não havia como saber exatamente as áreas que seriam afetadas nem o impacto sobre a população. Por isso mesmo, era preciso estar preparado. A dificuldade de prever uma tragédia é motivo para adotar precauções maiores, não para o descaso e o despreparo. Eventos dessa natureza têm se tornado — e se tornarão — cada vez mais frequentes e intensos em consequência das mudanças climáticas.

Fernando Abrucio* - Municípios no centro do debate

Valor Econômico

O pleito de outubro deveria ser centrado na discussão da melhoria das condições locais de vida da população

As eleições municipais constituem um momento especial da democracia brasileira porque os governos locais tornaram-se, a partir de 1988, fundamentais para a vida dos cidadãos. As principais políticas de saúde, educação, assistência social e transporte público passam pelos prefeitos e vereadores, bem como as decisões sobre a organização das cidades onde moramos. O país teria, então, de se preparar para discutir exaustivamente essas temáticas até outubro. Só que uma parcela da classe política tem escolhido caminhos que dificultam um debate sólido sobre que tipo de municípios queremos ter depois de 2024.

É possível elencar quatro aspectos que dificultam colocar os municípios e seus desafios no centro do debate das eleições de outubro. O primeiro deles é o crescimento do peso da lógica parlamentar emendista sobre a vida política local. Houve aqui não somente uma elevação das emendas cujo gasto é impositivo, hoje numa faixa próxima dos R$ 50 bilhões. Também ocorreu uma transformação na forma como podem ser transferidos os recursos, especialmente por meio das chamadas “emendas Pix”, que caem direto no caixa das prefeituras.

Aparentemente, tudo isso é muito bom, porque mais recursos chegam aos governos locais. Porém, esse processo é feito de um modo que cria uma dependência dos municípios em relação aos senadores e, principalmente, deputados federais. Muitas das mudanças feitas nos últimos 30 anos no federalismo brasileiro foram na direção do aumento da autonomia municipal, e o emendismo vigente é um retrocesso neste processo. Claro que parlamentares federais (e estaduais, também cada vez mais emendistas) são eleitos tanto quanto os prefeitos e vereadores. Contudo, deveria ser dado um poder maior a quem apresenta um plano de governo para o conjunto da cidade e ganha a legitimidade popular para executá-lo para o conjunto do eleitorado local.

José de Souza Martins* - Incertezas da crise brasileira

Valor Econômico

Um sinal preocupante de nossa ruína é a persistência de um Brasil bipolar, que estreita nossas alternativas sem abrir-nos a possibilidade de superação democrática de nossas limitações

O que nos espera lá adiante na história social e política? Tudo indica que, em comparação com o que fomos e com as certezas que já tivemos do que poderíamos ser, nosso lá adiante será a confirmação de uma opção preferencial pelo atraso. Uma opção acidental, por ação e omissão, aos trancos e barrancos de uma história política sem a nervura própria de partidos doutrinários. Em que mais teve voz a incompetência e o oportunismo do que a consciência política propriamente dita.

Essa anomalia chegou ao auge no governo de 2019 a 2022, em que o Brasil foi capturado por um êmulo do Chacrinha, que iniciava seus programas de TV com a advertência: “Vim para confundir”, por meio do desmonte do nosso modesto patrimônio de conquistas democráticas.

Alguns episódios dramáticos de nossa história revelam todo seu sentido nesta atualidade de incertezas. Quando começou nossa decadência? Quando começou o fim de nossa confiança em nós mesmos? Um sinal preocupante de nossa ruína é a persistência de um Brasil bipolar, que estreita nossas alternativas sem abrir-nos a possibilidade de superação democrática de nossas limitações.

César Felício - Terreno hostil para Lula na galera dos aplicativos

Valor Econômico

É tudo muito novo e a polêmica existe no mundo inteiro; manual de representação sindical antigo não se aplica aqui

Se há uma brecha no eleitor potencialmente bolsonarista em que o lulismo se empenha em tentar entrar é o do universo dos motoristas de aplicativos. Não tem tido muito sucesso: depois de um ano de negociações, o governo conseguiu apresentar uma proposta de regulamentação do trabalho de transporte de passageiros, mas não obteve um mínimo consenso necessário para mandar um projeto em relação aos entregadores.

E o jogo está travado em relação ao que foi enviado ao Congresso. O governo deparou-se com uma oposição parlamentar azeitada e com a constatação que tem muitos grupos organizados de motoristas de Uber que não se sentem representados pelos sindicatos que negociaram a proposta. A urgência regimental na Câmara que o projeto teve que ser retirada.

