*Paul Samuelson (1915-2009), economista norte-americano, amplamente reconhecido como um dos formuladores mais importantes das ciências econômicas modernas. Prêmio Nobel de Economia,1994.
Política e cultura, segundo uma opção democrática, constitucionalista, reformista, plural.
domingo, 15 de junho de 2025
Opinião do dia – Paul Samuelson*
O que a mídia pensa | Editoriais / Opiniões
Datafolha traz boas notícias em série para a oposição
Folha de S. Paulo
Lula perde vantagem de pesquisa anterior e se
vê empatado no 2º turno com possíveis adversários, como Michelle e Tarcísio
Por qualquer ângulo que se olhe, a mais
recente pesquisa do Datafolha traz
notícias boas
para quem joga no campo da oposição e ruins para o governo e seus
apoiadores.
Para começar, o levantamento retirou qualquer
aura de invencibilidade que ainda pudesse haver em torno do presidente Luiz
Inácio Lula da
Silva (PT), ao
mostrá-lo, nas simulações de segundo turno, em pé de igualdade com vários de
seus potenciais adversários na disputa de 2026.
O petista, é claro, pode se agarrar ao tempo que falta para a eleição. Com mais de um ano pela frente, nada impede que o cenário mude de forma significativa, sobretudo porque, até lá, o Supremo Tribunal Federal (STF) terá terminado de julgar Jair Bolsonaro (PL) pela trama golpista de 2022.
Falta sinceridade no debate fiscal - Míriam Leitão
O Globo
No debate fiscal é preciso menos clichês e
mais sinceridade sobre a desigualdade tributária brasileira
O ministro Fernando
Haddad tem razão. Ele está propondo que as grandes fintechs, hoje tão
poderosas quanto os maiores bancos, e que os sites de apostas paguem mais
imposto. Quer que os títulos que hoje nada recolhem, passem a pagar um
percentual pequeno de imposto de renda. O ministro acertou também quando passou
a cobrar impostos dos fundos exclusivos — os investimentos das famílias ricas —
e dos fundos offshore. Haddad tem dito que está corrigindo distorções e é mesmo
o que ele está tentando fazer.
Se você acha que o Brasil é um país desigual, mas não quer discutir os detalhes de como essa desigualdade é criada dentro do sistema de contas públicas, e da estrutura tributária, você não está falando sério sobre combate à desigualdade. O patrimonialismo, tão condenado nos discursos dos pensadores do Brasil, não é abstrato. Ele é concreto. Tem muitas moradias. Uma delas é nos privilégios que estão distribuídos em isenções de tributos.
Um julgamento que pode estimular nova retomada política - Paulo Fábio Dantas Neto*
Estamos assistindo a um momento crucial do julgamento, pelo STF, das evidências explicitas de um golpismo de palavras e atos que grassou na atmosfera política brasileira como uma marca do período de governo de Jair Bolsonaro. Esse golpismo, por vezes latente, mas já bastante explícito na trajetória pregressa e no discurso eleitoral do candidato vencedor das eleições de 2018, escancarou-se durante a pandemia, mas tão logo cessou aquele momento social crítico, encorpou-se num sentido diretamente político, de um politicídio. Desdobrou-se em seguidas tentativas de fricção institucional, que alcançaram seu ponto máximo nos estertores do governo Bolsonaro, meses antes e até quase dois meses após as eleições de 2022, quando o presidente saiu do país, recusando-se a passar a faixa ao adversário eleito.
É preciso resgatar a política como mediadora de conflitos - Raul Jungmann*
Correio Braziliense
Não se busca a interferência na livre
manifestação de opinião, como alardeia a retórica extremista. Há, sim, um vácuo
político que facilita a distorção dos fatos e favorece a criminalidade nas
redes
Costuma-se afirmar que as crises produzem
soluções. Mas, no cenário político contemporâneo — no Brasil e no mundo —, elas
têm se mostrado mais geradoras de divisões do que de saídas. Vivemos um momento
de inflexão, marcado por uma nova bipolaridade, ideológica e caótica, em que o
radicalismo mina pontes e esvazia a política de seu verdadeiro papel: mediar
conflitos por meio do diálogo.
