terça-feira, 17 de junho de 2025

Opinião do dia – Nicolau Maquiavel*

“É fácil de entender: não é o bem particular, mas o bem comum o que engrandece as cidades. E, sem dúvida, este bem comum não é observado senão nas repúblicas, porque tudo o que é feito, é feito para seu bem, e embora aquilo que se faça cause dano a um ou outro homem privado, são tantos os que se beneficiam que é possível fazer as coisas contra a vontade dos poucos que sejam oprimidos por elas. O contrário acontece quando há um Príncipe e, na maioria das vezes, o que é feito em seu favor ofende a cidade, e o que se faz pela cidade o ofende”.

*Nicolau Maquiavel (1469-1527), Discursos sobre a primeira década de Tito Lívio, 2000. p. 139

O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões

Derrubar veto a ‘jabutis’ no PL das Eólicas seria acinte

O Globo

Medidas alheias ao texto do projeto encarecerão conta de luz em 9% se Congresso insistir em mantê-las

É insondável o que farão os parlamentares, na sessão conjunta do Congresso Nacional marcada para hoje, em relação aos vetos impostos pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva aos “jabutis” incluídos no Projeto de Lei (PL) que regula a instalação de usinas eólicas em alto-mar. Um fato, contudo, precisa ficar claro: a sociedade não tolerará a derrubada dos vetos. No conjunto, a coleção de “jabutis” representa um aumento de 9% na conta de luz de todos os brasileiros — ou R$ 545 bilhões até 2050, pelas contas de associações do setor. Em troca do quê? De preservar mercado cativo ou subsídios a fontes de energia obsoletas, poluentes ou, quando limpas, que poderiam muito bem sustentar-se sem ajuda.

O velho patrimonialismo preside as decisões fiscais do Congresso – Luiz Carlos Azedo

Correio Braziliense

Parlamentares têm poder para mexer no Orçamento e corrigir o que tanto criticam, mas precisam cortar na própria carne e ser mais responsáveis em relação a isenções e privilégios

Inicialmente, um corte linear de 2% em todas as despesas da União faria um bem danado ao equilíbrio fiscal e à harmonia entre os poderes Executivo, Legislativo e Judiciário. Resolveria o problema do deficit fiscal de forma categórica e possibilitaria a redução acelerada da taxa de juros, bem como da expansão da dívida pública, e ainda permitiria algum investimento, graças ao entendimento de que os Três Poderes precisam cortar na própria carne.

O Congresso reverteria toda a expectativa negativa em relação às contas públicas, que projetam um deficit primário de R$ 64,2 bilhões para este ano, segundo a Instituição Fiscal Independente (IFI), mantida pelo Senado. Para 2026, a instituição avalia que as contas públicas poderão ter um resultado ainda pior, com um deficit primário estimado em R$ 128 bilhões. O governo precisará de pelo menos R$ 72 bilhões para tentar fechar 2026 dentro da meta (superavit de 0,25% do PIB).

Hora de parar a taxa de juros - Míriam Leitão

O Globo

Mesmo com a atividade emitindo sinais mistos, a manutenção de Selic neste nível elevado é mais do que suficiente para levar inflação à meta

A economia está desacelerando, a inflação de alimentos dá sinais de alívio, as projeções do IPCA do ano estão em queda. Com tudo isso, o Banco Central pode manter a Selic sem alterações na reunião desta semana. Apesar do terrível quadro internacional que afeta alguns preços centrais como o petróleo, o nível dos juros já está bastante elevado e a política monetária age num tempo mais longo. Mantida a Selic em 14,75%, seus efeitos continuarão atuando para conter a inflação.

Segundo análise do economista José Roberto Mendonça de Barros, alguns produtos ainda pressionam, mas os alimentos estão dando um alívio importante. Na primeira quadrissemana de junho, pela coleta da Fipe, a inflação geral foi de 0,26%, e a de alimentos foi 0,17%. Itens como massas (-0,42%), óleos vegetais (-2,3%) e óleo de soja (-2,35%) estão em queda, assim como as proteínas, com destaque para carne suína, pescado e ovos, este último com redução de 5%. Arroz e feijão caíram. E produtos in natura também recuaram (-1,91%). O que estraga a festa é o café: mesmo entrando a safra, subiu, na primeira quadrissemana de junho, 6,02%.