Vera Magalhães - Lula o risco do 'datapovo' precoce

O Globo
Presidente precipita desnecessariamente competição com Bolsonaro pelo posto de melhor padrinho eleitoral

Lula não conseguiu esconder a irritação por ter sido levado a uma roubada. Se ele próprio advertira, como discursou, que o evento do 1º de Maio seria esvaziado, por que aceitou participar? Se reconhece que havia pouco a anunciar, de novo, por que dar essa sopa ao azar? E, por fim, diante do cenário adverso, a cereja do bolo foi pedir voto para Guilherme Boulos e sair do ato com uma multa por propaganda eleitoral antecipada espetada na conta. Desastre total.

O presidente da República ainda tem dois anos e cinco meses de mandato até a eleição. A pior cilada em que pode cair é começar a disputar público, se lançar no “datapovo” com Jair Bolsonaro. A começar porque o antagonista está inelegível. Ao cair nessa esparrela, Lula prorroga e amplifica o prestígio do adversário como cabo eleitoral e a campanha que o ex-presidente e aliados já empreendem no sentido de causar uma comoção popular pela reabilitação eleitoral.

As aglomerações que Bolsonaro provoca nos aeroportos e eventos que convoca, sabe-se desde 2017, são obtidas à custa de uma diligente mobilização digital, empresarial e logística. Têm, claro, um componente orgânico, como evidenciam as pesquisas de apoio ao ex-presidente, mas também grandes doses de arregimentação minuciosamente cuidada.

Bernardo Mello Franco – A punição que compensa

O Globo

Lula usou o Dia do Trabalho para alavancar a candidatura de Guilherme Boulos em São Paulo. “Vou fazer um apelo: cada pessoa que votou no Lula em 1989, em 1994, em 1998, em 2002 (...) tem que votar no Boulos para prefeito”, discursou, no palanque das centrais sindicais.

A legislação eleitoral afirma que só é permitido fazer campanha após 15 de agosto. Ao pedir votos para o aliado, o presidente cometeu uma infração à luz do dia. Não é possível absolvê-lo por inexperiência.

Lula poderia encher um álbum com as multas que já recebeu da Justiça por campanha antecipada. Ora para si mesmo, ora para aliados, como Dilma Rousseff e Fernando Haddad. Nada indica que a coleção vá parar por aqui.

A reincidência não o faz muito diferente dos adversários. De Jair Bolsonaro a José Serra, quase todos já foram punidos pelo mesmo motivo. São beneficiados por uma legislação inócua, que serve como incentivo a quem quiser descumpri-la.

Hélio Schwartsman - Lula já esteve em melhor forma

Folha de S. Paulo

Gafe política e infração eleitoral marcaram falas do presidente no 1º de Maio

Lula está fora de forma. Em outros tempos, não teria cometido um 1º de Maio como o da última quarta-feira.

O presidente tem não só o direito como o dever de apoiar Guilherme Boulos na disputa pela Prefeitura de São Paulo. Isso é parte de um acordo que ele em nome do PT firmou dois anos atrás, e cumprir acordos é importante na política. O problema é que Lula não é só o comandante do PT. Ele também lidera uma coalizão de governo que reúne mais de uma dezena de partidos. Os três principais postulantes à prefeitura, Boulos (PSOL), Ricardo Nunes (MDB) e Tabata Amaral (PSB), pertencem a legendas que integram essa aliança. O MDB tem três ministérios, e o PSB, dois.

Bruno Boghossian - A farra das emendas vai longe

Folha de S. Paulo

PF mal arranhou a superfície na apuração do descontrole da verba indicada por parlamentares

Em uma semana, Juscelino Filho terá que explicar à PF por que mandou dinheiro público para pavimentar uma estrada que passa por suas propriedades. O ministro também poderá contar aos investigadores sobre sua relação com o empresário Eduardo DP e com uma construtora envolvida em outra obra bancada com emendas parlamentares.

Poucos casos ilustram tão bem a farra da distribuição de verba por indicação de deputados e senadores. Investigações conduzidas pela PF e pela CGU levantaram indícios de que Juscelino não se contentou apenas com os generosos benefícios políticos de mandar uma bolada de emendas para seu reduto eleitoral.

Marcos Augusto Gonçalves - A bronca de Haddad com Pacheco

Folha de S. Paulo

Ministro disse verdades sobre pseudo parlamentarismo e irresponsabilidade da PEC das desonerações

Foram certeiras e contundentes as declarações do ministro da Fazenda, Fernando Haddadem entrevista concedida a Mônica Bergamo nesta Folha. Para reincidir nos anglicismos triunfantes, diria que não poderia concordar mais.

Falo isso com tranquilidade. Não ganho meu croissant com café com leite fazendo press release ou passando pano no governo Lula ou no Supremo. As considerações do ministro acertaram no mérito, tanto em aspectos tópicos, caso da famigerada PEC, quanto em questões de fundo, como o arranjo roto desse pseudo parlamentarismo que vem se desenhando de modo insidioso no sistema presidencialista brasileiro.

