Projeção para dívida exige controle de gastos
O Globo
Estimativas mostram que Lula não pode
titubear ao apoiar programa de Haddad e Tebet
São preocupantes as projeções para a dívida
pública do último relatório de acompanhamento fiscal da Instituição Fiscal
Independente (IFI), vinculada ao Senado. Os técnicos da IFI avaliam que, apesar
de a agência Moody’s ter elevado recentemente a nota do Brasil, as “incertezas
fiscais dificultam a obtenção do grau de investimento”. “O nível de
endividamento brasileiro está na média dos países da Zona do Euro, inferior aos
países desenvolvidos do G7, mas bem acima dos países emergentes e da América
Latina e Caribe”, afirma o documento.
Pelos cálculos da IFI, a dívida bruta do governo alcançou o patamar de 78,5% do PIB até agosto, mas deverá fechar este ano em 80%. A tendência é a alta prosseguir ao longo do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, atingindo 82,2% em 2025 e 84,1% em 2026. Ao todo, o endividamento público terá crescido 12,4 pontos percentuais do PIB nos quatro anos do mandato de Lula, de acordo com as projeções (em dezembro de 2022, antes da posse, a dívida estava em 71,7% do PIB).