Há ecos históricos. A geração que viveu nos anos 1960 lembra a tensão entre Estados Unidos (EUA) e União Soviética na crise dos mísseis em Cuba. Hoje, décadas depois, observamos novos focos de instabilidade: a guerra entre Rússia e Ucrânia, o conflito devastador em Gaza, o ataque aberto de Israel ao Irã há três dias e o impacto da recente eleição norte-americana indicam que os acordos firmados no pós-guerra estão sendo gradualmente desmontados. Nesse novo tabuleiro, o Brasil tenta reposicionar-se.
Um sobrenome - Merval Pereira
O Globo
A mais recente pesquisa do DataFolha confirma o que a classe política deduz na labuta cotidiana atrás de votos: a salvação do presidente Lula está na insistência de Bolsonaro em colocar seu sobrenome na chapa presidencial da oposição. Não qualquer um, mas um dos dois, Flávio ou Eduardo. Nem mesmo a mulher Michele, que aparece como a melhor colocada da oposição na pesquisa presidencial, que poderia ser identificada corretamente como “a mulher do Bolsonaro”, diferentemente de Dilma, que era conhecida em certas regiões do país como “a mulher do Lula”, fazendo confusão com a candidata indicada por Lula.
'Adeus, Lênin!' nos trópicos - Bernardo Mello Franco
O Globo
No filme “Adeus, Lênin!”, uma senhora da
Alemanha Oriental sofre um infarto, passa meses em coma e acorda sem saber que
o Muro de Berlim havia caído. Para protegê-la do choque, o filho esconde a
notícia e se esforça para simular um país e de um regime que não existem mais.
Um observador que dá expediente no Planalto
cita a comédia alemã como metáfora do momento atual do governo. Dois anos e
meio depois de voltar ao poder, Lula ainda não teria despertado para as
mudanças na sociedade e na política. O descompasso ajudaria a explicar seu mau
desempenho nas pesquisas.
Na semana que passou, o petista voltou a amargar 40% de reprovação no Datafolha. É o pior patamar já registrado em seus três mandatos. No fim do segundo, em dezembro de 2010, ele era aprovado por 83% dos brasileiros. Só 4% diziam rejeitar sua gestão.
Mais guerra – Dorrit Harazim
O Globo
O país atacante costuma alegar questões de
sobrevivência da nação para empreender guerras eletivas
O belo, a arte, a ciência importam quando
bombas começam a cair? Foi em torno desse tema que o escritor irlandês C.S.
Lewis, autor, entre outras, das “Crônicas de Nárnia”, deu memorável palestra na
Universidade de Oxford em 1939, às vésperas da Segunda Guerra. Lewis escapara
por milagre de uma trincheira coalhada de cadáveres no conflito anterior
(1914-18), portanto conhecia o horror de mortos a granel. Ainda assim, ou
talvez por isso mesmo, respondeu afirmativamente à pergunta que nada tinha de
estapafúrdia.
— A vida humana sempre foi vivida à beira do
precipício — lembrou ele na ocasião.
Se esperássemos pela paz para criar arte, a
primeira pintura rupestre ainda não teria sido feita. Tampouco a busca do
conhecimento teria começado se aguardássemos estar em segurança plena.
— Isso não é brio, é nossa natureza — ensinou.
Doutrina Begin norteou Netanyahu ao atacar o programa nuclear do Irã - Luiz Carlos Azedo
Correio Braziliense
Israel pode arrasar a infraestrutura militar
e econômica do Irã, mas não tem condições de invadir o país para destituir o
regime dos aiatolás
Jovem historiador e guia turístico, o
brasileiro Isaque Levy estava com um grupo de 25 capixabas em visita ao Mar
Morto quando recebeu orientação pelo celular para procurar um abrigo. Logo
ficou sabendo que Israel havia atacado o Irã e devia se preparar para o revide.