No primeiro aspecto, que diz respeito à fragilidade constitucional da emenda, a Advocacia-Geral da União parece, em seu pleito, prenhe de razão –lembrando aqui uma velha expressão citada na letra de "Jorge Maravilha", canção de Chico Buarque, dedicada ao general Ernesto Geisel.

André Roncaglia - No Dia Internacional do Trabalhador, rentismo mostra suas garras

Folha de S. Paulo

Novas tecnologias elevam produtividade mas geram questões sobre desemprego estrutural

O Dia Internacional do Trabalhador é um emblema das lutas históricas por melhores condições de trabalho, dignidade e justiça social: a jornada de trabalho de oito horas, o direito à organização sindical e a valorização do trabalho humano.

Inspirada pela greve iniciada em 1º de maio de 1886 em Chicago, a celebração continua atual e necessária. Nos últimos 30 anos, o poder de barganha dos trabalhadores foi debelado pela globalização, pela precarização e pela automação.

As novas tecnologias (uberização, automação e robotização) aumentam a eficiência produtiva, mas levantam questões sociais e éticas relativas ao desemprego estrutural, à neutralidade racial e de gênero dos algoritmos e à desigualdade de renda. A popularidade da proposta de renda básica universal no Vale do Silício é sintoma deste temor.

Vinicius Torres Freire - Um IBGE do desastre ambiental

Folha de S. Paulo

É preciso criar e escancarar indicadores de como o desastre climático afeta o cotidiano

É difícil associar imediatamente acontecimentos específicos, como a desgraça que se desenrola no Rio Grande do Sul, com a evidente degradação do clima no planeta.

Se por mais não fosse, em muitos casos o morticínio ou a destruição dependem também da falta de planejamento urbano ou econômico e à escancarada e desavergonhada exclusão social.

De qualquer modo, a recorrência dos desastres já demonstrou que aquela história de populações que vivem em "áreas de risco" é mais do que velha e acanhada.

Não há mais "áreas de risco", circunscritas, embora existam buracos do inferno sobre a terra ou sobre a Terra. É claro que os pobres sofrerão e morrerão primeiro, pois vivem naquelas zonas centrais de intersecção de riscos, socioeconômicos e ambientais.

Celso Ming - A economia agora e os riscos do futuro

O Estado de S. Paulo

Quatro meses do ano já se foram e o balanço da economia emite sinais contraditórios. Para o consumidor, que em outubro comparecerá às urnas, a percepção da qualidade de vida parece mais negativa do que positiva.

A atividade econômica vai bem. O PIB avança ao ritmo de 2% ao ano, o que não é pouco, embora o governo Lula aposte em mais do que isso.

Nesta quinta-feira, foi divulgado o Balanço de Pagamentos do primeiro trimestre que registrou déficit de US$ 14,3 bilhões. Em 12 meses, o déficit das transações correntes está nos US$ 32,6 bilhões, o equivalente a 1,5% do PIB, algo mais baixo do que os US$ 49 bilhões de 2023.

Mas este não é, em si mesmo, mau sinal. Mostra que as importações crescem mais do que o esperado, o mesmo acontecendo com as despesas de serviços (transportes, seguros, telecomunicações, viagens), e este é dado adicional de força da atividade econômica.

Eliane Cantanhêde - Lula está fora da realidade

O Estado de S. Paulo

O Primeiro de Maio de 2024 é um marco para o presidente Lula e o PT jamais esquecerem

O presidente Lula deu um mau passo, na verdade um péssimo passo, ao convocar o ato com as centrais sindicais no Primeiro de Maio em São Paulo. Tropeçou na articulação, enfrentou o vexame da falta de gente, descontou o fiasco no ministro Márcio Macedo e atropelou a legislação eleitoral – ou seja, cometeu um crime – ao usar um evento oficial, e ainda por cima com financiamento da Petrobras, para fazer campanha para a candidatura de Guilherme Boulos à Prefeitura da capital.

Tudo errado, mas o mais preocupante é como Lula está fora da realidade, sem compreender que o mundo mudou e o Brasil, o equilíbrio político, as centrais sindicais, a disposição das massas, o PT e o próprio Lula, afinal, também mudaram. Foi-se o tempo em que eles mobilizavam até milhões de pessoas. Foi e continua sendo melancólico, com as fotos na mídia e circulando nas redes bolsonaristas. Lula falando, falando e aquele espaço imenso vazio, com um punhado de gente um tanto perplexa em baixo e Lula tentando disfarçar a irritação, em cima.

Flávio Tavares - As datas que se renovam ou não

O Estado de S. Paulo

Já não vemos grandes concentrações de trabalhadores no Dia do Trabalho, dando a aparência de que tudo está resolvido

Existem datas que não caducam nem se antecipam e, além de tudo, são universais. Uma delas é o Natal, aquele 25 de dezembro que (pelo menos no mundo ocidental) celebra o nascimento do Menino Jesus. Outra, também imprescritível, é o 1.º de Maio, Dia do Trabalho, festejado na quarta-feira passada.

