Governadores erram ao criticar PEC da Segurança
O Globo
Objetivo da proposta não é tirar poder dos
estados, mas implantar combate eficaz ao crime organizado
São equivocadas as críticas dos governadores
do Consórcio de Integração Sul e Sudeste (Cosud) à Proposta de Emenda à
Constituição (PEC) da Segurança, uma tentativa bem-vinda do governo federal de
ampliar sua participação no combate às organizações criminosas. Reunidos em
Florianópolis (SC) no final de novembro, os governantes de sete estados se
manifestaram contra o projeto apresentado pelo ministro da Justiça e Segurança
Pública, Ricardo
Lewandowski, alegando que ele enfraqueceria o poder estadual.
Na Carta de Florianópolis, afirmam que, se aprovada, a PEC trará “incertezas” às gestões estaduais. Dizem ser contra “qualquer proposta que enfraqueça os estados e reduza sua capacidade de agir de forma rápida e adequada às necessidades locais”. Acrescentam que a segurança deve ser implementada com cooperação, respeito às diferenças regionais e fortalecimento das capacidades locais, “e não por meio de estrutura centralizada, que limita a eficiência e amplifica a burocracia”.