Levou os brasileiros para a fronteira do Egito e voltou para Jerusalém.
Entrevistado pela CNN Brasil, nesse sábado (14/6), ele disse que sentia um
misto de apreensão e orgulho.
“Finalmente, houve um acerto de contas com o Irã, Israel vem se preparando para isso há 20 anos”. Segundo ele, Netanyahu pôs em prática a chamada Doutrina Begin: “Nenhum estado hostil à existência de Israel pode colocar essa existência em risco. Isso quer dizer que Israel teve que atacar os reatores nucleares iraquianos, os reatores nucleares sírios e agora estamos prevenindo este risco ao atacar o Irã”.
‘Soft power’ e Joseph Nye - Celso Lafer
O Estado de S. Paulo
Suas formulações tiveram peso na teoria e na prática da ação diplomática de diversos países, inclusive o Brasil
Soft power tornou-se um termo de uso frequente na análise das relações internacionais. Foi cunhado e elaborado por Joseph Nye, recém-falecido aos 88 anos. Nye, destacado professor de Harvard, exerceu funções de responsabilidade diplomática nas Presidências Carter e Clinton. Afirmou-se como influente e criativo estudioso no campo das relações internacionais; suas formulações tiveram peso na teoria e na prática da ação diplomática de diversos países, inclusive o Brasil.
Muito gasto, pouca serventia - Eliane Cantanhêde
O Estado de S. Paulo
Urgência fiscal: corte de supersalários, privilégios e 50% das emendas. Fim de papo
Afinal de contas, a Câmara e o Senado são ou
não a favor do arcabouço fiscal, de menos gastos e mais receitas, de uma
economia que gere confiança e atraia investimentos? E dos interesses públicos,
em geral, da segurança, do bem-estar e do futuro do distintíssimo público que
garantiu os votos e a vitória de seus 513 membros do salão verde e dos 81 do
salão azul?
Seus presidentes, deputado Hugo Motta e senador Davi Alcolumbre, juram que sim, que são baluarte da defesa dos interesses nacionais e do controle das contas públicas e aliados do governo nessa direção. Só que...põem a faca no pescoço do presidente Lula e do ministro Fernando Haddad, derrubam uma proposta atrás da outra e não apresentam absolutamente nada em troca. Só sabem dizer “não” – e aumentar os próprios gastos.
Uma ofensiva com vício de origem - Lourival Sant’Anna
O Estado de S. Paulo
Bibi prolonga a carnificina em Gaza para adiar o encontro com urnas e Justiça; fará o mesmo no Irã
A ofensiva de Israel contra o Irã sofre do
mesmo vício de origem que a campanha contra o Hamas na Faixa de Gaza: objetivos
maximalistas. Isso porque ela não se orienta apenas pela lógica militar e
interesses nacionais. A motivação política de Binyamin Netanyahu de se manter
no poder a qualquer custo é o principal fio condutor.
O primeiro-ministro israelense declarou ontem: “No futuro breve, vocês verão aviões israelenses, nossos bravos pilotos, sobre os céus de Teerã. Atacaremos todos os alvos do regime dos aiatolás”. Assim como fez em relação a Gaza, Netanyahu tem preparado a população para uma longa campanha.
O bombardeio e seu impacto - Celso Ming
O Estado de S. Paulo
O acirramento das hostilidades entre Israel e
Irã impõe desdobramentos não apenas sobre a geopolítica local, mas, também,
sobre a economia global.
As questões geopolíticas ainda dependem de como o conflito evoluirá e isso, por sua vez, dependerá do tempo e de como os objetivos militares e políticos das partes direta e indiretamente envolvidas forem atingidos. O Irã é signatário do Tratado de Não Proliferação Nuclear, ou seja, está sujeito a inspeções da Organização das Nações Unidas, que o governo iraniano vem sabotando por negar transparência em seus programas de desenvolvimento nuclear.