Não se trata de um feriado qualquer. Chamado em alguns países de Dia do Trabalhador, nasceu para comemorar a greve operária de 1886 em Chicago, nos Estados Unidos. Aos olhos de hoje, a exigência dos grevistas era simples: redução da jornada de trabalho para oito horas (que, até então, ia de 12 horas a 16 horas diárias), além da supressão do trabalho infantil e, também, buscando melhor ambiente de trabalho.

Entre nós, no Brasil, o “Dia do Trabalhador” teve seus primórdios em 1917, aqui na cidade de São Paulo, com a greve geral reivindicando a redução da jornada de trabalho para oito horas, ao contrário das 12 horas adotadas como regra naquela época. Houve repressão, sem tiros e com cavalaria nas ruas, mas as fábricas e comércios fecharam.

Laura Karpuska - Asfalto

O Estado de S. Paulo

A cada eleição, obras e serviços públicos são intensificados para cativar eleitores

“Pessoal, nós vamos desviar pela (rua) Bela Cintra, tá?”, avisa o cobrador do 175p10 Metrô Santana-Ana Rosa. Passageiros que acabaram de entrar no ônibus abarrotado reviram os olhos. “É por conta do asfalto do prefeito?”, questiona uma passageira, em tom irônico, segurando duas crianças pequenas pelas mãos. Os outros passageiros dão risada. Um outro aproveita e fala: “Quero ver se o asfalto vai ficar bom”. A gargalhada é geral.

Flávia Oliveira - Efeito Madonna no Rio

O Globo

Show atesta o potencial da cadeia produtiva da cultura na atividade econômica, geração de trabalho e renda

Uma mulher. Uma mulher de 65 anos. Uma artista de fama planetária que, aos 65 anos, 40 de carreira, é capaz de mobilizar para uma solitária apresentação três aviões de carga, 30 caminhões, 270 toneladas de equipamentos, 45 baús de figurinos, estafe de 200 pessoas, 90 quartos de hotel, palco de 812 metros quadrados, três passarelas, 18 torres de som, para receber um público estimado em 1,5 milhão na praia mais famosa do Brasil. A Prefeitura do Rio estima que a passagem de Madonna por Copacabana, amanhã, movimentará R$ 293,4 milhões na economia carioca. Tudo isso num fim de maio, período de baixa temporada turística na Cidade Maravilhosa.

A vinda de Madonna ao Rio para o encerramento de “The celebration tour”, a 12ª turnê mundial da popstar, contém lições em cultura, economia e na área social. Em tempos de etarismo e maus-tratos a idosos, é inspirador ver uma mulher de 65 anos ativa, querida e exibindo vigor físico numa maratona global de mais de 80 shows em sete meses. O Brasil chegou a 2022 com 32,1 milhões de habitantes com 60 anos ou mais; 22,1 milhões com 65 ou mais, segundo o último censo demográfico do IBGE. A proporção de idosos saltou de 10,8% para 15,6% desde 2010.

Luiz Carlos Azedo - Madonna reclama do calor, enquanto gaúchos estão debaixo d'água

Correio Braziliense

"A catástrofe aproximou o presidente da República do governador do Rio Grande do Sul Eduardo Leite, seu provável adversário nas eleições de 2026, que agradeceu o apoio de Lula"

Enquanto a cantora Madonna reclama do forte calor do veranico carioca e seus bailarinos curtem Copacabana e outras praias do Rio de Janeiro, num outono que ontem registrava mais de 37º, no Rio Grande Sul há uma tragédia em decorrência das fortes chuvas, com 29 pessoas mortas e mais de 60 desaparecidas, principalmente na Serra Gaúcha. Foram atingidos 147 municípios, 67 mil pessoas estão desabrigadas e, agora, com o transbordamento do Rio Guaíba, Porto Alegre está sendo inundada.

De pronto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva viajou para o Rio Grande Sul, onde prometeu todo apoio ao governador Eduardo Leite (PSDB) para socorrer os flagelados, que estão sendo removidos das áreas de risco em caminhões, tratadores, barcos e helicópteros. O socorro às vítimas foi muito prejudicado pelo mau tempo.

A Marinha está enviando aeronaves, viaturas e embarcações para atuar em apoio às vítimas. O Exército também reforçou o número de helicópteros com destino ao Sul, que aguardam por condições meteorológicas para pousar em Santa Maria. Mais uma vez, tanto o governo gaúcho como o governo federal não estavam preparados para uma tragédia dessa envergadura.

Poesia | Carlos Drummond de Andrade - Os ombros suportam o mundo

 

Música | Marisa Monte | Elegante Amanhecer/A Lenda das Sereias