Bolsonaro no espelho - Merval Pereira

O Globo

A anistia a Bolsonaro pelo Congresso provocaria uma longa discussão sobre sua legitimidade, que acabaria no Supremo Tribunal Federal (STF)

Dificilmente o ex-presidente Jair Bolsonaro escapará de ficar alguns meses preso, provavelmente em sua casa, devido à saúde e à idade, mas com tornozeleira eletrônica. Nunca existiu a possibilidade de retomar seus direitos políticos ainda a tempo de disputar a eleição presidencial de 2026, mesmo que eventualmente um projeto de anistia seja aprovado pelo Congresso, hipótese cada vez mais remota. Nem uma anistia, nem um indulto presidencial acabarão com sua inelegibilidade. Mas este último poderá tirá-lo da cadeia.

O indulto extingue apenas os “efeitos primários” da condenação, mas não os secundários, como a inelegibilidade decorrente da condenação criminal. O problema de uma decisão pessoal, como a que Bolsonaro precisa tomar diante da eleição presidencial, é ter de se submeter às regras institucionais, e não a seus interesses particulares. A anistia pelo Congresso provocaria uma longa discussão sobre sua legitimidade, que acabaria no Supremo Tribunal Federal (STF).

O STF está certo – Pedro Doria

O Globo

As plataformas, e apenas elas, escolhem o que veremos. E escolhem também o que não veremos

A decisão que o Supremo Tribunal Federal (STF) está para tomar a respeito das big techs não é um ataque à livre expressão. É apenas o reconhecimento daquilo que a Constituição prevê desde o início: o discurso é livre. Falar o que pensamos, podemos todos. Mas é preciso que exista responsabilização por eventuais consequências do que é dito. Não é à toa que o próprio texto constitucional reúne duas premissas. Não pode haver censura prévia, mas é vedado o anonimato. Ainda assim, o assunto é difícil, e não há qualquer consenso, entre os ministros, a respeito de como as grandes plataformas digitais devem se organizar para que sirvam de praça pública para o século XXI.

O Brasil ante o conflito entre Israel e Irã - Maria Cristina Fernandes

Valor Econômico

Protagonista na mediação do primeiro acordo nuclear com o Irã, o país foi escanteado pelos EUA, cujas idas e vindas no tema contribuíram para o desfecho militar

A confirmação, pelo porta-voz da chancelaria iraniana, Esmaeil Baghaei, na segunda, que o parlamento daquele país votará um projeto para tirar o Irã do Tratado de Não Proliferação Nuclear, trouxe à memória do atual assessor especial da Presidência, Celso Amorim, a jornada de 20 horas. Naquele domingo 16 de maio de 2010, ao lado do chanceler turco, Ahmet Davutoglu, e do negociador nuclear iraniano, Saeed Jalili, burilou o acordo para que o Irã permanecesse nos ditames do TNP.

Mandatários de uma proposta da Agência Internacional de Energia Atômica (Aiea), concordaram que o estoque de 1,2 tonelada de urânio do Irã seria enviada a outro país, enriquecido a até 20%, patamar de uso pacífico, e devolvido ao Irã. No dia seguinte, em Teerã, o acordo foi anunciado pelos três chefes de Estado: Luiz Inácio Lula da Silva, no último ano do segundo mandato, Mahmoud Ahmadinejad (Irã) e Recep Erdogan (Turquia).

“Se mia nonna avesse le ruote...” - Daniela Chiaretti

Valor Econômico

Um debate muito interessante sobre exploração de petróleo e crise climática

O físico Shigueo Watanabe Jr., especialista em energia do Instituto ClimaInfo, surpreendeu ao declarar: “Se não fosse a mudança do clima, eu seria petroleiro-raiz”. Seguiu na mesma toada: “Não tem coisa melhor que petróleo do ponto de vista energético e de funcionamento da sociedade. O grande pulo civilizatório que se deu do século XIX para cá, foi por causa do petróleo. É fato. Mas o diacho é que estas coisas estão provocando exatamente uma mudança no clima que não se esperava”.