O agronegócio dá novo salto – José Roberto Mendonça de Barros
O Estado de S. Paulo
No plano global, o País é um fornecedor confiável, distante de conflitos geopolíticos
Em meio às enormes incertezas trazidas pela
administração Trump, o agronegócio brasileiro caminha para se tornar o mais
relevante participante global nos mercados oceânicos.
Isso já vem silenciosamente ocorrendo:
aumentamos volumes, diversificamos pautas e abrimos mercados. O País é o maior
exportador global de açúcar, soja, suco de laranja, café, aves e bovinos. No
milho, disputamos a liderança com os EUA; e somos o segundo em farelo de soja,
óleo de soja e algodão. Em suínos, atingimos o terceiro lugar.
A OCDE mostra há anos que o Brasil tem a agropecuária mais competitiva do mundo, sem depender de grandes subsídios (a isenção da cesta básica é, antes de tudo, um estímulo ao consumidor, uma política pública).
Sujeito oculto - José Casado
Revista Veja
Partido Liberal tem três dezenas de envolvidos na trama do golpe
Ele paira sobre o plenário do Supremo
Tribunal Federal enquanto se revelam detalhes da trama do golpe de Estado de
2022, para manter Jair Bolsonaro no poder depois da derrota nas urnas. Às vezes
é mencionado, mas como sujeito oculto e raramente pelo nome.
— É importante esclarecer — insistiu o
juiz Alexandre
de Moraes. — A cogitação (do golpe),
a conversa (com os chefes militares),
o início dessa questão de estado de sítio e estado de defesa teria sido em
virtude da impossibilidade de recurso eleitoral, é isso?
— Sim, senhor — reconheceu Bolsonaro.
— Mas o senhor sabe que o seu partido
recorreu e perdeu, por unanimidade, no plenário do Tribunal Superior Eleitoral…
O juiz se referia ao Partido Liberal. O réu
acenou com a cabeça, concordando.
Quatro anos atrás, quando estava no Planalto, Bolsonaro arrendou o PL. Em troca, entregou a Valdemar Costa Neto um banco federal (Nordeste), um fundo bilionário (FNDE), áreas-chave na governança de meio ambiente (Ibama), a política fundiária (Incra), infraestrutura (DNIT), saúde e saneamento (Funasa) e fatias do Orçamento público no manejo de emendas parlamentares.
Lula lidera cenários de 1º turno e empata com Tarcísio no 2º - Igor Gielow
Folha de S. Paulo
Presidente perde a vantagem que tinha sobre
nomes da direita no tira-teima em 2026
O presidente Lula (PT) mantém a
liderança em primeiro turno sobre os rivais elegíveis na simulação feita
pelo Datafolha sobre
a eleição do ano que vem, mas perdeu a vantagem que tinha sobre candidaturas à
sua direita em uma segunda rodada do pleito, empatando com governador Tarcísio
de Freitas (Republicanos-SP).
A evolução aferida pelo instituto ocorreu
do início de abril, data da pesquisa anterior, ao levantamento feito
na terça (10) e quarta (11) com 2.004 eleitores em 136 cidades. A margem de
erro é de dois pontos percentuais para mais ou menos.
Contra todos os rivais em 5 de 6 cenários apresentados, o presidente mantém o mesmo patamar de intenção de voto, flutuando de 36% a 38%. É um dado algo descolado de sua avaliação, feita na mesma pesquisa, que mostrou 28% dos brasileiros o considerando ótimo ou bom.
Ricos, impostos e demagogia - Vinicius Torres Freire
Folha de S. Paulo
Governo continua a criar isenções, mal tenta
cortar as antigas e Congresso é cúmplice
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva
voltou a dizer que isenções de impostos vão para "ricos", em um
palanque da quinta passada. Não é bem verdade, embora a maior parte vá para
empresas e pessoas mais ricas (que se dizem de classe média). É assim a isenção
do Mover (para montadoras de
veículos), R$ 3,8 bilhões por ano, ou para companhias aéreas, ao menos R$ 567
milhões. São alguns dos incentivos criados por Lula neste mandato.
