No papel de serviço
escrevo
o teu nome
(estranho
à sala
como
qualquer flor)
mas
a borracha
vem
e apaga.
Apaga
as letras.
O
carvão do lápis,
não
o nome,
vivo
animal,
planta
viva
a
arfar no cimento.
O
macio monstro
impõe
enfim o vazio
à
página branca;
calma
à mesa
sono
ao lápis,
aos
arquivos, poeira;
fome
à boca negra
das
gavetas, sede
ao
mata-borrão;
a
mim, a prosa
procurada,
o conforto
da
poesia ida.
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