O Nordeste não pode virar deserto - Sergio Leitão*

Correio Braziliense

Quarenta por cento da extensão da Caatinga encontra-se sob risco de virar deserto se nada for feito para estancar o exaurimento dos seus recursos. Se isso ocorrer, será por nossa única e exclusiva responsabilidade 

Nordeste, que sempre viveu o drama da seca, agora enfrenta uma ameaça ainda maior: a da desertificação. Anos chuvosos, seguidos por períodos de seca, marcam a história da região e são uma condição do ambiente vulnerável da Caatinga, bioma que predomina na maior parte de seu território. Essa condição, a partir da segunda metade do século 19, teve os seus efeitos climáticos potencializados por conta de aspectos econômicos e sociais.

Após três décadas de chuvas promissoras, o Nordeste enfrentou uma seca que se estendeu de 1877 a 1879, na qual morreram 500 mil pessoas de fome, com o desaparecimento de mais da metade do rebanho bovino e a falência da economia das charqueadas que ali floresciam. Antes de 1877, existiam nas áreas mais úmidas do Nordeste terras públicas que eram utilizadas para receber homens e gado fugindo da seca que, com a volta das chuvas, retornavam aos locais de onde vieram.

Um Brasil iliberal? - Sebastião Ventura Pereira da Paixão Jr.*

O Estado de S. Paulo

O País de amanhã será consequência direta de nossa (ir) responsabilidade histórica com as gerações futuras

A recente trapalhada do IOF não deveria surpreender ninguém. Isso porque não se pode esperar acertos e comportamentos racionais de um governo errático, acéfalo e de incompetência vertebral. Sem cortinas, a eleição de “Lula 3” não foi feita para servir à boa política, mas apenas para manter e garantir um arranjo de poder livre de fissuras estruturais. Agrande questão é que, a partir do momento em que a ação dos Poderes constituídos deixa de bem servir à República, a insatisfação do povo passa a ser força motriz de transformação social. E isso deveria servir de alerta para a elevação das instituições, com o Executivo mais eficiente, o Parlamento ativo nas reformas legislativas urgentes e o Judiciário consolidando no País o sentimento de justiça. Infelizmente, a realidade nacional arde em problemas no vácuo das soluções eficazes.

Vamos afundar todos juntos? - Jorge J. Okubaro

O Estado de S. Paulo

A questão fiscal não pode ser resolvida ouvindo-se apenas os que têm voz, ignorando aqueles que formam uma espécie de parte silenciosa da sociedade

Caneta vermelha e algum conhecimento de matemática parecem suficientes para fundamentar propostas de ajuste das finanças da União. Contas simples mostram que acabar com o aumento real do salário mínimo reduziria expressivamente muitos gastos, sobretudo na área social. Desindexar os benefícios previdenciários, reduzindo-os em termos reais, igualmente facilitaria o ajuste. O corte de programas sociais completaria bem o pacote. Vozes poderosas propõem medidas dessa natureza.

Se o governo aceitasse propostas como essas, é provável que a questão fiscal deixasse de ser foco de preocupações e de divergências entre os Poderes. Mas, num país com imensos problemas sociais, as dificuldades de muitas pessoas cresceriam a um nível insuportável. Por isso, governos preocupados com as condições de vida da população evitam soluções como essas. A questão fiscal não pode ser resolvida ouvindo-se apenas os que têm voz, ignorando aqueles que formam uma espécie de parte silenciosa da sociedade.