"Vocês sabem quantos bilhões a gente dá de isenção para os ricos deste país, que não pagam imposto? R$ 860 bilhões. É quatro vezes o Bolsa Família" (na verdade, é cinco vezes), disse Lula.
Por que o Congresso briga com Haddad?- Celso Rocha de Barros
Folha de S. Paulo
Parlamentares interpretam solicitação de Dino
como uma ação orquestrada com o governo Lula
O Congresso
Nacional ameaça obrigar Haddad a fazer o ajuste fiscal no lombo dos
pobres se o STF não autorizar que congressistas roubem dinheiro da saúde pública.
No fim de semana passado, todos tivemos a
impressão de que o governo Lula e o Congresso tinham chegado a um bom acordo
sobre como fazer o ajuste fiscal sem aquela confusão do IOF.
No meio da semana, tudo mudou: o Congresso avisou que não vai passar nada que seja do interesse do governo. O que aconteceu?
A base desabou - Dora Kramer
Folha de S. Paulo
Governo e centrão vivem agora em permanente
estado de desunião estável até as próximas eleições
Em meio a ultimatos, confrontos e rebeldias,
o que a fortaleza do centrão está dizendo ao governo é que não existe mais base
aliada. O conceito está superado na forma e no conteúdo.
Por base, entende-se o que dá sustentação, e
por aliada compreende-se uma associação na defesa de objetivos comuns.
Nada disso se faz presente no relacionamento entre o Palácio do Planalto e os partidos com assento no ministério. Não há alicerce nem aliados de fé no campo dos políticos costumeiramente incluídos naquela expressão já obsoleta.
O eterno espírito das universidades - Muniz Sodré
Folha de S. Paulo
Aos trancos e barrancos, as instituições de
ensino erguem-se como bastiões de defesa contra o avanço do neofascismo
O ataque
de Trump às universidades americanas, maioria no rol das melhores do mundo,
é sintoma forte do neofascismo transnacional. Não foi adiante no período
de Bolsonaro,
mas exerce controle total na Hungria
de Orban. Pode ser característica de toda autocracia, porém tem mais a ver
com fascismo do que com nazismo ou stalinismo, apesar do sinistro parentesco
entre os três.
Suscita-se uma hipótese de vingança pessoal de Trump contra as altas instituições de ensino, de onde provém a elite dirigente dos EUA. Não só oito presidentes foram formados na Ivy League, núcleo de excelência universitária, assim como professores, economistas e cientistas, sempre nas pautas do Prêmio Nobel. Obama graduou-se em Harvard. Trump, embora proveniente da Ivy League (onde nunca foi benquisto), é produto de show televisivo. Respira e transpira banalidades, mas soube navegar no vácuo de credibilidade do elitismo: desde Truman, o povo americano descobriu que seus líderes eram grandes mentirosos. A verdade sobre as guerras inúteis do Vietnã e do Iraque não foi revelada aos jovens por governos, mas pela imprensa e pelas universidades.
A ciência encantada da jurema - Hélio Schwartsman
Folha de S. Paulo
Livro une ciência e antropologia para tentar
desvendar religião do Nordeste que utiliza substância psicodélica em ritos
Meu amigo Marcelo Leite é
um daqueles jornalistas polímatas, que transitam bem por gêneros tão variados
como física, meio ambiente, educação, antropologia e,
mais recentemente, a ciência dos
psicodélicos. Em "A
Ciência Encantada da Jurema", Marcelo nos oferece uma feliz
combinação dos dois últimos veios.
O livro pode ser descrito como uma radioetnografia da jurema, planta típica da caatinga e rica na substância psicodélica DMT (dimetiltriptamina), que é consumida em ritos da religião de mesmo nome que se desenvolveu na região. Marcelo destrincha a jurema, a planta e a religião.