A cada dia fica mais difícil ... - Eliane Cantanhêde

O Estado de S. Paulo

Lula vai arriscar em 2026? Congresso, pesquisas e a realidade dizem que não deveria

Além de agir como se o mundo, o Brasil e ele próprio fossem os mesmos do primeiro e do segundo mandatos, o presidente Lula parece ter a ilusão de que, assim como superou o escândalo do mensalão e se reelegeu em 2006, vai dar a volta por cima da montanha de problemas atuais e conquistar o quarto mandato em 2026, vinte anos depois. As pesquisas, a realidade e o Congresso mostram que não será fácil.

O mundo empurrou a ONU para o seu ocaso e trouxe à tona Trump, Netanyahu, Putin e agora o aiatolá Ali Khamenei, com o norte coreano Kim Jong-un à espreita. Há dúvidas sobre o estágio atual do programa nuclear do Irã, mas todos os demais têm a bomba atômica – além de personalidades tirânicas e imperialistas. Lula, que teve seus 15 minutos de glória nos primeiros mandatos, virou pó nessa nova realidade.

Haddad viajando - Carlos Andreazza

O Estado de S. Paulo

Haddad saiu em férias. Não sem fantasiar sobre a imprensa e o que se chama de mercado. O governo Lula seria objeto de críticas jamais dirigidas a seu antecessor. É falso. Dois episódios bastariam para desmontar o vitimismo. As reações de quem faz as manchetes e os preços às PECs dos Precatórios e Kamikaze.

O jornalismo foi duríssimo com Bolsonaro e Guedes, que celebraram superávit depois de dar calote em dívida. E implacável quando, em 2022, dispararam medidas assistencialistas para financiar a tentativa de reeleição do presidente. Espero que você se lembre de para onde foram os juros, em pleno ano eleitoral, ante aquela barbaridade.

Haddad é ingrato. Imprensa e mercado ignoraram o que expressava a PEC da Transição – compromisso com a gastança – e acreditaram na navegabilidade da canoa arrombada conhecida por arcabouço fiscal. Só tomaram algum contato com a realidade por ocasião do pacotinho de gambiarras do final de 2024.

Só um país pode trazer a paz ao Oriente Médio - Joel Pinheiro da Fonseca

Folha de S. Paulo

Irã deve negociar, ainda que ceda muito, porque seu regime tem muito a perder com conflito

O regime fundamentalista do Irã tem como ponto ideológico inegociável varrer Israel do mapa e está buscando os meios militares para realizar esse intento. Além disso, patrocina grupos armados que atacam Israel repetidamente. Essa é a justificativa para a ofensiva israelense contra o Irã.

Há uma assimetria na relação Irã-Israel. O Irã deseja o fim de Israel. A recíproca não é verdadeira. Se amanhã o governo iraniano mudasse e os novos mandatários aceitassem a existência de Israel, o conflito cessaria na hora. A recíproca não é verdadeira: mesmo se um governo pacifista vencer em Israel, isso em nada mudaria a linha oficial do regime iraniano de varrê-lo do mapa.

Israel aproveitou uma janela de oportunidade. O Irã está enfraquecido, agora que as milícias por ele patrocinadas —os houthis, o Hezbollah, o Hamas— estão debilitadas, e o regime sírio, que era seu aliado, caiu. Nos últimos meses, conforme Israel atacava inclusive o território iraniano, a resposta iraniana, embora sempre anunciada em termos duríssimos, foi pífia. O Irã teme mais o confronto do que Israel. Se, contudo, ele desenvolvesse bombas nucleares, isso poderia mudar.

Pesquisas não foram gentis com Lula - Hélio Schwartsman

Folha de S. Paulo

Sondagens mostram quadro pouco favorável ao governo; espectro de Bolsonaro segue assombrando a direita

última leva de pesquisas não foi gentil com Lula e o governo. A gestão é mal avaliada, e o presidente, embora ainda lidere nas simulações de primeiro turno, aparece em situação de empate técnico com os principais concorrentes num segundo escrutínio.

Ainda falta mais de um ano para o pleito, observará o leitor escolado. Em política, é tempo de sobra para dar a volta por cima e até para dar a volta por cima e cair de novo. Verdade. Mas as últimas cartadas do governo não devem ter tranquilizado nem os petistas mais confiantes.

Indulto é terreno na Lua - Dora Kramer

Folha de S. Paulo

Flávio Bolsonaro defende perdão presidencial, mas admite que candidatos fugiriam do tema em 2026

Das últimas pesquisas de avaliação do governo e projeção de votos para 2026 destacam-se duas evidências: Luiz Inácio da Silva (PT) não tem opção a não ser reiterar a candidatura à reeleição; e Jair Bolsonaro (PL) dispõe de pouco tempo para apontar o nome de sua preferência na corrida ao Planalto.

Afora a impossibilidade de desistir agora e com isso abdicar do fator expectativa de poder, o presidente é quem aparece competitivo no campo da esquerda. Precisa ocupar o lugar.

Conflito entre Israel e Irã pode redefinir região ou mergulhá-la em caos - Thomas L. Friedman

Folha de S. Paulo

De queda do regime iraniano a uma guerra regional com envolvimento dos Estados Unidos, tudo é possível

O ataque em larga escala de Israel à infraestrutura nuclear do Irã na sexta-feira (13) precisa ser adicionado à lista de guerras marcantes que remodelaram o Oriente Médio desde a Segunda Guerra Mundial e que são conhecidas apenas pelas suas datas —1956, 1967, 1973, 1982, 2023— e agora 2025.

É cedo demais, e as possibilidades são tão variadas, para dizer como o jogo de nações do Oriente Médio será alterado pelo conflito Israel-Irã de 2025. Tudo o que posso dizer agora é que tanto a possibilidade extremamente positiva —de que isso inicie uma reação em cadeia que acabe derrubando o regime iraniano e o substituindo por um governo mais decente, secular e consensual— quanto a possibilidade extremamente negativa —de que isso incendeie toda a região e envolva os Estados Unidos— estão na mesa.

Rubem Fonseca – 100 anos - Pablo Spinelli

“Ela respondeu que Nietzche disse que a mesma palavra amor significa duas coisas diferentes para o homem e para a mulher. Para a mulher, amor exprime renúncia, dádiva. Já o homem quer possuir a mulher, tomá-la, a fim de se enriquecer e reforçar seu poder de existir. Respondi que Nietzche era um maluco. Mas aquela conversa foi o início do fim. Na cama não se fala de filosofia.

Ela e Outras Mulheres, 2006

Os tempos atuais são deveras estranhos por conta de um sintoma que toma vulto na sociedade, nas mentes, na mídia, nas relações afetivas. O Presentismo tomou fôlego, uma noção em que a pós-modernidade desconstruiu a noção de linearidade do tempo; o passado acaba por ser flexível, e por consequência, abre-se uma janela de oportunidades para o anacronismo, para os cancelamentos morais, a revisão de “narrativas”. Ao mesmo tempo, tal termo traz em sua etimologia a ideia da vivência do presente, do aqui e agora, em uma nova perspectiva do “fim da História”.

O presente texto não vai divagar sobre essas reflexões filosóficas, mas tão somente se debruçar sobre a grande lacuna gerada por governos, sociedade, editoras quanto ao centenário do contista, romancista, roteirista e ensaísta Rubem Fonseca (1925-2020) que nos deixou há cinco anos por conta da pandemia do coronavírus da covid-19.

Fonseca, mineiro de nascimento, naturalizado carioca, foi um dos poucos escritores “best-sellers” brasileiros. Seus livros eram campeões de vendas em qualquer lista dos “10 mais” em qualquer revista ou jornal. Sua obra literária começou às vésperas do Golpe de 1964, do qual, como muitos intelectuais, membros da classe média, executivos de multinacionais, foi um entusiasta como aqueles que eram antivarguistas e viam no “movimento” uma maneira definitiva de enterrar Getúlio, seu “populismo”, o legado autoritário do corporativismo e do Estado Novo, dentre outros.

Poesia | Julga-me a gente toda por perdido, de Luís Vaz de Camões

 

Música | Luiz Gonzaga - Asa Branca